A trajetória esportiva do carioca Lucas Fink é sem dúvidas repleta de momentos históricos. Inúmeras vezes campeão brasileiro, campeão sul-americano e bicampeão mundial amador de Skimboard, esporte que mistura corrida, surfe e skate tradicionalmente praticado a beira mar.
Esse retrospecto de respeito foi acumulado antes mesmo dele completar 16 anos de idade, dando assim fortes indícios de que o Brasil estava prestes a conhecer mais um grande gênio do esporte que enche o país de orgulho. E Fink estava apenas começando. Em 2019 conquistou nas areias norte-americanas, berço mundial do Skimboard, quando tornou-se o primeiro não estadunidense a conquistar o título na principal categoria do esporte justamente no dia do seu aniversário de 21 anos, marco histórico que poderia ser a sua coroação definitiva e colocá-lo no hall dos maiores do esporte, mas nem mesmo ele imaginava o que ainda viria a seguir.
Com e a interrupção das competições gerado pela pandemia de Covid, Lucas montou sua Escola de Skimboard e sentiu-se atraído por um assumir novos desafios na sua carreia. Motivado pelo seu amigo e surfista de ondas gigantes Lucas Chumbo, ele passou de Campeão Mundial a aprendiz de big rider. Esse projeto o levou a uma preparação completamente diferente envolvendo novas habilidades, muito mais riscos, planejamento e que em pouco mais de 1 ano o levou a surfar, com o seu Skimboard sem qualquer adaptação, as mais desafiadoras ondas gigantes do Brasil, carimbando seu passaporte para a desafios ainda maiores.
Fink saiu do Brasil no final de 2021 com destino a Praia do Norte em Nazaré, Portugal, com o objetivo de pegar a maior onda da sua vida. Fink cumpriu seu objetivo surfando uma onda com 20 metros de altura e desde então vem construindo uma grande admiração de toda a comunidade mundial do surfe de outros esportes de prancha.
Sua parceira com Lucas Chumbo só se fortaleceu ao longo desse período e hoje ambos viajam juntos atrás das maiores ondas do planeta. A última investida da dupla foi surfar num dia uma ondulação gigante em Jaws, no Havaí, e no dia seguinte pela manhã já estarem nas águas geladas e repletas de tubarão em Mavericks, norte da Califórnia, fazendo história mais uma vez.
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Mavericks está para o surfe de ondas gigantes como as ruas de Monte Carlo estão para a Fórmula 1, e já em sua estreia Fink chamou a atenção dos surfistas locais de todas as gerações, a imprensa especializada e os organizadores do Mavericks Awards, considerado hoje o Oscar das Ondas Gigantes. Com isso a produção do evento convidou Fink para participar da cerimônia de premiação dos destaques da temporada concedendo a ele uma homenagem especial em reconhecimento pelo seu pioneirismo e performance no dia que foi considerado um dos maiores e mais desafiadores dos últimos anos.
“Sinto-me muito honrado com essa homenagem feita pelas lendas do esporte que acabo de ingressar. Esse reconhecimento e menção honrosa recebida no Mavericks Awards é realmente um forte estímulo que usarei como combustível para ir muito além na performance em ondas gigantes mundo afora”, diz Fink, que não se afastou das competições de Skimboard a beira mar e se prepara para a conquista do seu quarto título mundial a partir de junho também nos Estados Unidos.