Championship Tour

Elite de cara nova

Conheça os atletas que vão estrear no Championship Tour em 2020 e os que ganham mais uma chance entre os Tops da elite mundial.

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Aos 21 anos, Jack Robinson faz sua estreia na elite mundial.

Com estreia marcada para o dia 26 de março na Gold Coast, Austrália, o Championship Tour 2020 contará com três novos atletas e o retorno de cinco nomes que já fizeram parte da elite mundial.

Os australianos Jack Robinson e Morgan Cibilic, além do sul-africano Matthew McGillivray, são os surfistas que participam pela primeira vez de uma temporada completa no CT.

Já os brasileiros Alex Ribeiro e Miguel Pupo, os australianos Ethan Ewing e Connor O’Leary e o português Frederico Morais – campeão do QS em 2019 – retomam seu lugar entre os 34 melhores surfistas do circuito mundial.

Completando a lista dos dez atletas que se classificaram para o CT através do ranking do Qualifying Series estão os brasileiros Jadson André e Deivid Silva, mas ambos fizeram parte do Tour na última temporada.

Abaixo, separamos um perfil com os oito surfistas que vão em busca de um lugar ao sol na elite mundial em 2020.

Jack Robinson:

Dentre as caras novas no Tour, o aussie Jack Robinson é considerado o que tem mais chances de causar estrago em seu primeiro ano como Top da elite profissional.

Aos 21 anos, o surfista de Margaret River tem no currículo vitórias nos QS de Sunset (10.000) e Pipeline (3.000) em 2019. Além disso, também faturou a competição especial de tubos Padang Cup em 2018.

Jack já participou de cinco etapas do CT como convidado, tendo como melhor resultado um nono lugar em Margaret River na última temporada.

Sua especialidade são os tubos, e o aussie pretende usar a sua principal arma especialmente nas etapas do Taiti, G-Land e Pipeline.

Idade: 21 anos
Local: Margaret River, Austrália
Patrocínio principal: Volcom
Ponto forte: Tubo

Matthew McGillivray:

Matthew McGillivray foi dono de atuações consistentes na perna havaiana do QS.

Local de Jeffreys Bay, o sul-africano Matthew McGillivray foi um boa surpresa no Qualifying Series em 2019.

Depois de dois quintos lugares nos QS 10.000 da Galícia e Ericeira, ele chegou ao Havaí precisando de bons resultados e não decepcionou, com um terceiro em Haleiwa e um nono e Sunset.

Aos 22 anos, ele é esperança de renovação do surfe sul-africano, que tem Jordy Smith como principal nome da atualidade e um único título mundial, com o ídolo Shaun Tomson em 1977.

A etapa no quintal de casa em J-Bay pode ser o ponto alto de Matthew nesta temporada, que também vai aproveitar o grande número de etapas em direitas para soltar as rasgadas de frontside.

Idade: 22 anos
Local: Jeffreys Bay, África do Sul
Patrocínio principal: Rip Curl
Ponto forte: Rasgadas de frontside

Morgan Cibilic:

Na 11ª posição do ranking do QS, o aussie Morgan Cibilic só confirmou vaga na elite mundial após o fim do Billabong Pipe Masters no Havaí.

O atleta de Merewether foi beneficiado com a boa atuação de Yago Dora em Pipeline, que classificou-se entre os Top 22 do CT e abriu mais uma vaga no ranking da divisão de acesso.

Seu melhor resultado em 2019 foi um terceiro lugar no QS 10.000 da Galícia, seguido de um nono em Ericeira. Ao contrário dos outros dois rookies em 2020, Morgan nunca participou de uma etapa do CT como convidado.

Com apenas 20 anos, ele também não obteve grandes feitos na carreira de Pro Júnior, mas aposta no fator surpresa e nas manobras lapidadas de frontside para conseguir bons resultados na elite mundial em 2020.

Idade: 20 anos
Local: Merewether, Austrália
Patrocínio principal: Rip Curl
Ponto forte: Manobras de frontside

Miguel Pupo:

Miguel Pupo venceu o QS 10.000 em Playa Pantin, Galícia, em 2019.

Ao lado de Gabriel Medina, Miguel Pupo estreou no Championship Tour no segundo semestre de 2011, quando o regulamento previa o “corte” de alguns atletas no meio da temporada.

