Sexta etapa do Championship Tour, o Corona Open J-Bay começou nesta segunda-feira (2) e vai até o dia 13 de julho em Jeffreys Bay, África do Sul.
O australiano Julian Wilson chega à prova sul-africana como atual líder do Tour, mas é seguido de perto por quatro brasileiros: Filipe Toledo, Italo Ferreira, Gabriel Medina e Willian Cardoso.
E cada um dos cinco primeiros do ranking têm uma carta na manga para sair de J-Bay com o lugar mais alto do pódio e também mais perto do título mundial.
Apesar de nunca ter vencido a etapa, Julian Wilson já chegou à final em 2015, quando a disputa teve que ser interrompida após o indesejado encontro de Mick Fanning com um tubarão logo no início da bateria.
WSL / Pierre Tostee“Sempre me diverti muito aqui desde que entrei para o Tour”, comenta Julian. “J-Bay ficou de fora do CT por alguns anos, mas desde que a etapa voltou estamos sendo abençoados com ondas muito boas, e a previsão para este ano não é diferente. Já tive bons resultados aqui, como em 2015, mas o que realmente faz minha cabeça é ir dormir e saber que vou acordar de cara para essas linhas perfeitas”, acrescenta o dono da lycra amarela.
Segundo no ranking, o paulista Filipe Toledo teve uma atuação impecável em 2017 e é defensor do título do Open J-Bay. No caminho para a vitória, ele arrancou uma nota 10 que será lembrada por muitos anos, depois de mandar dois aéreos perfeitos na mesma onda.
“É muito bom voltar aqui. Me sinto em casa e o ano passado foi incrível. Foram algumas das melhores atuações que já tive. Estou em segundo no ranking, mais próximo do que nunca do título, mas ainda tem muita água pra rolar. Quando você é o primeiro, tem um grande alvo nas costas. Ser o número dois tem essa vantagem, só estou perseguindo um cara e com menos pressão”, diz o brasileiro.
Terceiro e quinto colocados no ranking, respectivamente, Italo Ferreira e Willian Cardoso vêm de vitórias surpreendentes nas etapas de Bali. A dupla sabe que um bom resultado na África do Sul pode representar de vez a entrada na briga pelo título mundial.
“Estou muito feliz em voltar a J-Bay. É uma onda difícil e ainda não consegui um bom resultado nesta etapa, mas vou fazer o meu melhor. Amo surfar de backside, especialmente aqui. A onda é rápida e boa para grandes manobras, por isso mal posso esperar para começar”, comenta Italo, que também venceu a etapa de Bells Beach neste ano, mas acumula três 13º lugares nas outras provas.
Já Panda chega embalado pela sua primeira vitória no CT. “É muito bom chegar aqui em J-Bay como o atual vencedor de uma etapa. A sensação é ótima, pois todos estão de olho em você, mas isso também aumenta bastante a pressão para a continuidade dos resultados. Agora que cheguei até aqui, vou lutar para melhorar esses números e seguir firme na competição”, acrescenta Panda.
Quarto colocado no ranking, Gabriel Medina nunca venceu em J-Bay. Mas, em 2017, depois de um início de temporada fraco, o terceiro lugar na etapa sul-africana o recolocou na briga pelas primeiras posições e o paulista acabou lutando até a última etapa pelo bicampeonato mundial contra o havaiano John John Florence.
© WSL / CestariJá quem luta para se recuperar no Circuito Mundial deste ano é Adriano de Souza. Campeão mundial em 2015, Mineirinho não vem tendo muita sorte nesta temporada, somando apenas dois lugares entre os dez primeiros até o momento. Porém, ele tem uma carta na manga, que é o retrospecto: ele é um dos vencedores da etapa.
“J-Bay é uma onda poderosa que gosto muito e foi onde venci em 2012, quando a prova fez parte do QS. Meu objetivo é um só: me recuperar das atuações recentes, que não representam a qualidade do meu surfe. Passei os últimos meses treinando em diversos lugares diferentes para chegar afiado. A ideia é ir para cima”, destaca Mineiro.
De volta ao Tour Onze vezes campeão mundial, o norte-americano Kelly Slater está recuperado de uma lesão no pé e volta às competições no Open J-Bay. Em sua estreia no CT deste ano, ele enfrentará Italo Ferreira e Kanoa Igarashi.
Foi justamente em J-Bay, no ano passado, que Slater fraturou o pé direito. Depois disso, ele participou apenas de eventos especiais no Surf Ranch e do Pipe Masters, etapa que finalizou o calendário de 2017.
