Depois do susto no ISA World Surfing Games no Japão, o brasileiro Filipe Toledo está pronto para repetir uma boa atuação no Surf Ranch e defender a liderança do ranking do Championship Tour.
O surfista vem fazendo um tratamento intensivo para as dores na região lombar e estreia nesta quinta-feira (19) no Freshwater Pro, oitava etapa do circuito mundial, com boas expectativas.
Afinal, nos dois eventos oficiais realizados pela WSL no SUrf Ranch, Filipinho foi sempre muito bem. Na estreia, na Founders Cup, em maio do ano passado, fez a maior somatória individual, com incríveis 19.40 pontos, tendo o primeiro e único 10 dos juízes no Surf Ranch, ajudando o Brasil a ser o vice-campeão.
Depois, em setembro, foi o segundo colocado na primeira vez que a famosa piscina de ondas criada por Kelly Slater abrigou uma etapa do CT, com direito à maior nota entre todos, um 9,80, chegando perto da perfeição.
“Estou melhorando e continuo tratando. Esse trabalho é lento e precisa ser contínuo, senão as dores podem voltar. Estou melhor e acredito estar bem para a etapa”, revela Filipinho, em relação às fortes dores que o obrigaram a se retirar do ISA Games depois de garantir a maior média naquele momento e ao tratamento iniciado com o quiroprata Terry Romine.
“Podem esperar meu melhor sempre! Às vezes não conseguimos, mas sempre vou com desejo de vitória”, anuncia.
Segundo ele, o tipo de onda no Surf Ranch exige muito do atleta e com as mudanças estabelecidas pode haver um equilíbrio maior entre os atletas. “Você não pode parar de trabalhar a prancha, portanto preciso estar bem. A onda teve mudanças e isso pode emparelhar ainda mais as disputas, mas quem conhece mais, terá mais facilidade”, comenta o surfista.
Atual líder do ranking, ele sabe que a etapa tem grande importância pelo circuito se encaminhar para a reta final e não esconde o planejamento de conquistar uma das duas vagas olímpicas que o Brasil tem direito.
“Toda etapa é chave. Precisa ganhar ou chegar perto dos primeiros colocados, caso contrário não chega ao final disputando o título. Os Jogos Olímpicos são uma meta e se o título vier, a vaga virá como consequência”, admite.
“Meu desejo é também conseguir ir bem em toda a perna europeia e isso me ajudará bastante a chegar numa possível disputa de título no Havaí”, completa o atleta, que aparece em primeiro lugar no CT e tem como melhores resultados a vitória na etapa de Saquarema, o segundo lugar em Bells Beach, na Austrália, o terceiro em J-Bay, na África do Sul, e o quinto em Bali, Indonésia.