Calendário WSL

A opinião da galera

Ouvidos pela Stab, atletas da elite comentam sobre mudanças no calendário, permanência do corte em Margaret River e do WSL Finals em Trestles.

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Cloudbreak está de volta ao calendário da WSL.

Na última quarta-feira (20) a WSL divulgou informações sobre a temporada 2024 da elite do surfe mundial, e desde então os amantes do surfe têm opinado a respeito do que vem pela frente. A pedido do site australiano Stab alguns atletas do CT também se manifestaram.

A fase classificatória do Championship Tour 2024 terá nove etapas, uma a menos do quem em 2023 devido à realização das Olimpíadas, segundo a WSL. Um desses eventos acontece em Cloudbreak, Fiji, que voltou ao calendário. Já o Surf Ranch e J-Bay estão fora do tour. Outras informações importantes divulgadas foram que o corte e o WSL Finals permanecem no circuito e acontecem nos mesmos picos, Margaret River e Lower Trestles, respectivamente.

Confira as opiniões de alguns surfistas:

Kelly Slater no CT de Fiji em 2017.© WSL / Cestari
Kelly Slater no CT de Fiji em 2017.

Kelly Slater (EUA)

“É ótimo saber que a fase classificatória terminará em Cloudbreak. Tenho certeza de que há mais pessoas do que eu se perguntando se poderíamos definir os campeões mundiais lá. Perder J-Bay devido às Olimpíadas não é bom, mas faz sentido se eles não conseguiram encontrar tempo na programação de nenhum dos lados e tornar viável a viagem para todos. O Surf Ranch claramente não é um lugar favorito de muitas pessoas e, embora seja um ótimo dia para quem vai e se divertir com os amigos, talvez seja melhor tirá-lo um pouco do tour ou transformá-lo em uma sessão especial de surfe.

Não conheço muitas pessoas que seriam contra o Finals Five estar em Cloudbreak. Lá é um ótimo teste para o surfe de qualquer pessoa, tanto em força e tubo, quanto em performance”.

Kanoa Igarashi em ação na primeira etapa de 2023, em Pipeline, Havaí.

Kanoa Igarashi (JAP)

“Parece bom para mim. Fiji obviamente é um evento pelo qual tenho certeza que todos estão ansiosos, mas no geral, (o circuito) parece muito semelhante ao do ano passado. É praticamente impossível ter ondas piores do que as deste ano, por isso, mesmo que os eventos fossem os mesmos, será bem diferente se as ondas ficarem boas como costumam quebrar”.

Rio Waida comenta que Pipeline deveria finalizar o circuito.

Rio Waida (IDN)

“Estou muito animado para Fiji, caso eu consiga passar do corte. Vai ser bom, algo novo para mim se eu for. Estou muito triste pela saída de J-Bay e achei a piscina de ondas (Surf Ranch) divertida. As baterias homem a homem na piscina foram muito interessantes. Talvez se eu tivesse conseguido pegar mais ondas no Surf Ranch teria sido ainda mais divertido. Na verdade, achei que o evento da piscina um dos mais divertidos de assistir.

Achei que J-Bay foi o melhor evento deste ano. Tivemos ondas muito boas, mas entendo e respeito perfeitamente que temos as Olimpíadas no ano que vem e temos que mudar o calendário.

Definitivamente acho que seria melhor fazer um ano inteiro de março a dezembro para podermos recuperar a França e terminar em Pipe – mas não tenho nada contra este ano. Acho que vai ser divertido. Este ano foi divertido assistir as finais em Trestles. Filipe vai vencer novamente no próximo ano”.

Bettylou Sakura Johnson está feliz com o retorno de Fiji ao circuito.

Bettylou Sakura Johnson (HAV)

“Eu realmente não tenho uma opinião sobre isso! Apenas achei que eles iriam mudar o WSL Finals para algum lugar novo. Super feliz por Fiji estar de volta ao tour. Essa etapa deveria estar sempre no circuito. Tive um pressentimento sobre J-Bay por causa das Olimpíadas, mas tenho certeza que voltará no ano seguinte”.

Liam O’Brien em ação no pico taitiano de Teahupoo.

Liam O’Brien (AUS)

“Estou feliz por Fiji estar de volta ao tour. Aquele parecia ser o melhor evento de cada ano do ponto de vista dos espectadores. É triste ver J-Bay sair. Um lugar tão mágico e definitivamente um dos favoritos dos surfistas e fãs. A piscina é divertida como uma novidade, mas não estou muito preocupado se ela está ou não dentro do cronograma.

Adoraria ver o WSL Finals se transformar em algum tipo de evento de busca, onde eles vão para um novo local a cada ano e só anunciam após o último evento da temporada regular. Trestles é uma ótima onda, mas acho que o formato tem muito mais potencial do que voltar lá todos os anos. No entanto, entendo o raciocínio quando se considera a logística de licenças, expansão, financiamento etc.

