Eleições na CBSurf

Impugnada chapa de Padaratz

Candidato da chapa Nação Surfa Brasil, Flávio Padaratz tem candidatura à presidência da CBSurf impugnada.

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Teco Padaratz é candidato pela chapa Nação Surfa Brasil.Divulgação
Teco Padaratz é candidato pela chapa Nação Surfa Brasil.

Em sessão de julgamento extraordinária na última terça-feira (8), a Comissão Eleitoral da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), comandada por Gustavo Lopes Pires de Souza, julgou improcedente as contrarrazões apresentadas pela Chapa Nação Surfa Brasil, para tentar reverter a impugnação da candidatura às eleições da entidade, que acontecem no próximo dia 22 de fevereiro.

Após depoimento do candidato à presidência da chapa Nação Surfa Brasil, Flávio Padaratz, dois dos três advogados votaram por manter a impugnação da chapa, por entenderem que o ex-candidato confessou ter repassado notícias falsas nas redes sociais sobre membros da Comissão de Atletas.

Um dos advogados justificou seu voto pela impugnação, dizendo que Padaratz usou da sua condição de atleta reconhecido nacionalmente para divulgar fake news por meio de suas redes sociais, e assim tentar macular o processo eleitoral.

A Comissão Eleitoral colocou que, no mundo atual, notícias falsas ameaçam a livre democracia em processos eleitorais. Outro ponto abordado foi sobre a divulgação de um áudio do ex-candidato Flávio Padaratz, em que ele diz ter outras formas de resolver o caso para defender seus interesses.

Durante a sessão, Padaratz declarou que a antiga Comissão Eleitoral era “vendida” e que ele não reconhecia a legitimidade e legalidade daquela Comissão. A postura de Flávio ao longo do julgamento também foi criticada pelos membros da Comissão Eleitoral, dando a entender que o comportamento apresentado pelo surfista tentou deslegitimar o processo eleitoral e, consequentemente, os trabalhos realizados pela Comissão.

Teco Padaratz alega ter sido convocado horas antes da audiência: “Me senti completamente humilhado, encurralado, atacado. Minhas palavras foram altamente distorcidas nas alegações finais de dois dos membros da Comissão Eleitoral, e não concordo com a decisão, bem como a forma que a audiência foi conduzida”.

O ex-candidato irá recorrer da decisão. “Tomaremos as devidas providências para reverter esta decisão, e buscaremos a justiça, a liberdade e a democracia nesta eleição”, diz Padaratz.

Por outro lado, foram apresentados três motivos para a impugnação da chapa de Adalvo Argolo (Ouro Olímpico): gestão temerária, ausência de prestação de contas da própria entidade e confusão patrimonial. Porém, todas as alegações foram rechaçadas por unanimidade pela Comissão Eleitoral e a candidatura foi mantida.

No voto da Dra. Júlia Gelli Costa, que decidiu a impugnação, ela destacou que o ideal seria impugnar as duas chapas, sob a alegação de que o atual candidato à presidente da chapa Ouro Olímpico, Adalvo Argolo, vem contribuindo para alimentar esse processo judicial que se arrasta por mais de um ano e que deixa a modalidade em maus lençóis. Não houve, porém, sustentação jurídica para manter o pedido de impugnação da chapa de Adalvo.

Como consequência desta má gestão, somada ao litígio judicial que se arrasta há tempo, o surfe deve perder mais de R$ 6 milhões relacionados a investimentos e incentivos governamentais entre 2021 e 2022.

Portanto, diante deste quadro político e até o presente momento, somente as chapas Ouro Olímpico, que busca a reeleição de Adalvo Argolo, e a Novo Surf Brasil, de Marcelo Barros, da Federação Baiana de Surf, com Marco Ferragina como vice-presidente, estão habilitadas a participar do pleito que acontece dia 22 deste mês, e que tem tudo para encerrar um imbróglio institucional que vem atrapalhando os rumos do surfe como esporte no Brasil.