O MEO Pro Portugal 2023 começou neste sábado (11) com a primeira fase masculinas. Gabriel Medina participou do último duelo do round, mas ficou em último, atrás de Jordy Smith e de Rio Waida, o melhor surfista do dia entre os homens. Seis dos nove brasileiros avançaram direto para a terceira fase. Caio Ibelli e João Chiaca, além de Medina, enfrentarão a repescagem.
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Palco da etapa, Supertubos funcionou com direitas e esquerdas irregulares com cerca de 1 a 1,5 metro. Em alguns momentos as condições ficaram muito difíceis para o surfe. Medina competiu do 12º confronto. Ele não foi bem nos 15 minutos iniciais. O tricampeão mundial surfou três ondas ruins.
Rio Waida decolou alto. Na sua primeira participação no confronto, o indonésio acelerou, voou com reverse e ainda bateu forte na junção. A nota foi 7.33 pontos. Perto da metade da bateria ele foi ainda melhor. Rio voou novamente de frontside, dessa vez com mais altura e sem rotação. A aterrissagem perfeita aconteceu na base. A performance valeu 7.83 e ele disparou na frente do placar. O sul-africano Jordy Smith abriu a disputa com uma sequência de manobras numa direita que rendeu 4.83 pontos.
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A primeira onda razoável de Medina na bateria foi surfada quando restavam nove minutos para o fim. Ele entrou numa direita, executou um floater e ainda encontrou tempo para bater na junção (3.60). Logo depois Jordy bateu de frontside (2.47). Medina voltou a atuar com um floater longo numa esquerda (3.17). As posições na bateria não foram alteradas, e o brasileiro necessitava de 3.71 pontos para avançar.
Tanto Medina quanto Jordy ficaram mais ativos nos minutos finais. Medina soltou as manobras de backside, e Jordy decolou com reverse de front. Os dois alteraram seus somatórios, mas o sul-africano ampliou a diferença com a nota 5.67 pontos. Medina passou a necessitar de 6.90 para evitar a repescagem, porém não conseguiu e terminou o duelo na última posição. Rio venceu com o maior somatório do dia entre os homens, 15.16 pontos.
“Dei uma olhada nas baterias e vi que enfrentaria o Jordy e o Gabriel. Cresci vendo-os surfar e sabia que tinha que subir o nível de surfe. Definitivamente eu estava nervoso, mas estava focado o suficiente para me acalmar e focar na minha estratégia. A cada onda que pegava, dizia a mim mesmo que era freesurf e que tinha que enfrentar esses caras para ser o melhor. Eu dei tudo e estou muito feliz por ter feito isso”, contou Rio Waida.
Duas vitórias brasileiras – Duas baterias foram vencidas por brasileiros neste sábado em Supertubos. A primeira aconteceu na sétima bateria. Miguel Pupo dominou as ações. Ele surfou tubo de frontside e manobrou forte de backside para marcar três notas na casa dos cinco pontos (5.67, 5.17 e 5.17).
Michael Rodrigues ficou muito ativo, surfou 14 ondas e avançou em segundo lugar, tendo como melhor nota 4.17 pontos. Seth Moniz teve muita dificuldade nas complicas condições para o surfe. O havaiano marcou 3.33 na sua melhor performance e ficou em último lugar.
“Eu acho que nós, brasileiros, temos uma vantagem aqui em Supertubos, porque já temos o instinto de surfar em beach breaks (praias com fundo de areia)”, disse Miguel Pupo. “A gente tem o faro pra esse tipo de onda e isso ajuda bastante. Acho que isso reflete nas baterias e espero avançar ainda mais. Esse é o segundo melhor evento da minha carreira, sempre vou muito bem aqui em Portugal e espero seguir nesse mesmo caminho”.
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A outra vitória brazuca no dia aconteceu na bateria seguinte. O australiano Jackson Baker bateu forte de frontside. Ele executou duas pancadas e marcou 6.00 pontos na sua melhor atuação. Yago também atuou de frente pra onda nas suas melhores performances nos 15 minutos iniciais. O brasileiro conquistou as notas 4.93 e 3.50 com rasgadas e batidas. O japonês Kanoa Igarashi passou metade da disputa cometendo erros. Ele tentou voar algumas vezes, mas só acertou um. A nota foi 4.20.
O brasileiro se distanciou do japonês com um floater e uma batida com reverse de backside (4.27). Kanoa passou a precisar de 5.00 para avançar. Yago necessitava de 6.37 para vencer.
Yago assumiu a liderança no início do último terço do confronto. O brazuca bateu de forma vertical numa direita, e ainda voou com reverse. A atuação valeu 6.67 pontos. Jackson passou a procurar uma onda que valesse 5.61 para vencer, e Kanoa de uma 7.10 para avançar. Yago ampliou a diferença para seus adversário com duas pancadas de backside que valeram 5.77.
