PsicoPássaro

Entre Noronha e Maresias

Surfista de ondas grandes do Rio, André PsicoPássaro pega swell em Fernando de Noronha (PE) e na volta encara ondulação em Maresias (SP).

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O ano começou e o meu amigo empresário e pioneiro no tow-in, Guilherme Panda, tinha me falado que ia ficar uma temporada em Nazaré. Assim que ele comentou comigo, liguei imediatamente para a Red Nose e ele aprovaram a minha trip, o problema é que eu não ia conseguir ir na mesma data que meu amigo, e logo em seguida Portugal se fechou por causa da Covid-19. Fiquei muito chateado por não poder entrar no país. Eu queria muito ir, mas Deus sabe o que faz.

Fiquei alguns dias no Rio, e logo em seguida vi que ia entrar um swell maneiro em Fernando de Noronha, aí, pensei: “É pra lá mesmo que eu vou!”. Meu patrocinador logo comprou as passagens e fiz o teste de covid para entrar na ilha obedecendo todas as normas atuais.

Realmente Noronha é muito bonita! Foi uma viagem que fiz de última hora, e consegui pegar altas ondas e fazer várias imagens, graças ao fotógrafo Marcelo Freire, considerado por muitos um dos melhores da ilha.

Fiquei sete dias em Noronha. Acho que nunca tinha ido para uma trip sozinho. Sempre viajei com mais alguém, mas dessa vez fui sozinho, daí lembrei que geralmente nessa época do ano eu estou no Hawaii, mas devido a todo esse momento difícil que estamos passando, não deu pra ir. Mas não posso reclamar, fui para o Havaí brasileiro e peguei altas ondas, que são muito fortes!

A onda da laje da Cacimba lembra um pouco a onda de Banzai. No quebrar coco fica muito raso quando a maré está seca. Com certeza é um pico que você tem que ter muito respeito.

Os surfistas locais me trataram super bem, sempre me explicando onde era o posicionamento para ficar na laje. Achei isso bacana! Os caras são maneiros!

Quando chegou o dia de ir embora, recebi um convite do meu amigo empresário e surfista de ondas grandes Guilherme Panda, que tem mais de 20 anos de experiência no tow in, para chegar lá em Maresias. Chegando lá fizemos uma sessão e ele me passou algumas dicas sobre o tow-in.

É um surfe totalmente diferente! Você entra na onda com uma velocidade absurda, e a prancha é muito menor. Eu já tinha feito antes, mas foi com uma prancha normal, e lá em Maresias foi com a prancha dele mesmo, então senti a diferença. Acho que isso também me serviu de experiência para quando eu for pra Nazaré pegar um mar com tamanho.

Os registros de Maresias foram feitos pelo fotógrafo @henknelson, um dos melhores fotógrafos dentro e fora d’água do litoral paulista.

Esses foram meus nove dias cansativos, produtivos e de muito aprendizado!

Forte abraço galera!

Mahalo!