WSL / Steve ShermanRecentemente, Slater revelou que sofreu uma distensão no mesmo pé lesionado no ano passado e que era dúvida para a etapa. Porém, manteve seu nome na lista de baterias da prova e a WSL confirmou o retorno do norte-americano.
Só pelo Facebook A partir da etapa de J-Bay, o Championship Tour passa a ser transmitido exclusivamente via Facebook.
De acordo com a entidade, para aqueles que já acompanham os eventos através da rede social, assim que entrarem na plataforma serão redirecionados para o live streaming sem ter que dar mais passos.
Já os restantes terão que se registrar (ou fazer login) com o seu e-mail para poder acessar a transmissão da etapa ao vivo.
A parceria entre WSL e Facebook no ano passado revelou alguns números importantes divulgados pela entidade. Cerca de 14 milhões de pessoas, de todos os cantos do planeta, assistiram aos eventos da WSL no Facebook em 2017. EUA, Brasil e México foram os países que tiveram mais audiência.
© WSL / CestariPrevisão A previsão indica a chegada de um swell para o final de tarde desta segunda-feira (2) em Jeffreys Bay.
A partir de terça, as ondas começam a subir e podem quebrar maiores de 2 metros, com ventos favoráveis durante a maior parte do dia. A expectativa é que as condições permanecem boas durante toda a semana na cidade sul-africana.
A primeira chamada para o Open J-Bay 2018 acontece nesta segunda-feira, às 2:10 horas (de Brasília).
Open J-Bay 2018
Primeira fase
1 Jordy Smith (AFR), Frederico Morais (POR) e Michael February (AFR)
2 Michel Bourez (PLF), Sebastian Zietz (HAV) e Ian Gouveia (BRA)
3 Italo Ferreira (BRA), Kanoa Igarashi (EUA) e Kelly Slater (EUA)
4 Gabriel Medina (BRA), Tomas Hermes (BRA) e Miguel Pupo (BRA)
5 Filipe Toledo (BRA), Matt Wilkinson (AUS) e Wiggolly Dantas (BRA)
6 Julian Wilson (AUS), Joel Parkinson (AUS) e Matthew McGillivray (AFR)
7 Willian Cardoso (BRA), Ezekiel Lau (HAV) e Keanu Asing (HAV)
8 Owen Wright (AUS), Conner Coffin (EUA) e Joan Duru (FRA)
9 Kolohe Andino (EUA), Mikey Wright (AUS) e Patrick Gudauskas (EUA)
10 Adrian Buchan (AUS), Adriano de Souza (BRA) e Yago Dora (BRA)
11 Griffin Colapinto (EUA), Wade Carmichael (AUS) e Jessé Mendes (BRA)
12 Michael Rodrigues (BRA), Jeremy Flores (FRA) e Connor O´Leary (AUS)
Ranking do Championship Tour depois de cinco etapas
1 Julian Wilson (AUS) – 27.215 pontos
2 Filipe Toledo (BRA) – 25.900
3 Italo Ferreira (BRA) – 24.995
4 Gabriel Medina (BRA) – 20.940
5 Willian Cardoso (BRA) – 19.740
6 Michel Bourez (TAH) – 19.375
7 Mikey Wright (AUS) – 17.535
8 Jordy Smith (AFR) – 15.825
9 Owen Wright (AUS) – 15.275
9 Michael Rodrigues (BRA) – 15.275
11 Adrian Buchan (AUS) – 15.250
12 Kolohe Andino (EUA) – 14.580
12 Griffin Colapinto (EUA) – 14.580
14 Wade Carmichael (AUS) – 14.005
15 Ezekiel Lau (HAV) – 13.335
16 Jeremy Flores (FRA) – 12.195
16 Conner Coffin (EUA) – 12.195
18 Mick Fanning (AUS) – 11.500
19 Adriano de Souza (BRA) – 11.150
20 Tomas Hermes (BRA) – 10.255
21 Frederico Morais (POR) – 10.160
22 John John Florence (HAV) – 9.115
Próximos brasileiros
24 Jessé Mendes (BRA) 7.870
27 Yago Dora (BRA) 7.670
33 Ian Gouveia (BRA) 5.380
35 Miguel Pupo (BRA) 2.505*
36 Caio Ibelli (BRA) 2.100**
*Compete como substituto e não disputou as duas primeiras etapas da temporada.
**Lesionou-se na terceira etapa e está afastado das competições.