O australiano tentou recuperar a liderança, mas não trocou de nota, e o japonês não chegou perto dos 7.10 pontos que precisava para avançar. Kanoa caiu para a repescagem e Jackson garantiu vaga na terceira fase com o segundo lugar na bateria.
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Primeiro brasileiro – Samuel Pupo foi o primeiro brasileiro a competir no MEO Pro Portugal. Ele rapidamente colocou duas notas na casa dos cinco pontos no placar e assumiu a liderança da segunda bateria. As duas atuações foram na direita de Supertubos. A nota 5.83 pontos foi conquistada com um tubo e duas rasgadas, e a 5.67 teve aéreo.
Griffin Colapinto também decolou e marcou 5.27 e 5.57 pontos. O norte-americano assumiu a liderança no início do último terço da bateria de 30 minutos. Ele executou um floater e uma pancada forte e vertical de frontside para anotar 7.50. Griffin ainda voou com rotação completa, anotou 6.83 e garantiu a vitória. Samuel passou a necessitar de 8.50 para vencer o confronto. O brasileiro fez algumas tentativas, não conseguiu a virada, porém conquistou a vaga na terceira fase ao terminar na segunda posição.
O francês Maxime Huscenot voou algumas vezes ao longo da bateria, mas não teve sucesso. Ele terminou o duelo em terceiro lugar e caiu para a repescagem.
Bicampeão do MEO Pro Portugal – A disputa seguinte teve Italo Ferreira. O bicampeão do evento (2018 e 2019) teve suas melhores notas com aéreos de backside nas direitas de Supertubos. O australiano Connor O’Leary foi agressivo atuando de costas para a onda e venceu. Já o havaiano Ezekiel Lau terminou em terceiro lugar e caiu para repescagem.
O brasileiro começou com 4.33 pontos. Após três ondas fracas, o campeão mundial de 2019 voltou a decolar para marcar 5.23. Connor iniciou forte, com 6.17 pontos após três batidas verticais de backside. Na sequência ele voltou a atacar a direita do pico português, marcou 4.40 e depois 4.63.
Ezekiel marcou 3.60 pontos na primeira onda. Depois 3.47 e 1.87, até anotar 5.70 após executar uma batida e um aéreo com rotação completa numa direita intermediária. O havaiano passou a necessitar de 3.86 para ficar com a vaga do brasileiro. Italo segurou a prioridade e passou a marcar o havaiano. No final os dois surfaram a mesma onda, Italo foi pra direita e Ezekiel para a esquerda. Eles não mudaram suas pontuações e o brazuca avançou em segundo lugar.
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Filpe sofre, mas avança – Filipe Toledo também está garantido na terceira fase do MEO Pro Portugal. A sexta bateria foi tensa para o brasileiro, porém ele conseguiu a virada perto do fim. O australiano Ryan Callinan venceu o duelo e o francês Tiago Carrique terminou em último lugar.
A disputa aconteceu em condições ruins para o surfe em Supertubos. As ondas com cerca de 1 a 1,5 metro ficaram ainda mais irregulares do que nas primeiras horas do dia, e a escolha das direitas e esquerdas foi crucial para o resultado.
A primeira metade da disputa teve 14 ondas surfadas. A melhor foi de Ryan Callinan. O australiano executou duas batidas, a segunda um ataque à junção, e anotou 4.23 pontos. Ele estava em primeiro lugar, e Tiago Carrique, francês convidado para a etapa, em segundo. Filipe Toledo tinha a segunda melhor nota (3.67), porém estava na última posição, entretanto necessitava de apenas 1.96 para assumir o segundo lugar e avançar.
Carrique dificultou o caminho de Filipe com 3.97 pontos. O brasileiro tentou a virada, mas ficou no tubo. Naquele momento ele precisava de 3.44 para avançar. As ondas deram uma sumida, mas Filipe surfou perto dos cinco minutos finais. Ele tinha a terceira prioridade e foi numa direita pequena. O brasileiro rasgou e bateu na junção. A performance valeu 3.67 e o brazuca assumiu o segundo lugar.
Ryan voou com reverse numa esquerda logo depois e colocou mais 4.73 pontos no somatório. A prioridade ficou com o Carrique, que precisava de 3.37 para retomar o segundo lugar. Filipe tentou melhorar sua situação e decolou alto numa direita, mas caiu na aterrisagem. O francês atuou perto do minuto final. O europeu executou uma batida de backside na junção e teve dificuldade em completar a manobra, mas conseguiu ficar em pé na prancha e à frente da espuma. A nota 2.73 não alterou o resultado. Ryan venceu e Filipe avançou em segundo lugar.
