Após dois adiamentos, primeiro por falta de ondas e depois por excesso, a segunda etapa do Circuito ASN 2023, que é apresentado pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer da Prefeitura de Niterói, aconteceu no dia 12 de agosto na praia de Itacoatiara (RJ).
O evento seria disputado todo no sábado pois as previsões para o domingo indicavam vento sudoeste forte com chuva. Depois das ressacas que antecederam o campeonato o fundo de areia estava com boa formação. O sábado amanheceu com altas ondas em torno de um metro, brisa de terral e ondulação de sudeste.
No início da manhã os competidores optaram em surfar mais para o meio da praia onde entravam esquerdas com boa formação. A maré foi enchendo, o mar foi acertando e quando atingiu o seu auge os surfistas passaram a ficar mais próximos da Pedra do Pampo.
O vento sudoeste estava previsto para entrar no início da noite e permanecer ao longo do domingo, mas a entrada foi antecipada. No meio da tarde quando a segunda semifinal da categoria open estava pronta para ir para a água, o sudoeste entrou com uma intensidade muito forte e foram registrados ventos de até 70 km/h. Além de prejudicar a qualidade das ondas, o vento afetou a estrutura do campeonato, inviabilizando a continuidade do evento.
A situação foi crítica e a decisão pela paralização das disputas foi acertada. Faltava apenas as finais e uma bateria de semifinal da Open. Foi decidido que as baterias restantes dessa segunda etapa acontecerão junto com a terceira e decisiva etapa do Circuito ASN 2023.
Antes da natureza determinar a paralização, o que foi visto no canto direito da praia de Itacoatiara foi um verdadeiro show de surf, com tubos, manobras aéreas, disputas emocionantes e diversas viradas. O destaque do dia foi para o Gustavo Henrique, paraibano radicado no Recreio dos Bandeirantes e que já morou em Niterói no ano de 2018.
Gustavo encontrou um belo tubo para direita, acertou diversos aéreos e muitas manobras explosivas jogando bastante água para cima. Ele e Valentin Neves estiveram presentes na final da primeira etapa e também avançaram para a decisão desta segunda etapa. Ambos terão uma disputa particular pela liderança do ranking.
Além do retorno da categoria Pro-Am neste ano, a volta da Feminino Open também já é o maior sucesso, com vagas esgotadas, disputas acirradas e intenso envolvimento da torcida na areia. Rayza Siveira venceu a primeira etapa e avançou sem dificuldades.
Duda Mergulhão encontrou uma boa esquerda em direção a pedra, manobrou até a areia e avançou em primeiro na bateria, mostrando que vai com tudo para vencer o campeonato. Na outra semifinal a carioca Letícia Calleia também confirmou o favoritismo e garantiu seu lugar na final.
Maya Nobre conseguiu a virada para a segunda posição, mas na onda de trás Juliana Alvarez acertou uma rasgada e uma batida para retomar a segunda vaga para a bateria decisiva.
A Open foi a categoria com mais inscritos e o nível técnico apresentado foi muito alto. Tiveram baterias onde os surfistas perderam com pontuações altas e outras com viradas emocionantes. Dois atletas já se garantiram na decisão, Caio Knappi e Ben Borges. Na outra semifinal três surfistas disputarão as duas vagas restantes.
Na Master e na Kahuna o conhecimento local favoreceu e praticamente todas as vagas dessas duas categorias foram ocupadas pelos surfistas locais. O competitivo carioca Luiz Menezes é assíduo frequentador dos eventos da ASN e é o único não niteroiense que estará presente na final da Kahuna. A Júnior (Sub 18) só tinha uma bateria para ser disputada e devido a paralização do campeonato ainda não entrou na água.