Pro Bells Beach

Ethan é campeão na Austrália

Ethan Ewing vence Ryan Callinan na final do Pro Bells Beach, e troféu de campeão da etapa fica na Austrália. Filipe Toledo finaliza prova em terceiro lugar.

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Ethan Ewing é o campeão do Pro Bells Beach 2023.

O troféu de campeão do Pro Bells Beach ficou na Austrália. A final foi entre dois surfistas do país da Oceania, e Ethan Ewing venceu Ryan Callinan. No caminho até a final o campeão eliminou os brasileiros Gabriel Medina (9º) e Filipe Toledo (3º).

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As disputas da terça-feira (11) foram realizadas em ondas de 0,5 a 1 metro no pico de Winkipop. Durante a manhã australiana as condições para o surfe estavam razoáveis, mas as decisões aconteceram em direitas irregulares e mexidas.

Ethan ficou ativo no início da final. Logo aos quatro minutos ele marcou 5.33 pontos com uma batida, seguida de um floater, uma rasgada, outra pancada e um cutback. Ele seguiu pegando ondas e cinco minutos depois anotou 3.83. Depois de 12 minutos Ryan entrou em ação, porém numa direita ruim.

Ethan aumentou a diferença no placar aos 16 minutos. O surfista bateu e rasgou desgarrando a rabeta para anotar 6.67 pontos. Na necessidade de 9.90, Ryan passou a atuar com mais frequência, porém não encontrava direitas boas para encostar no placar.

Os dois voltaram a surfar quando restavam 12 minutos. Ethan rasgou invertendo a direção da prancha, fez outra curva forte a bateu na junção. Ryan executou três batidas. O primeiro marcou 6.83 pontos e o segundo 4.23. As duas notas entraram no somatório e Ryan passou a necessitar de 9.27 para vencer.

Ryan não desistiu e seguiu fazendo tentativas. Quando restavam cinco minutos ele fez sua melhor apresentação, marcou 5.73 pontos e diminuiu a diferença para 7.77. Porém, Ethan deu um duro golpe perto do minuto final. Ele fez uma série de manobras, marcou 7.67 e confirmou a vitória.

“Isso é demais, este evento é o que eu mais queria vencer. É um sentimento muito especial e tenho pensado em ser campeão aqui desde que entrei no Tour”, disse Ethan Ewing. “Era um objetivo meu homenagear a minha mãe (Helen Lambert, in memoriam, campeã em Bells Beach), deixá-la orgulhosa. Eu tenho o troféu dela ao lado da minha cama e sempre sonhei em ter o meu nome na escada (onde é registrado os nomes dos campeões em Bells) com ela”.

Caminho até a final – Ethan derrotou dois brasileiros e um sul-africano nesta terça-feira no caminho até a final. Na semi a disputa foi contra Filipe Toledo. O brasileiro defendia o título do Pro Bells Beach. O australiano também foi adversário do brasileiro na mesma fase em 2022, porém dessa vez o resultado foi diferente. Ethan foi paciente na esperar pelas ondas, marcou nota no critério excelente quando restavam quatro minutos para o fim e avançou na etapa. Filipinho se despediu do evento em terceiro lugar.

A batalha por uma vaga na final começou com Filipe anotando 6.67 pontos. A performance aconteceu aos dois minutos. Ethan também atuou, mas abandonou a onda logo no início. Aos quatro minutos o australiano chegou perto do critério excelente. O surfista rasgou invertendo a direção da prancha, bateu chutando a rabeta e executou outras duas pancadas. A nota foi 7.50.

Ethan Ewing inverte totalmente a direção da prancha no caminho da vitória.

Logo depois Filipe também chegou na casa dos sete pontos. O brasileiro fez três batidas, uma com reverse, além de um aéreo com rotação. Ele conquistou 7.17. Aos 14 minutos, sem a prioridade, Filipe fez um floater, rasgou com amplitude, bateu e voou novamente com rotação. Com a performance ele recebeu 7.13 e deixou Ethan na necessidade de 6.80 para assumir a liderança.

Enquanto Ethan ficou sentado no outside esperando uma série, Filipe tentou trocar de nota duas vezes, porém não conseguiu. Na sequência a bateria ficou sem ação até os quatro minutos finais, quando o australiano usou a prioridade. Ele executou duas rasgadas, bateu escalando a espuma, depois fez uma curva curta, um cutback e uma pancada pra fechar apresentação. Ethan abriu grande vantagem no placar com 8.43 pontos.