Repescagem – Além de Medina, Caio Ibelli e João Chianca também terão que participar da repescagem. Caio competiu no quatro confronto e viu Joan Duru ser consistente no início, porém ele não saiu da casa dos quatro pontos (4.77 e 4.67). O francês executou manobras de borda tanto de backside, quando de frontisde. O brasileiro marcou duas notas na casa dos três pontos em ondas pequenas. Uma teve três batidas e a outra um aéreo com reverse.
O australiano Liam O’Brien surfou uma onda fraca logo no início da bateria, depois demorou pra fazer sua segunda atuação, o que aconteceu perto da metade do confronto. Ele marcou 6.17 pontos com uma rasgada forte e uma batida reta de frontside. O aussie permaneceu em último lugar, porém necessitando de apenas 1.00. Logo depois ele executou uma batida numa esquerda e foi pra segunda posição (2.23). Liam ficou mais ativo e assumiu a liderança (3.57).
Caio chegou no último terço do duelo precisando de 5.51 pontos para evitar a repescagem. O brasileiro atuou pra direita, pra esquerda, fez manobras de borda, tentou voos, mas não conseguiu a pontuação que necessitava e terminou em último lugar. Liam venceu e avançou com Joan.
João Chianca também não começou bem no MEO Pro Portugal 2023. O atual terceiro colocado no ranking errou muitas manobras e terminou em último lugar na décima disputa.
O havaiano Ian Gentil atacou as direitas de Supertubos com fortes manobras de borda e passou pela primeira metade da bateria em primeiro lugar. Ele tinha duas notas na casa dos quatro pontos. A melhor, 4.83, foi a primeira. Ian bateu, rasgou e executou um layback. O norte-americano Nat Young surfou as esquerdas, porém errou a segunda batida na melhor oportunidade. João Chianca ficou ativo, mas cometeu alguns erros. Ele estava em segundo lugar, tendo conquistado 4.17 com floater, batida e rasgada de backside.
Nat pegou o segundo lugar do brasileiro quando restavam 14 minutos para o fim. O norte-americano entrou numa direita pequena, fez uma rasgada sem muita expressão, uma batida reta e uma pancada de fundo de prancha. A atuação valeu 3.43 pontos.
João permaneceu ativo, mas seguia falhando nas tentativas. Ele procurava uma onda que valesse 2.46 pontos para avançar. Ele até conseguiu nota maior (3.47) com performance numa direita, porém Ian e Nat também melhoraram suas pontuações. O havaiano fez duas manobras de backside e disparou na liderança com mais 6.67. Nat surfou também de backside, mas na direita de Supertubos. O atleta dos Estados Unidos executou duas manobras e aumentou a diferença para o brasileiro com 4.10. João precisava de 3.90 pra avançar. O brazuca ainda fez quatro tentativas, porém voltou a errar e não conseguiu reverter o resultado. Ele terá nova chance na repescagem.
Líder do ranking – O líder do ranking venceu na estreia do MEO Pro Portugal. O australiano Jack Robinson voou para marcar a maior nota do quinto duelo da etapa, e garantiu vaga na terceira fase. O havaiano Barron Mamiya ficou em segundo lugar e o português Frederico Morais caiu para a repescagem.
A primeira metade do confronto teve como melhor momento um aéreo de Jack. A atuação foi a segunda dele na disputa e valeu 5.67 pontos, que acabou sendo a maior nota da bateria. O português Frederico Morais tinha três atuações fracas até aquele momento. Logo na sequência ele marcou 3.40 com uma performance de frontside, porém permaneceu em último lugar. O havaiano Barron Mamiya estava na segunda posição, com duas notas na casa dos dois pontos (2.67 e 2.60).
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Jack fez mais tentativas e conseguiu melhorar sua situação no confronto com 3.50 pontos. Barron subiu de produção, marcou 3.43 e 4.67 e dificultou o caminho de Frederico. Enquanto o português não conseguia reagir, o havaiano voou com reverse numa direita. Barron precisava de 4.51 para assumir a liderança e marcou 4.43.
Frederico chegou nos cinco minutos finais precisando de 5.70 pontos para avançar. O convidado para a etapa tentou a reação com manobras de frontside, mas a nota 4.63 não foi suficiente para alterar o placar.
Próxima chamada – A próxima chamada para o MEO Pro Portugal acontece neste domingo (12), às 3h50 (de Brasília), para um possível início às 4h02. A WSL pretende colocar os homens na água e realizar a repescagem, além do round 3, que deve acontecer com baterias simultâneas. Tudo depende das condições do mar para o surfe em Supertubos.
