Na órbita dos campeonatos mundiais de ondas grandes, uma nova constelação está se formando, afastada do domínio da World Surf League. Entre os eventos promissores dessa nova leva, o Punta Galea Challenge e a Vaca Gigante.
O surfe, na remada, em ondas grandes há muito tempo não conhece um campeonato mundial, desde 2018. A WSL tentou manter a chama acesa, mas a falta de retorno financeiro forçou a organização a abandonar todas as etapas, exceto Nazaré e Peahi, transformando o evento em um campeonato de tow-in.
Agora, é o lendário shaper Gary Linden, sempre ele, que surge como a luz no fim do túnel com a criação da Big Wave Alliance. Linden, com seu olhar visionário, busca reviver o surfe de ondas grandes com um conceito inovador.
“Este é um conceito de competição de surfe baseado na colaboração”, diz Linden, apontando que o surfe de ondas grandes precisa de uma plataforma que permita a coroação de um verdadeiro campeão mundial. Sua esperança é que a Big Wave Alliance possa realizar essa ambição.
O plano é bastante direto: reunir os campeonatos de ondas grandes já existentes em um circuito mundial coeso. Cada etapa, como o Punta Galea Challenge, manterá sua própria autonomia, mas os vencedores acumularão pontos que os levarão a uma grande final, onde será decidido o campeão mundial.
Linden explica: “A Big Wave Alliance tem como objetivo unificar a comunidade global de surfe de ondas grandes.” Para tanto, será necessário alinhar critérios de participação, formatos de competição e datas, garantindo um circuito justo e equilibrado. Com a experiência de Linden na organização desses eventos e a necessidade de mais visibilidade para eles, parece que essa ideia tem tudo para se concretizar.
O campeonato promete semifinais e finais tanto masculinas quanto femininas, reunindo os melhores surfistas de ondas grandes do mundo. “Usamos esse formato em Todos os Santos no ano passado e realmente aproveitamos as condições”, afirma Linden.
Atualmente, o circuito já conta com etapas como o Thriller at Killers, no México; Nazare Big Wave Journey, em Portugal; Santos Del Mar, no Chile; Punta Galea Challenge, no País Basco; Vaca Gigante, na Cantábria e o CBSurf Big Wave Mormaii, no Brasil. A lista pode se expandir com grandes adições, como Peahi, Havaí — que a WSL não conseguiu permissão para realizar neste próximo ano — e até mesmo Mavericks, Califórnia, EUA.
Na grande final, os vencedores e finalistas de cada etapa individual terão a chance de competir. “Cada evento tem sua própria forma de atuar, cada um julga como quer”, diz Linden.
“Tudo o que eles fazem é escolher um campeão, e esse campeão competirá no evento do campeonato mundial.” Assim, a Big Wave Alliance se prepara para transformar o cenário das ondas grandes, prometendo uma nova era para o surfe. A conferir.
Fonte Big Wave Alliance