Agora será a vez de jovens surfistas do Nordeste disputarem o Circuito Banco do Brasil de Surfe, que acontece de quinta-feira a domingo (12 a 15), em Salvador (BA). Além de incentivar as gerações futuras do surfe nacional, atletas profissionais também participarão da 2ª etapa do World Surf League (WSL) Qualifying Series, que promete agitar a Praia de Stella Maris, a 27 km da capital baiana.
O que motiva os atletas é convite (wildcard) especial para os campeões dos rankings masculino e feminino para participar da única etapa do Challenger Series no país em 2022, o Corona Saquarema Pro apresentado pelo Banco do Brasil, em novembro, no Rio de Janeiro.
A surfista Maria Eduarda Andrade César, de 13 anos, moradora de Serra Grande, em Uruçuca no sul da Bahia, conta as horas para o Circuito Banco do Brasil de Surfe começar, pois traz boas recordações de Stella Maris. Filha de mãe baiana e pai carioca (surfista e shaper), a adolescente tem o surfe no DNA. Começou a pegar onda aos três anos de idade, e com nove anos participou da primeira competição, organizada pelo Campeão Mundial Adriano de Souza.
“Eu venci esse campeonato, em 2017, ganhei uma prancha do Adriano e falei para o meu pai: ‘Quero ser surfista profissional”, conta. De lá pra cá foi Campeã Baiana Open, Campeã Baiana Sub 12 e ficou em 2º no Campeonato Brasileiro Sub 14. “Meu pai me ensinou a surfar e, agora, está ensinando minha irmã mais nova. Treino todos os dias, estou estudando inglês e muito feliz em poder participar desta etapa do Circuito BB. Será uma experiência incrível e se eu for campeã então, melhor ainda”, completa Maria Eduarda.
Quem compartilha também do mesmo sonho de chegar à elite do surfe mundial é Juliana dos Santos, 22 anos, mas que está a alguns degraus acima de Maria Eduarda e já festeja suas conquistas. Cearense de Fortaleza, é umas das atletas que está em busca da classificação para o Challenger Series. Patrocinada pelo Banco do Brasil, desde 2021, Juliana tem uma trajetória de superação e garra até conquistar o título de Campeã Cearense em 2020 e chegar a Top 8 do ranking nacional.
Começou a surfar aos cinco anos de idade, na Praia do Titanzinho (CE). Três anos depois entrou para as competições e na primeira disputa garantiu o 4º lugar. Mesmo com todas as dificuldades nunca desistiu.
“Parecia que Deus já tinha preparado algo bom para mim, quando um ano depois de ser campeã cearense, assinei o contrato de patrocínio”, ressalta uma das grandes promessas do surfe nacional. “Estou superfeliz em ver o Banco do Brasil patrocinar etapas do QS e dando oportunidades para jovens talentosos, pois muitos não têm como viajar, arcar com os custos e ter um campeonato no seu estado. Essa é uma oportunidade para mostrar o seu surfe. Em Garopaba (1ª etapa) o Circuito BB foi muito bacana, ver os atletas dando o máximo. Também foi lindo de ver o quanto o surfe feminino vem crescendo e evoluindo no país”, completa.