Filipe tentou dar o troco dois minutos depois, porém após duas curvas fortes a direita fechou. O brasileiro precisava de 8.76 pra vencer. Ele voltou pro pico, pegou outra onda, mas ela não ofereceu seções para chegar no score que necessitava para virar o resultado.

Medina cai nas oitavas – Antes de enfrentar Filipe na semi, Ethan passou pelo sul-africano Matthew McGillivray nas quartas de final e por Gabriel Medina nas oitavas. O brasileiro surfou 12 ondas em Winkipop e Ethan apenas 3 ao longo dos 40 minutos de confronto.

Medina ficou muito ativo desde o início. Na segunda onda, aos quatro minutos, ele executou duas batidas boas e anotou 5.17 pontos. Ele seguiu surfando e deixou o adversário na necessidade de 7.10. Porém Ethan fez o uso da prioridade aos dez minutos, fez três batidas e uma rasgada invertendo a direção da prancha, marcou 7.50 e foi para a liderança.

Dois minutos depois Medina usou a prioridade, deu duas pancadas e errou um aéreo. A nota 3.50 pontos o colocou novamente em primeiro, porém o australiano necessitava de apenas 1.17 para assumir a liderança.

Gabriel Medina tenta tirar coelho da cartola, mas perde nas oitavas de final.

O tricampeão mundial seguiu surfando muitas ondas, porém não conseguia uma sequência de boas manobras. Medina voou com reverse na metade do confronto e colocou 4.93 no somatório, porém Ethan também entrou em ação. O aussie rasgou invertendo a direção da prancha, fez outra curva forte, porém mais curta, e ainda executou mais duas batidas chutando a rabeta. A performance valeu 6.17. Medina passou a necessitar de 8.50 para avançar na competição.

O brasileiro seguiu sem achar boas ondas, e Ethan deu o golpe final. Com um floater e um layback forte na junção, o australiano aumentou a diferença com 6.83 pontos. Medina passou a precisar de 9.16 e não chegou perto da nota. Com o resultado o tricampeão mundial terminou em nono lugar pela quarta vez seguida no CT.

O caminho de Ryan – Ryan Callinan não venceu brasileiro nesta terça-feira, mas passou por dois grandes nomes do evento. Nas oitavas de final ele venceu uma disputa parelha contra o francês Maxime Huscenot. Nas quartas ele enfrentou Griffin Colapinto, norte-americano que marcou 9.33 pontos na última disputa da fase dos 16 melhores. Griffin rasgou invertendo a diretação da prancha, bateu forte passando as quilhas por cima do lip e acertou a junção para receber a nota. O norte-americano não conseguiu repetir a boa atuação contra Ryan, e foi eliminado.

A batalha da semi foi contra John John Florence. O havaiano vencia a disputa até os sete minutos finais. Naquele momento Ryan necessitava de 6.10 pontos para vencer. O australiano fez o uso da prioridade, executou uma batida, depois acelerou e voou alto com rotação. Depois da aterrissagem perfeita ele ainda rasgou e bateu. A atuação valeu 8.50 pontos.

O havaiano ainda tentou os 7.85 pontos que precisava, mas não conseguiu e ainda viu o australiano aumentar a diferença ao colocar mais 6.80 no somatório. Final de bateria e Ryan partiu para a decisão do Pro Bells Beach, enquanto John John se despediu com a terceira posição.

John John passa por Michael – O havaiano começou a terça-feira competindo contra Michael Rodrigues. O brasileiro fez uma bateria nas oitavas de final, marcou duas notas na casa dos 7 pontos, porém viu o havaiano conquistar 8.00 e 6.77 nas duas últimas atuações e levar a melhor.

Michael ficou ativo no começo do duelo, mas o melhor que conseguiu nas ondas iniciais foi a nota 3.00 pontos. John John atuou pela primeira vez aos 12 minutos. O havaiano executou três manobras e colocou 5.00 no somatório. Na sequência o brasileiro cresceu na bateria. Com quatro manobras fortes e linkadas, Michael anotou 7.00 pontos.

Três minutos depois o brasileiro colocou mais 5.73 pontos no placar e dificultou o caminho do adversário. Johh John tentava dar o troco, mas não conseguia. Além disso, Michael aumentou a diferença com 6.77 conquistados com um aéreo reverse. O havaiano passou a necessitar de 8.77 para reverter o resultado.