É difícil mudar, mas em um mundo perfeito você misturaria tudo todos os anos e o tornaria o mais único e emocionante possível.

Essas são minhas opiniões. A WSL tem críticos suficientes para um esporte aberto que está fazendo o melhor que pode com pouco dinheiro. Não quero ser muito crítico, pois há mais coisas acontecendo para que cheguem às suas decisões do que a maioria das pessoas imagina”.

Yago Dora rasgada a esquerda de Cloudbreak.WSL / Ed Sloane
Yago Dora rasgada a esquerda de Cloudbreak.

Yago Dora (BRA)

“Estou feliz com a volta da etapa de Fiji. É com isso que sonhamos. Não creio que o equilíbrio direita / esquerda ainda seja o ideal, mas com certeza é bom ter uma esquerda extra. Na minha opinião, Trestles é um bom local para as finais. Claro que não tem tubos grandes, mas acho que é um lugar justo para todos os surfistas. É um ano diferente por causa das Olimpíadas, então temos que nos adaptar”.

Gabriela Bryan bota pra dentro de Backdoor.

Gabriela Bryan (HAV)

“Fiquei muito empolgada em saber que Fiji está dentro da temporada! Será muito bom poder surfar tubos e ter seções para executar manobras de borda. Desde que estou em circuito não houve muitas oportunidades para os surfistas de base Regular mostrarem suas atuações de backside, então a etapa de Fiji deve ser muito divertida de assistir. Eu nunca estive lá, então estou animada para para conhecer o lugar.

Quanto a J-Bay, estou muito triste por não ter saído. Lá aconteceu um dos únicos eventos de 2023 com ondas muito, muito boas. As direitas longas são minhas ondas favoritas e foi definitivamente o evento que mais tinha expectativa na segunda metade da temporada. Definitivamente vou sentir falta de tudo sobre J-Bay, como ondas, comida e pessoas. Tenho certeza que voltaremos porque o lugar é bom demais”.

Lakey Peterson no ataque em Fiji.© WSL / Cestari
Lakey Peterson no ataque em Fiji.

Lakey Peterson (EUA)

“Estou muito feliz em ver Fiji de volta ao calendário. Costumávamos competir lá no tour e sempre era um dos eventos mais divertidos, então estou muito animada com isso. É um ótimo complemento para o circuito. Obviamente fiquei desapontada com a saída de J-Bay. Acredito que esse lugar acrescenta muito ao CT. Eu entendo que as Olimpíadas tornaram as coisas um pouco complicadas pelo que parece. Quero muito voltar a J-Bay em 2025. Acho que todo mundo quer isso. Espero que aconteça.

Quanto ao Surf Ranch, acho bom esteja fora do calendário. Eu sinto que é mais um evento especial do que uma etapa de CT. Será um ano divertido, mal posso esperar!”.

Barron Mamiya em ação no Taiti.

Barron Mamiya (HAV)

“Estou feliz que eles adicionaram Fiji. Gosto muito dessa onda. Já fui lá algumas vezes e sempre me dei bem, então espero que tenhamos um bom swell durante a etapa. Tirar J-Bay foi ruim, mas não estou triste com o fato de o Surf Ranch ter sido retirado [risos]. No geral, estou empolgado para a próxima temporada. Espero que tenhamos boas ondas”.

Leonardo Fioravanti gosta dos tubos.

Leonardo Fioravanti (ITA)

“Acho que vai ser um ano incrível. Eu gostaria que eles parassem com o corte. Eles falaram em prolongar um pouco mais, para seis ou sete eventos, o que faria mais sentido. Mas acho que por enquanto a única opção é fazer após o quinto evento. Agora sabemos o que esperar. Estou ansioso para passar um tempo no Havaí. Só espero que no próximo ano tenhamos ondas melhores, porque tivemos muito azar este ano com isso.

Definitivamente a saída de J-Bay deixa um gosto amargo, mas a entrada de Fiji ameniza isso. Fiji é outro tubo no circuito, e é nessas ondas que me sinto mais confortável, então será incrível. Definitivamente adoraria que J-Bay ainda estivesse no calendário, mas devido às Olimpíadas acho que foi muito difícil para eles tomarem essa decisão. Terminar novamente em Trestles… lá é um lugar que Filipe é realmente difícil de vencer, então eu preciso chegar lá em primeiro no ranking”.

Caroline Marks é a atual campeã do evento do Taiti.

Caroline Marks (EUA)

“Acho que a saída de J-Bay deixou todos tristes, mas estou muito feliz em ter Cloudbreak de volta. No ano em que me classifiquei, fui pra lá uma semana antes da etapa e tive os melhores momentos da minha vida. Não voltei desde então, então estou realmente ansiosa por isso. Para uma surfista de base Goofy aquilo é um sonho”.