O troféu de campeão da categoria masculina do MEO Pro Portugal vai para os Estados Unidos. Griffin Colapinto venceu Filipe Toledo num duelo de manobras de borda de backside, pelo placar de 14.34 a 14.20 pontos, para conquistar a sua primeira vitória em etapas do CT. O norte-americano chegou à final após superar o havaiano John John Florence na semi. Já Filipe superou Italo Ferreira num confronto de aéreos antes de chegar na finalíssima.
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Como resultado Filipinho subiu três posições no ranking e passou a ser o melhor brasileiro. Ele está em quarto lugar. Já Griffin saiu de 27º para o sétimo lugar. O líder do ranking é o japonês Kanoa Igarashi. Em segundo lugar estão o norte-americano Kelly Slater e o havaiano Barron Mamiya.
As finais do MEO Pro Portugal foram realizadas em direitas e esquerdas de meio a 1 metro no pico de Supertubos, na cidade de Peniche. A final foi parelha e decidida com duas ondas surfadas quando restavam nove minutos para o fim. Griffin chegou naquele momento em primeiro, tendo virado o resultado com uma nota 7.67 pontos conquistada pouco antes com duas fortes batidas de backside.
Filipe precisava de 5.68 pontos e atacou uma esquerda com três manobras, sendo as duas primeiras batidas muito fortes. Griffin surfou a onda de trás e também executou duas pancadas potentes.
Os juízes levaram cinco minutos para divulgar as duas notas. A primeira foi a do brasileiro, que pulou para a primeira posição, com 7.53 pontos. O norte-americano ficou na necessidade de 6.53 e virou com 6.67.
Filipinho, campeão do MEO Pro Portugal em 2015, ainda pegou duas ondas, mas não conseguiu a nota que precisava e ficou em segundo lugar nessa edição de 2022 do evento em Supertubos. Já Griffin fez sua primeira final no CT e levou o troféu de campeão para os Estados Unidos.
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“É muito louco! Não consigo acreditar nas pessoas que tive que vencer para ser campeão. Coloquei tanto trabalho e esforço para chegar aqui e ver que funcionou… Vejo que estou fazendo a coisa certa e vou continuar fazendo isso. Foi demais competir com o Filipe. Ele é uma pessoa incrível, eu o respeito muito. A gente remando lá fora, se olhando, sem sentimentos ruins. Só amor. Então, era só surfar e ver o que iria acontecer”, comenta Griffin, em entrevista exclusiva ao Waves.
O norte-americano também fala sobre as próximas etapas. “Para a Austrália… vou pra casa e fingir que nunca venci. Vou tentar fingir que perdi. Espero que isso me dê gás para trabalhar mais duro, porque perder é o que costuma me impulsionar. Vou só fingir que perdi, e tomara que chegue na Austrália e faça a mesma coisa”.
Filipe Toledo também dá declarações ao Waves. “A final foi boa contra o Griffin, um molecão humilde, que eu gosto de trocar ideia, que a gente surfa, que dá pra ver que tem o coração bom. Fiquei amarradão de poder fazer a final com ele. O Griffin teve oportunidades. Acho que ele teve as maiores notas porque ele estava com uma conexão melhor com as séries e conseguiu pegar as maiores ondas. Mas estou feliz com essa segunda colocação, pois são pontos muito importantes pro ranking. Agora o foco é na Austrália”, conta Filipe em entrevista exclusiva ao Waves.
Semifinais – Filipe e Griffin chegaram na final após venceram Italo Fererira e John John Florence na semi, respectivamente. A primeira bateria da fase foi brasileira.
Filipe e Italo se enfrentaram na final do MEO Pro Portugal de 2015 e voltaram a disputar uma bateria homem a homem na etapa deste ano. O duelo foi de aéreos. Italo chegou no critério excelente num deles, mas não conseguiu uma segunda nota boa. Filipe voou pra esquerda, pra direita e conquistou a vitória com essas duas decolagens.
Supertubos ofereceu belas rampas para os brasileiros darem show. Italo colocou grande pressão em Filipe logo aos quatro minutos de bateria. O bicampeão da etapa acelerou numa esquerda, voou alto com rotação e aterrissou na base da onda. A nota foi 8.83.
Filipe mostrou algo melhor na bateria depois de três ondas fracas. Ele voou com rotação numa esquerda, mas caiu na manobra seguinte, uma rasgada. A nota foi 6.17 pontos.