A bateria chegou nos seis minutos finais e eles entraram em ação. John Jonh fez três manobras fortes e marcou 8.00 pontos. Michael executou quatro manobras, sendo duas batidas as mais expressivas. A nota 7.10 deixou a diferença em 6.10. Dois minutos o havaiano foi pra virada. Ele rasgou com força, executou um cutback, mais duas rasgadas e uma batida numa junção de espuma. A performance valeu 6.77 e a virada. Michael ainda tentou os 7.68 que precisava para vencer, mas não trocou nota e foi eliminado.

O caminho de Filipe até a semi – Para chegar até a semifinal, Filipe precisou vencer duas baterias. O brasileiro passou pelas oitavas e pelas quartas com viradas no último minuto. Pela fase dos 16 melhores ele encarou Jordy Smith.

Filipe atuou aos 7 dos 40 minutos do terceiro confronto das oitavas de final. O atual campeão da etapa rasgou forte invertendo a direção da prancha, depois bateu, executou outra pancada, porém chutando a rabeta por cima do lip, fez um cutback e acertou a junção. A nota foi 6.17.

Jordy fez algumas tentativas, mas só entrou no jogo quando restavam 15 minutos para o fim. O sul-africano bateu e acertou um layback poderoso na junção para anotar 5.43 pontos.

Filipe Toledo: força e fluidez em Winkipop.

Em segundo lugar, Jordy usou a prioridade e tomou a liderança com boas manobras. O sul-africano bateu, rasgou invertendo a direção da prancha, bateu novamente e fez outra curva com força. A atuação valeu 6.43 pontos. Filipe passou a necessitar de 5.70 para vencer.

Jordy tentou aumentar diferença quase no minuto final, porém não trocou de nota. Logo depois entrou uma série e Filipe surfou. O brasileiro rasgou com força, depois fez outra curva, bateu e na sequência voou com reverse na junção. A performance valeu 7.17 e a virada para Filipe Toledo.

Filipe x Jackson – Nas quartas o duelo de Filipe foi contra Jackson Baker. Os dois ficaram ativos no começo do duelo. O brasileiro fez a maior nota dos dez minutos iniciais, 4.00 pontos, contra 3.00 da melhor atuação do australiano. Filipinho colocou mais 5.67 no somatório antes da metade do confronto de 40 minutos. Ele executou três batidas mais uma rasgada para conquistar a pontuação. Jackson se manteve no jogo com 5.27 que ele conseguiu com um aéreo reverse.

O atual campeão mundial abriu larga vantagem aos 24 minutos. Filipe fez quatro manobras, sendo o ataque à junção a mais expressiva, anotou 8.00 pontos e deixou o adversário na necessidade de 8.40 para reverter o resultado.

O australiano voltou a surfar com mais frequência, mas não conseguia encostar no placar. Os dois trocaram de notas e Jackson chegou nos dois minutos finais na necessidade de 8.60 pontos pra vencer. Ele entrou em ação e executou três batidas fortes para virar o resultado com 9.00.

Jackson Baker chega perto da vitória, mas perde no fim da bateria para Filipe Toledo.

Filipe passou a precisar de 6.91 pontos para vencer. Nos segundos finais apareceu uma direita e o brasileiro entrou nela. Filipinho fez duas rasgadas alongadas, uma batida com reverse chutando a rabeta acima do lip e outra pancada com menos expressão.

Os dois surfistas saíram da água e ficaram esperando o resultado. Filipe estava indignado com a nota 9.00 pontos conquistada pelo adversário. Após alguns minutos ele ouviu que sua performance valeu 7.00 e a vaga na semifinal.

Jackson barra Yago – Outra baixa brasileira nas oitavas de final foi Yago Dora. O surfista caiu para Jackson Baker. O australiano atuou de frontside e conseguiu encaixar boas manobras para vencer com as maiores notas do duelo, 5.53 e 5.33 pontos. Yago surfou nove ondas no total, e na melhor marcou 4.90 com um ataque de quatro manobras de backside.

Yago Dora termina Pro Bells Beach em nono lugar.

