“Tem sido difícil, sobretudo sem uma perspectiva de volta. Não se trata de treinar em vão, mas treinar às escuras, sem saber quando e como será a retomada das competições. É bem complicado não conseguir estabelecer treinos específicos neste momento, embora me mantenha focado na melhor performance”, relata Wesley.
Em fevereiro deste ano, a praia de Juquehy, em São Sebastião (SP), abrigou um surfe treino e Wesley faturou o prêmio de primeiro lugar. Em razão da ausência de competições, a realização de modelos compactos e pontuais são fundamentais para a manutenção da atividade em alto rendimento, além dos treinos diários.
“O convite para participar do surfe treino surgiu de repente e não tive tempo de me preparar. A preparação é importante já que temos condições de mar distintas, sem contar o mental. Foi muito gratificante, sobretudo porque fui me surpreendendo a cada bateria, com prancha nova e diante de feras como Samuel Pupo e Thiago Camarão, meus ídolos”, conta.
Manter a atividade e o foco em um período de parada atípica, na visão do atleta, afeta as chances de conquistar mais visibilidade e possibilidades de parcerias e patrocínios.
“A idade vai passando, as marcas que apoiam não estão visíveis como de costume e isso é bem ruim. Em contrapartida, tenho mais tempo para treinar e aperfeiçoar meu desempenho com treino físico de três a quatro vezes por semana, mental diariamente e em praias com todo o tipo de onda possível. Também faz parte da minha preparação – e tem sido fundamental nestes tempos estranhos e difíceis – um encontro ao mês com o psicólogo Nuno Cobra”, conta o surfista.
Acompanhe o atleta no Instagram @leite_wesley.