Novamente o brasileiro Filipe Toledo chega ao Havaí disputando o título mundial. Em segundo lugar no ranking do Championship Tour, o atleta de apenas 23 anos descarta a pressão na etapa de Pipeline, que tem início neste sábado (8). Pelo contrário, demonstra confiança e avisa: “Não tenho pressão alguma, ainda mais agora que me tornei caçador”.
“A expectativa está ótima, treinei bastante por aqui e, se a chance aparecer, estarei preparado”, diz o surfista de Ubatuba, que atualmente mora na Califórnia. “As chances existem e só vou desistir quando não tiver mais. Enquanto isso, minha fé só aumenta”, ressalta o atleta, que para ser campeão mundial, precisa chegar à final da etapa havaiana. “Se isso acontecer, vai ser tremendo. Todo mundo tem sua primeira vez e quem sabe a minha está chegando”, comenta.
Ele sabe que as possibilidades de título não são fáceis, ainda mais com dois especialistas em Pipe, mas demonstra determinação em seu objetivo. “Será bem emocionante cada fase do evento, sabendo que ninguém pode errar, para não dar chances aos outros. E, sinceramente, espero que não seja eu. Tem bastante gente me desejando boa sorte e dizendo que gostaria de me ver campeão, mas isso só saberemos no final”, afirma o atleta.
Vitorioso em duas etapas nesse ano, em Saquarema e em J-Bay (pelo segundo ano seguido), vice-campeão no Surf Ranch e terceiro no Taiti, Filipe faz um balanço positivo de sua temporada. “Ano excelente, cheio de aprendizado e me motivando ainda mais a conquistar o meu tão sonhado título mundial”, diz o surfista, que está no Havaí acompanhado da família, incluindo seus dois filhos, Mahina e Koa.
“Gosto muito de ter minha família ao lado. É sempre bom poder dar um beijo e um abraço na esposa ou filho quando as coisas não vão bem”, fala Filipinho, também enaltecendo seu pai e técnico, Ricardo Toledo.
“Meu pai sempre esteve ao meu lado, foi três vezes campeão brasileiro de surfe e me ajuda demais. Você se preocupar apenas com ir para o mar fazer o que mais ama é a melhor coisa. Ele sempre me deixa bem à vontade e me passa a confiança que preciso, para ir lá e fazer o que mais gosto”, complementa o atleta patrocinado por Hurley, Oi, Monster Energy, Nike, Oakley, GoPro, Sun Bum, SmoothStar, Stance, pranchas Sharp Eye e FCS.
Cenários da disputa pelo título mundial no Havaí:
– Se chegar à final em Pipeline, Medina garante a taça sem depender dos adversários;
– Se Medina perder na semi, Filipe Toledo e Julian Wilson precisam vencer a etapa;
– Caso Medina perca nas quartas ou antes disso, Julian e Filipe precisam ser finalistas.