Mas, ao contrário do bicampeão mundial que venceu duas etapas logo de cara, Miguel não explodiu naquele ano, mas permaneceu por mais seis temporadas completas na elite mundial e muitas vezes deu trabalho ao pelotão de frente do ranking.

Especialista em tubos de frontside e aéreos, o surfista de Itanhaém – criado no litoral norte paulista – também é dono de um estilo polido em manobras de linha, especialmente para a esquerda.

Depois de uma bela temporada nas ondas da Europa em 2019, com a vitória no QS 10.000 da Galícia e um terceiro lugar nos Açores, Miguel chega motivado para provar que ainda tem muita lenha para queimar na elite mundial.

Idade: 28 anos
Local: Itanhaém (SP)
Patrocínio principal: NossoLar
Ponto forte: Aéreos e tubos de frontside

Alex Ribeiro:

Natural de Praia Grande, o paulista Alex Ribeiro está de volta ao Championship Tour depois de três anos batalhando no Qualifying Series.

Em 2016, ano de sua estreia na elite mundial, seu melhor resultado foi um tímido quinto lugar nas ondas de Trestles, Califórnia (EUA).

Nesta temporada, Alex praticamente garantiu sua volta ao Tour com a vitória no QS 6.000 de Newcastle e um terceiro lugar no US Open.

A maturidade dos 30 anos e a experiência de não ser mais um rookie vai estar ao seu lado, e o bom aproveitamento nas manobras aéreas pode ser o diferencial de Alex Ribeiro neste ano de 2020.

Idade: 30 anos
Local: Praia Grande (SP)
Patrocínio principal: NossoLar
Ponto forte: Manobras aéreas

Frederico Morais:

Frederico Morais participou de sete etapas como wildcard do CT 2019.

Campeão do ranking do Qualifying Series em 2019, o português Frederico Morais é figura conhecida na elite mundial.

Em 2019, ele participou como wildcard em sete etapas, conseguindo um terceiro lugar no evento em Saquarema.

Além disso, “Kikas” já esteve entre os melhores atletas do circuito mundial em outras duas oportunidades, 2017 e 2018. Seu melhor resultado é o vice-campeonato em J-Bay no ano de estreia no CT.

Na última temporada, Morais venceu dois QS em sua terra natal (Santa Cruz e Açores) e carimbou sua vaga na elite com a grande vitória no QS 10.000 de Haleiwa.

Idade: 28 anos
Local: Cascais, Portugal
Patrocínio principal: Billabong
Ponto forte: Batidas de frontside

Connor O’Leary:

Connor O’Leary pode incomodar nos tubos de frontside.

Em 2017, o goofy-footer australiano Connor O’Leary fez uma ótima estreia no Championship Tour, com um segundo lugar em Fiji e o prêmio de Rookie of the Year ao final da temporada.

Mas, no ano seguinte, o atleta local de Cronulla não manteve a regularidade e acabou despedindo-se do Top-34 de maneira melancólica.

Em 2019, Connor venceu apenas o QS 3.000 de Sydney, mas com atuações sólidas no US Open em Huntington Beach e no evento 10.000 de Ericeira, ele garantiu seu retorno entre os melhores atletas do mundo.

É bom ficar de olho em Connor nas etapas de G-Land, Teahupoo e Pipeline, já que o aussie provou que o frontside é a sua principal especialidade.

Idade: 26 anos
Local: Cronulla, Austrália
Patrocínio principal: Channel Islands
Ponto forte: Tubos de frontside

Ethan Ewing:

Campeão mundial Pro Júnior em 2016, o australiano Ethan Ewing era considerado a principal promessa de seu país quando estreou na elite mundial em 2017.

Mas o jovem talento decepcionou e não conseguiu nada melhor do que um 13º lugar, ficando de fora do CT no ano seguinte.

Agora, aos 21 anos e mais experiente, ele quer finalmente conquistar seu espaço no Tour e aposta nas manobras progressivas para isso.

Em 2019, ele fez bonito na Tríplice Coroa Havaiana, chegando às finais em Haleiwa e Sunset, quando ficou com a quarta e terceira colocação, respectivamente. No ranking geral da Triple Crown, ele ficou em segundo, atrás apenas de Kelly Slater.

Idade: 21 anos
Local: North Stradbroke Island, Austrália
Patrocínio principal: Billabong
Ponto forte: Manobras progressivas