Rolou no último final de semana o encerramento Circuito Gaúcho de Surf, na Praia de Atlântida, Litoral Norte Gaúcho. A etapa coroou os campeões do estado em diversas categorias, porém, o grande destaque do evento veio de uma bateria de surfe adaptado.
Nesta bateria o vencedor não era o mais importante. Estar com a prancha dentro da água já era um troféu para aqueles que são campeões de todos os dias.
A Federação Gaúcha de Surf realizou parceria com o atleta Paulo Ricardo Souza, representante do surfe adaptado do Rio Grande do Sul, que abrilhantou ainda mais o evento. A importância da inclusão destes atletas e amantes do esporte mostra que o surfe é um esporte para todos.
A bateria de surfe adaptado rolou antes da final da categoria Master e contou com grande público na praia, próximo de um dos principais points do surfe Gaúcho, a plataforma de Atlântida.
Em uma bateria bem disputada, tivemos como o grande vencedor: Pedro Segalla, seguido por Claudio Brum (2º), Wladimir Almeida (3º) e João Sanguitam (4º). Destaque para o pequeno Wlad, que com apenas 10 anos de idade e em sua primeira participação em um campeonato, pegou altas ondas e correu em seu funboard até a beira, arrancando boas notas dos juízes e mostrando atitude de gente grande.
Além de qualquer troféu, foi lindo de ver o sorriso no rosto destes amantes de surfe que são verdadeiros exemplos de superação, sejam eles iniciantes ou praticantes há anos, por estarem ocupando o espaço que é deles, não apenas dentro d’água, mas em um campeonato de surfe e na nossa sociedade.
“Não estou aqui apenas por mim, que tenho 52 anos e mesmo com a minha dificuldade surfo há mais de 30 anos. A representatividade deste evento de hoje deixa um legado para a nova geração, e mostra que temos nosso espaço. Esperamos ver mais e mais a inclusão em nossos eventos”, diz celebra Cláudio Brum, campeão brasileiro de surfe adaptado.
