Antecedida por inúmeras disputas jurídicas, a eleição para a presidência e vice-presidência da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), que acontece nesta terça-feira (22), será disputada por três chapas – e dependendo do resultado, não deve ser nem de longe o início de um biênio tranquilo.
Através de uma eleição que vem se arrastando desde 2020, resultado de inúmeras ações na justiça, a nova gestão da CBSurf para o biênio 2022-2024 deverá ser decidida por detalhes e uma pequena diferença de votos.
Infelizmente, para um dos esportes com maior expectativa de crescimento e de medalhas olímpicas do país, quase nada está definido. Participam da disputa três chapas: Ouro Olímpico, cujo candidato é Adalvo Argolo, que seria o atual presidente em exercício da CBSurf, se não houvesse sido afastado de seu cargo; Nação Surfa Brasil, do candidato Flavio Padaratz, que disputa a eleição sob liminar, depois de ter sua candidatura impugnada pela Comissão Eleitoral; e a chapa Novo Surf Brasil, de Marcelo Barros – a única que, até o momento, não se envolveu nas disputas judiciais ou teve sua candidatura passível de impugnação.
O imbróglio político encenado pelas chapas de Adalvo e Flavio promovem um ambiente de muita insegurança para o futuro da entidade. Isso porque, caso as eleições sejam vencidas por um ou outro candidato, é quase certo que novas disputas judiciais devem surgir logo após o pleito.
Correndo por fora, a chapa de Marcelo Barros se apresenta como a terceira via nesta disputa eleitoral. Soma-se a este cenário a indefinição da lista de entidades que devem compor o colégio eleitoral.
Numa sessão para discutir o assunto, realizada no dia 14 de fevereiro, foi estabelecido que a data de corte para apresentação de documentos e provas que habilitam as entidades ao voto seria a data da publicação do edital da eleição (8 de janeiro).
No entanto, apesar da Comissão Eleitoral estabelecer um prazo de 48 horas para que as entidades reenviassem estas provas, até o presente momento não há uma convocação oficial.
Este é um quadro desanimador para os maiores interessados: atletas e amantes do surfe, que assistem impotentes ao desenrolar dessa história. Perde também a CBSurf, que tem sua imagem arranhada e sua credibilidade contestada.
O que todos esperam é que a democracia seja exercida, longe dos tribunais, e que o surfe seja tratado com respeito, ocupando o seu lugar de merecimento, de uma vez por todas.
Lista dos atletas que participarão da votação do dia 2202
Banca Heloísa Correia da Costa – Pranchinha
Monique de Moreis Pontes – Longboard
Moniz Gean Santos de Freitas – Pranchinha
Luan Felipe Nogueira de Carvalho – Pranchinha
Luel Felipe da Silva – Pranchinha
Alan Donato Albuquerque Freire – Pranchinha
Leonardo Gimenes Esteves Martins – SUP
Aline Akemi Adisaka – SUP
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