Italo tinha uma nota alta e outra fraca, então surfou uma esquerda pequena, mas com parede aberta. Ele soltou três manobras e colocou 3.83 pontos no somatório. Restavam 12 minutos para o fim e Filipe necessitava de 6.50.
As ondas pararam de aparecer por alguns minutos. Filipinho achou uma quando restavam seis minutos para o fim e não perdeu a oportunidade. Ele pegou velocidade na direita e decolou com rotação. A aterrissagem foi perfeita, então ele partiu par a junção e deu uma forte pancada. Os juízes deram 7.50 pontos e ele assumiu a liderança.
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Italo ainda tentou outro voou numa esquerda, parecido com o da nota 8.83, mas o impacto na base foi forte e ele não conseguiu ficar em pé na prancha. A bateria ampliou o número de vitorias de Filipe sobre Italo em etapas do CT (6 a 4). O placar do duelo foi 13.67 a 12.66. Italo sai da Europa em décimo lugar no ranking.
Griffin x John John – Griffin chegou à final após eliminar John John Florence na segunda semi masculina. O norte-americano foi melhor nas manobras de borda e nos aéreos, e venceu com as duas maiores notas do confronto (6.93 e 6.83). O havaiano errou muito e acabou eliminado na necessidade de 7.59 pontos. John John subiu do décimo para o oitavo lugar no ranking com a terceira posição em Portugal.
Próxima etapa – Os atletas da elite têm um novo encontro marcado para abril. As duas próximas etapas da temporada acontecem na Austrália. A primeira será em Bells Beach, e a janela fica aberta entre os dias 10 e 20.
MEO Pro Portugal
Final Masculina
Campeão Griffin Colapinto (EUA) 14.34
Vice-campeão Filipe Toledo (BRA) 14.20
Semifinais
1 Filipe Toledo (BRA) 13.67 x 12.66 Italo Ferreira (BRA)
2 Griffin Colapinto (EUA) 13.76 x 10.50 John John Florence (HAV)
Ranking masculino do CT 2022 após três etapas
1 Kanoa Igarashi (JPN) 17.290
2 Kelly Slater (EUA) 14.650
2 Barron Mamiya 14.650
4 Filipe Toledo (BRA) 14.440
5 Seth Moniz (HAV) 13.875
6 Caio Ibelli (BRA) 13.500
7 Griffin Colapinto (EUA) 12.660
8 John John Florence (HAV) 12.160
9 Jordy Smith (AFR) 11.385
10 Italo Ferreira (BRA) 10.735
11 Miguel Pupo (BRA) 9.670
12 Kolohe Andino (EUA) 9.395
12 Jake Marshall (EUA) 9.395
14 Ethan Ewing (AUS) 8.745
15 Connor O’Leary (AUS) 7.970
15 Callum Robson (AUS) 7.970
15 Nat Young (EUA) 7.970
18 Conner Coffin (EUA) 7.405
18 Jack Robinson (AUS) 7.405
18 Ezekiel Lau (HAV) 7.405
18 Samuel Pupo (BRA) 7.405
18 Lucca Mesinas (PER) 7.405
Outros brasileiros
23 João Chianca (BRA) 5.980
27 Deivid Silva (BRA) 4.915
27 Jadson André (BRA) 4.915
39 Gabriel Medina (BRA) 795
39 Yago Dora (BRA) 795
Final Feminina
Campeã Tatiana Weston-Webb 15.33
Vice-campeã Lakey Peterson (EUA) 14.27
Semifinais
1 Lakey Peterson (EUA) 12.34 x 12.00 Stephanie Gilmore (AUS)
2 Tatiana Weston-Webb (BRA) 10.76 x 10.17 Carissa Moore (HAV)
Ranking feminino do CT 2022 após três etapas
1 Brisa Hennessy (CRI) 17.355
2 Carissa Moore (HAV) 16.495
2 Lakey Peterson (EUA) 16.495
4 Tatiana Weston-Webb (BRA) 15.220
5 Malia Manuel (HAV) 15.155
6 Johanne Defay (FRA) 14.235
7 Tyler Wright (AUS) 13.440
8 India Robinson (AUS) 12.100
9 Gabriela Bryan (HAV) 11.305
10 Moana Jones Wong (HAV) 11.045
11 Isabella Nichols (AUS) 9.965
11 Luana Silva (HAV) 9.965
11 Moly Picklum (AUS) 9.965
14 Stephanie Gilmore (AUS) 9.740
14 Bettylou Sakura Johnson (HAV) 9.740