Caíque Guimarães

Silveira na garra

Em preparação para enfrentar Nazaré, Caíque Guimarães bota para baixo em séries cabulosas na Praia do Silveira, Garopaba (SC).

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Acostumado com a força das ondas da vizinha Praia da Vila, Caíque Guimarães não se intimida e dropa bomba na Praia do Silveira, em Garopaba (SC).

O dia 6 de fevereiro estava bem iluminado para o imbitubense Caíque Guimarães, durante o swell que trouxe ondas de mais de 4 metros para a costa catarinense. As condições apontaram para a Praia do Silveira, em Garopaba (SC) e, mais uma vez, ele mostrou disposição e coragem. Seu objetivo principal para 2021 é chegar preparado em Nazaré, Portugal.

Acostumado com a força das ondas da praia da Vila, em Imbituba, Caíque recebeu convite para a disputa do Mormaii Big Wave de 2018, na praia do Cardoso, em Laguna (SC). Também disputou o prêmio de maior onda surfada, durante o mesmo ano, no Prêmio Extreme Boardriders Big Wave Awards. Caíque agora pretende alçar voos mais altos.

Ondas passam dos 4 metros durante forte swell que atingiu a costa catarinense na primeira semana de fevereiro.

Aos 32 anos, seus treinos não param. Professor de crossfit e musculação em uma academia de Imbituba, Caíque depende que o mar suba para estar na água, e assim ele vai testando sua resistência cardiovascular a cada sessão, um dos principais itens de segurança de um surfista de ondas gigantes.

Se sentindo à vontade, entre caldos em ondas gigantes

Em depoimento ao portal Surfemais, Caíque contou um pouco dos perrengues que a galera passou entre as séries com mais de 4 metros de altura. “Estava muito difícil de varar a arrebentação. Só pelas pedras embaixo da laje. Tinha que aproveitar quando a série parasse e dar um gás. Mas parecia videocassetada a galera se matando nas pedras”, conta.

Professor de crossfit e musculação em uma academia de Imbituba, o surfista se prepara para surfar Nazaré, em Portugal.

Muita onda, pouco crowd. “Tinha pouca gente na água. Uns dez na hora que eu entrei. Lá no pico mesmo, só tinha eu e o Luiz Henrique, um local. Passei altos perrengues, só entrei e já arrebentou a cordinha. Já foram uns 20 minutos para sair nadando. Saí, peguei a cordinha e já estava cansado. Entrei novamente pelas pedras e já tomei outra na cabeça. Cheguei lá fora e dei uma descansada”, relata.

Foi preciso muita disposição até achar a bomba com sua prancha 10’6”big, que se partiu ao final da sessão: “Entrou uma série, remei e quando fiquei em pé lá em cima, puxei o bico e abortei a missão. Ejetei e tomei um caldão. Cai na base, de peito, mas tentei pegar essa na unha, nem remei. Foi massa, veio a bomba da foto”, diz.