Deu Havaí no Havaí. Depois de perder duas finais seguidas no Pro Pipeline, Carissa Moore faz nova decisão e dessa vez faturou o troféu de campeã. Australiana bicampeã mundial, Tyler Wright, ficou em segundo lugar.
Clique aqui para ver a reportagem completa da categoria masculina
Clique aqui para ver as fotos
Clique aqui para ver o vídeo
A bateria decisiva do Pro Pipeline 2023 foi uma reedição da final de 2021. Naquela ocasião deu Austrália. Mas agora veio o troco. Carissa, que foi vice nos últimos dois anos (Tyler e Moana Jones Wong), vibrou muito com sua primeira vitória na respeitada rainha do North Shore de Oahu.
A final teve 40 minutos de duração e aconteceu com vento lateral forte, e ondas com cerca de 1 metro. A direita de Backdoor foi o único caminho para a vitória. A bateria tinha notas baixas até 25 minutos. Naquele momento, Tyler Wright, que estava em segundo lugar precisando de menos de um ponto, executou três manobras fortes numa direita pequena, anotou 5,00 pontos e assumiu a liderança. Carissa Moore passou a necessitar de 4,74 pontos, e aos 28 surfou um bom tubo para o Backdoor. A atuação valeu 7,17 e a primeira posição no duelo.
Tyler tentou dar o troco e pegou um canudo um pouco espumado, mas saiu e ainda bateu na junção. Ela necessitava de 4,95 pontos para assumir a primeira posição e anotou 5,00. Carissa passou a precisar de 2,83 para virar.
Quando restavam nove minutos a havaiana atuou, mas conquistou apenas 2,40 pontos e não mudou o placar da bateria. Carissa voltou a surfar quando faltavam dois minutos para o fim. Ela fez uma forte batida de frontside, colocou 3,83 no somatório e foi pra liderança. Tyler ficou em situação complicada, precisando de 6,01 pra vencer. O curto tempo passou e Carissa saiu da água vitoriosa.
“Estou muito feliz e são tantas emoções para conseguir esta vitória tão significativa para mim”, comenta Carissa Moore. “Para as mulheres, foram muitos anos de evolução, para nos colocar em uma onda tão louca como Pipeline e tentar passar mais tempo possível surfando aqui, foi um processo e tanto. Depois de terminar a temporada passada perdendo o título mundial, é bom começar o ano com uma vitória. Ganhar um evento em homenagem ao Andy Irons é muito especial. Ele é um dos meus surfistas favoritos de todos os tempos e sempre apreciei o tempo que ele dedicou para mim”.
Semifinais – Tanto Carissa quanto Tyler tiveram que superar as semifinais do Pro Pipeline nesta quarta-feira. A primeira bateria da fase teve viradas e muita ação nas direitas do Backdoor. Tyler começou arrasadora e na segunda atuação marcou 8,00 pontos, após surfar um tubo e acertar uma potente batida. A norte-americana Lakey Peterson não se entregou e conseguiu a virada com 6,33 e 7,00, mas Tyler anotou 5,43, retomou a primeira posição e não saiu mais.
Carissa x Bettylou – A segunda semifinal feminina teve pouca ação, mas Carissa Moore fez as duas melhores ondas do duelo. Na melhor, aos 23 minutos de disputa, a havaiana dropou na ponta dos dedos, entrou no tubo, ficou fundo, saiu e executou uma rasgada. A atuação valeu 8,00 pontos. A sua conterrânea, Bettylou Sakura Johnson, ficou em situação muito delicada e perdeu com 6,67 pontos no placar, contra 12,17 de Carissa.
Pro Pipeline 2023
Final Masculina
Leonardo Fioravanti (ITA) x João Chianca (BRA)
Semifinais
1 Leonardo Fioravanti (ITA) 12,00 x 7,57 Caio Ibelli IBRA)
2 Jack Robinson (AUS) 11,67 x 9,93 João Chianca (BRA)
Quartas de final
1 Leonardo Fioravanti (ITA) 11,00 x 10,76 Jordy Smith (AFR)
2 Caio Ibelli (BRA) 15,83 x 7,70 Liam O’Brien (AUS)
3 João Chianca (BRA) 12,00 x 11,40 Filipe Toledo (BRA)
4 Jack Robinson (AUS) 13,84 x 12,87 John John Florence (HAV)
Final Feminina
Tyler Wright (AUS) 11,00 x 10,00 Carissa Moore (HAV)
Semifinais
1 Tyler Wright (AUS) 13,43 x 13,33 Lakey Peterson (EUA)
2 Carissa Moore (HAV) 12,17 x 6,67 Bettylou Sakura Johnson (HAV)