Pro Bells Beach 2023

Final Masculina

Ethan Ewing (AUS) 14.50 x 11.00 Ryan Callinan (AUS)

Semifinais

1 Ethan Ewing (AUS) 15.93 x 14.30 Filipe Toledo (BRA)

2 Ryan Callinan (AUS) 15.30 x 12.26 John John Florence (HAV)

Quartas de final

1 Ethan Ewing (AUS) 13.43 x 12.67 Matthew McGillivray (AFR)

2 Filipe Toledo (BRA) 15.00 x 14.90 Jackson Baker (AUS)

3 John John Florence (HAV) 14.17 x 11.44 Connor O’Leary (AUS)

4 Ryan Callinan (AUS) 11.23 x 11.10 Griffin Colapinto (EUA)

Oitavas de final

Bateria realizada no sétimo dia da janela

1 Matthew McGillivray (AFR) 10.43 x 9.90 João Chianca (BRA)

Baterias realizadas neste oitavo dia da janela

2 Ethan Ewing (AUS) 14.33 x 10.10 Gabriel Medina (BRA)

3 Filipe Toledo (BRA) 13.34 x 11.86 Jordy Smith (AFR)

4 Jackson Baker (AUS) 10.86 x 9.07 Yago Dora (BRA)

5 Connor O’Leary (AUS) 13.33 x 11.80 Xavier Huxtable (AUS)

6 John John Florence (HAV) 14.77 x 14.10 Michael Rodrigues (BRA)

7 Ryan Callinan (AUS) 11.73 x 9.74 Maxime Huscenot (FRA)

8 Griffin Colapinto (EUA) 16.33 x 15.10 Kanoa Igarashi (JAP)

Final Feminina

Molly Picklum (AUS) x Tyler Wright (AUS)

Semifinais

1 Molly Picklum (AUS) 12.83 x 12.24 Isabella Nichols (AUS)

2 Tyler Wright (AUS) 15.33 x 9.66 Stephanie Gilmore (AUS)

Quartas de final 

1 Isabella Nichols (AUS) 12.53 x 8.67 Caroline Marks (EUA)

2 Molly Picklum (AUS) 14.74 x 14.54 Bettylou Sakura Johnson (HAV)

3 Tyler Wright (AUS) 13.30 x 12.70 Carissa Moore (HAV)

4 Stephanie Gilmore (AUS) 12.50 x 11.00 Tatiana Weston-Webb (BRA)

Ranking da categoria masculina após 4 etapas

1 João Chianca (BRA) – 25.490 pontos

2 Jack Robinson (AUS) – 25.215

3 Filipe Toledo (BRA) – 22.160

4 Ethan Ewing (AUS) – 19.395

5 Griffin Colapinto (EUA) – 18.620

6 Ryan Callinan (AUS) – 15.770

7 Caio Ibelli (BRA) – 15.480

7 John John Florence (HAV) – 15.480

9 Yago Dora (BRA) – 14.055

10 Leonardo Fioravanti (ITA) – 13.780

11 Gabriel Medina (BRA) – 13.280

12 Connor O´Leary (AUS) – 11.085

12 Matthew McGillivray (AFR) – 11.085

14 Callum Robson (AUS) – 11.000

15 Jordy Smith (AFR) – 10.725

16 Rio Waida (IND) – 9.660

17 Italo Ferreira (BRA) – 9.300

17 Kanoa Igarashi (JPN) – 9.300

17 Ian Gentil (HAV) – 9.300

21 Samuel Pupo (BRA) – 8.735

21 Nat Young (EUA) – 8.735

21 Jackson Baker (AUS) – 8.735

21 Liam O’Brien (AUS) – 8.735

25 Miguel Pupo (SP) – 8.235

26 Kelly Slater (EUA) – 7.310

26 Barron Mamiya (HAV) – 7.310

26 Michael Rodrigues (CE) – 7.310

29 Maxime Huscenot (FRA) – 5.180

30 Jake Marshall (EUA) – 4.255

30 Carlos Muñoz (CRI) – 4.255

33 Ezekiel Lau (HAV) – 3.190

34 Jadson André (RN) – 1.060

34 Ramzi Boukhiam (MAR) 1.060

Ranking da categoria feminina após 4 etapas

1 Molly Picklum (AUS) – 27.290 pontos

2 Tyler Wright (AUS) – 24.930

3 Carissa Moore (HAV) – 22.100

4 Caitlin Simmers (EUA) – 19.965

5 Tatiana Weston-Webb (BRA) – 18.185

6 Caroline Marks (EUA) – 17.765

7 Stephanie Gilmore (AUS) – 16.200

8 Gabriela Bryan (HAV) – 16.050

8 Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 16.050

10 Isabella Nichols (AUS) – 13.915

10 Macy Callaghan (AUS) – 13.915

12 Brisa Hennessy (CRI) – 13.145

13 Sally Fitzgibbons (AUS) – 12.575

14 Courtney Conlogue (EUA) – 12.500

15 Lakey Peterson (EUA) – 12.350

16 Sophie McCulloch (AUS) – 9.445

17 Teresa Bonvalot (POR) – 6.265

18 Johanne Defay (FRA) – 4.180