MEO Pro Portugal 2023
Round 1 Masculino
1 Ethan Ewing (AUS) 11.10 x Carlos Muñoz (CRI) 8.67 x Kelly Slater (EUA) 5.10
2 Griffin Colapinto (EUA) 14.33 x Samuel Pupo (BRA) 11.50 x Maxime Huscenot (FRA) 4.40
3 Connor O’Leary (AUS) 10.80 x Italo Ferreira (BRA) 9.56 x Ezekiel Lau (HAV) 9.30
4 Liam O’Brien (AUS) 9.74 x Joan Duru (FRA) 9.44 x Caio Ibelli (BRA) 7.60
5 Jack Robinson (AUS) 9.17 x Barron Mamiya (HAV) 9.10 x Frederico Morais (POR) 8.03
6 Ryan Callinan (AUS) 8.96 x Filipe Toledo (BRA) 7.34 x Tiago Carrique (FRA) 7.10
7 Miguel Pupo (BRA) 10.84 x Michael Rodrigues (BRA) 8.10 x Seth Moniz (HAV) 5.53
8 Yago Dora (BRA) 12.44 x Jackson Baker (AUS) 11.30 x Kanoa Igarashi (JAP) 7.70
9 John John Florence (HAV) 11.90 x Matthew McGillivray (AFR) 10.10 x Kolohe Andino (EUA) 8.83
10 Ian Gentil (HAV) 11.50 x Nat Young (EUA) 8.07 x João Chianca (BRA) 7.64
11 Leonardo Fioravanti (ITA) 13.60 x Jake Marshall (EUA) 7.60 x Callum Robson (AUS) 6.60
12 Rio Waida (IDN) 15.16 x Jordy Smith (AFR) 10.50 x Gabriel Medina (BRA) 7.10
Round 2 (Repescagem)
1 Caio Ibelli (BRA) x Kolohe Andino (EUA) x Tiago Carrique (FRA)
2 Kanoa Igarashi (JAP) x Kelly Slater (EUA) x Frederico Morais (POR)
3 João Chianca (BRA) x Seth Moniz (HAV) x Ezekiel Lau (HAV)
4 Gabriel Medina (BRA) x Callum Robson (AUS) x Maxime Huscenot (FRA)
Round 1 Feminino
1 Tyler Wright (AUS) x Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Teresa Bonvalot (POR)
2 Stephanie Gilmore (AUS) x Caitlin Simmers (EUA) x Sophie McCulloch (AUS)
3 Carissa Moore (HAV) x Isabella Nichols (AUS) x Yolanda Hopkins (POR)
4 Molly Picklum (AUS) x Caroline Marks (EUA) x Sally Fitzgibbons (AUS)
5 Brisa Hennessy (CRI) x Lakey Peterson (EUA) x Courtney Conlogue (EUA)
6 Tatiana Weston-Webb (BRA) x Gabriela Bryan (HAV) x Macy Callaghan (AUS)
Round 1 Feminino
1 Teresa Bonvalot (POR) 9.93 x Bettylou Sakura Jonson (HAV) 6.13 x Tyler Wright (AUS) 5.37
2 Sophie McCulloch (AUS) 11.07 x Stephanie Gilmore (AUS) 9.93 x Caitlin Simmers (EUA) 9.93
3 Carissa Moore (HAV) 11.50 x Yolanda Hopkins (POR) 9.30 x Isabella Nichols (AUS) 8.51
4 Caroline Marks (EUA) 10.44 x Molly Picklum IAUS) 9.87 x Sally FItzgibbons (AUS) 9.03
5 Courtney Conlogue (EUA) 10.76 x Brisa Hennessy (CRI) 10.50 x Lakey Peterson (EUA) 7.30
6 Macy Callaghan (AUS) 10.37 x Tatiana Weston-Webb (BRA) 7.97 x Gabriela Bryan (HAV) 7.76
Round 2 (Repescagem)
1 Sally Fitzgibbons (AUS) 11.00 x Caitlin Simmers (EUA) 10.93 x Tyler Wright (AUS) 7.73
2 Isabella Nichols (AUS) 11.50 x Gabriela Bryan (HAV) 10.90 x Lakey Peterson (EUA) 7.17
Round 3
1 Molly Picklum (AUS) x Isabella Nichols (AUS)
2 Tatiana Weston-Webb (BRA) x Teresa Bonvalot (POR)
3 Stephanie Gilmore (AUS) x Sally Fitzgibbons (AUS)
4 Gabriela Bryan (HAV) x Courtney Conlogue (EUA)
5 Carissa Moore (HAV) x Yolanda Hopkins (POR)
6 Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Macy Callaghan (AUS)
7 Caroline Marks (EUA) x Caitlin Simmers (EUA)
8 Brisa Hennessy (CRI) x Sophie McCulloch (AUS)