Billabong Pro Pipeline

Moana soberana

Convidada para a etapa, Moana Jones Wong domina as ações nas finais e vence em casa o Billabong Pro Pipeline.

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Moana Jones Wong vence com autoridade o Billabong Pro Pipeline 2022.

Quem conhecia ela, sabia que daria trabalho. Local da Rainha do North Shore de Oahu, no Havaí, Moana Jones Wong ganhou um convite, competiu pela primeira vez entre as melhores do mundo e venceu com sobras o Billabong Pro Pipeline. A vítima na final foi a conterrânea Carissa Moore, que é vice no pico pela segunda vez consecutiva.

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“Eu nem consigo acreditar. Esse é o melhor momento da minha vida”, diz Moana, ainda dentro d´água sendo entrevistada após a vitória sobre Carissa. “Eu jamais imaginei que poderia conseguir isso, ainda mais contra a Carissa (Moore), a melhor surfista do mundo. Ela é a minha surfista preferida e tudo isso é muito insano de acreditar. Sempre quis fazer uma final em Pipeline com a Carissa, mas nunca pensei que pudesse acontecer”.

Moana Jones Wong surfa ondas grandes no caminho da vitória.

As últimas três disputas da categoria feminina aconteceram em ondas de 8 pés em média. As melhores oportunidades foram para Pipeline, mas algumas direitas de Backdoor também abriram durante as batalhas. Isso ficou claro na primeira semifinal. Uma surfista estava focada em Pipeline e a outra em Backdoor. Moana ficou de olho nas esquerdas e botou pra baixo desde o início da bateria. Ela só não completou um tubo.

Tyler Wright queria as direitas, mas não achava e estava apagada no duelo. Perto dos dez minutos finais, a australiana remou numa onda da série para o Backdoor, fez um bom tubo e conquistou a maior nota de todo o dia: 8.83 pontos. Um minuto depois ela pegou uma esquerda, mas caiu na cavada.

Moana, que tinha como melhor nota 7.67 pontos, ampliou a diferença logo depois com outro canudo para Pipe (6.33). Tyler, que passou a precisar de 5.17 para assumir a liderança, remou numa onda, não foi, perdeu a prioridade e não teve mais chances de reverter o placar.

A segunda bateria da semifinal foi muito fraca de ondas. Carissa Moore venceu com duas ondas pequenas e tubos na boca, que valeram 4.67 e 3.17 pontos. Lakey Peterson surfou apenas duas ondas e a melhor valeu 0.93. A norte-americana acabou eliminada e terminou o Billabong Pro Pipeline com a terceira posição, enquanto a havaiana partiu para a final.

Final – Moana dominou a bateria feminina mais importante do Billabong Pro Pipeline. Ela pegou as maiores ondas e fez os melhores tubos para vencer com ampla vantagem no placar: 14.34 a 3.73 pontos. Carissa ainda andou fundo num tubo para a direita, mas não saiu. A melhor nota conquistada por ela foi 2.00.

Essa foi a segunda vez que Carissa fica em segundo lugar numa final em Pipeline. A primeira foi em dezembro de 2020, quando as baterias finais da última etapa do circuito feminino da temporada foram realizadas no pico.

Carissa Moore é vice pela segunda vez no pico havaiano.

Moana competiu no Billabong Pro Pipeline após vencer o QS regional realizado no pico em dezembro, e receber um convite para batalhar contra as melhores do mundo no quintal de casa.

“Ontem (sábado), quando vi o Kelly (Slater) ganhando essa prancha (shapeada pela lenda viva do esporte, Gerry Lopez), pensei que queria uma dessa também”, diz Moana, já no pódio do Billabong Pro Pipeline. “Eu já chorei bastante e estou quase chorando de novo. Estou muito feliz e nem sei o que dizer, só agradecer a Deus, minha família e todo mundo que está aqui na praia. Vocês são demais e obrigado especialmente a Pipeline por tudo isso”.

“Eu sinto que estou sempre aprendendo, porque hoje atingi meus limites e achei que as condições estavam muito difíceis para mim”, conta Carissa. “Senti que ganhei um pouco mais de experiência no line-up, surfando apenas com a Moana e antes com a Lakey lá fora. Então, só tenho que agradecer a WSL e parabéns para a Moana. Ninguém mais merecia a vitória do que ela, que se dedicou mais do que qualquer outra surfista durante anos aqui em Pipeline. Deu para ver isso. Ela mandou muito bem e mereceu a vitória”.

Billabong Pro Pipeline

Final Feminina

Campeã Moana Jones Wong (HAV) 14.34
Vice-campeã Carissa Moore (HAV) 3.73

Semifinais

1 Moana Jones Wong (HAV) 14.00 x 9.76 Tyler Wright (AUS)
2 Carissa Moore (HAV) 7.84 x 1.26 Lakey Peterson (EUA)

Top-10 do WSL Championshop Tour 2022

1 Moana Jones Wong (HAV) – 10.000 pontos
2 Carissa Moore (HAV) – 7.800
3 Tyler Wright (AUS) – 6.085
3 Lakey Peterson (EUA) – 6.085
5 Johanne Defay (FRA) – 4.745
5 Isabella Nichols (AUS) – 4.745
5 Malia Manuel (HAV) – 4.745
5 Brisa Hennessy (CRI) – 4.745
9 Tatiana Weston-Webb (BRA) – 2.610
9 Sally Fitzgibbons (AUS) – 2.610

Final Masculina

Campeão Kelly Slater (EUA) 18.77
Vice-campeão Seth Moniz (HAV) 12.53

Top-22 do WSL Championship Tour 2022

1 Kelly Slater (EUA) – 10.000 pontos
2 Seth Moniz (HAV) – 7.800
3 Miguel Pupo (BRA) – 6.085
3 Caio Ibelli (BRA) – 6.085
5 Kanoa Igarashi (JPN) – 4.745
5 John John Florence (HAV) – 4.745
5 Samuel Pupo (BRA) – 4.745
5 Lucca Mesinas (PER) – 4.745
9 Filipe Toledo (BRA) – 3.320
9 Italo Ferreira (BRA) – 3.320
9 Jordy Smith (AFR) – 3.320
9 Leonardo Fioravanti (ITA) – 3.320
9 Callum Robson (AUS) – 3.320
9 João Chianca (BRA) – 3.320
9 Carlos Munoz (CRI) – 3.320
9 Barron Mamiya (HAV) – 3.320
17 Conner Coffin (EUA) – 1.330
17 Griffin Colapinto (EUA) – 1.330
17 Frederico Morais (PRT) – 1.330
17 Jack Robinson (AUS) – 1.330
17 Deivid Silva (BRA) – 1.330
17 Ethan Ewing (AUS) – 1.330

Outros sul-americanos

17 Miguel Tudela (PER) – 1.330 pontos
33 Gabriel Medina (BRA) – 265
33 Yago Dora (BRA) – 265
33 Jadson André (BRA) – 265