O atual campeão do CT venceu a segunda etapa do circuito 2023 da elite. O norte-americano Griffin Colapinto começou forte a final do Pro Sunset Beach, mas Filipe Toledo marcou duas notas no critério excelente, virou o resultado e conquistou o troféu de campeão. João Chianca terminou a prova em terceiro e Caio Ibelli em quinto lugar. Com o resultado Filipe assumiu o segundo lugar no ranking.
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As finais do Pro Sunset Beach aconteceram neste domingo (19) de ondas com 1 a 1,5 metros e séries maiores no pico da ilha havaiana de Oahu. A decisão do Pro Sunset Beach teve poucas séries ao longo dos 40 minutos de duração. Uma delas apareceu logo aos três minutos e os dois atletas surfaram. Filipe rasgou duas vezes e executou duas pancadas, a última delas no inside. Griffin fez apenas duas manobras, uma curva com pressão e uma batida poderosa. O brasileiro marcou 7,83 e o norte-americano 9,17 pontos.
As ondas desapareceram, e outra série só surgiu 28 minutos depois. Apenas Filipe, que não tinha a prioridade, entrou em ação. Ele só teve espaço para uma rasgada antes de a onda terminar. A nota 3,50 pontos jogou o brasileiro para a primeira posição, porém Griffin necessitava de apenas 2,16 para reassumir a liderança.
Griffin usou a prioridade quando restavam seis minutos. O norte-americano fez alguns movimentos, mas o de maior destaque foi uma batida na junção. Filipe entrou na onda seguinte da mesma série. O brasileiro fez duas rasgadas com pressão, além de uma pancada forte. Griffin marcou 6,33 pontos e deixou Filipe na necessidade de 7,68. A nota do brasileiro foi 8,27 e ele assumiu a liderança.
Outra série surgiu perto do final. Griffin usou a prioridade e Filipe surfou a direita de trás. O norte-americano virou o resultado com 6,93 pontos, mas o brasileiro novamente fez uma apresentação melhor na bateria, marcou 9,47 e faturou a etapa.
A final do Pro Sunset Beach foi a terceira entre os dois surfistas, Griffin havia vencido em Portugal e em El Salvador na temporada de 2022, mas agora foi o brasileiro que subiu no alto do pódio.
“Estou muito feliz, porque estou aqui com minha família, minha esposa, filhos, isso é muito importante para mim. Eu amo competir e poder fazer isso junto com a família, é incrível”, disse Filipe Toledo, emocionado após abraçar a família. “Ganhar esse troféu de campeão aqui nesse lugar de muita história, estar no pódio no Havaí, é incrível. Ainda poder mostrar pros meus filhos que é possível isso, é mais incrível ainda. Mas, manter a humildade é o mais importante, respeitar todo mundo, isso é o que importa e eu estou muito, muito feliz”.
“No ano passado, consegui meu objetivo, que era o título mundial e sinto que aprendi muito”, analisa Filipe Toledo. “Me sinto bem mais preparado para enfrentar situações como essas que vivi hoje (domingo) aqui. Eu treinei bastante e acho que estou pronto para qualquer coisa. É chato competir contra amigos, como o Chumbinho (João Chianca), o Caio (Ibelli) e até o Griffin (Colapinto). Ele começou a final com um 9 e mesmo assim parecia nervoso. Eu me senti calmo, sabia que a onda certa ia vir e eu ia fazer o necessário para conseguir a nota que precisava. Estou amarradão que deu tudo certo e por conseguir ganhar uma final do Griffin”.
Caminho de Filipe até a final – Neste domingo foram realizadas as quartas de final, as semis e as finalíssimas das categorias masculina e feminina. Filipe Toledo e Caio Ibelli se encontraram na terceira bateria das quartas. Os dois entraram em ação logo no início. Caio pegou uma direita que ofereceu seções para manobras até o inside, e ele aproveitou. Filipe também trabalhou bem, mas a direita rendeu menos. Caio largou com 7,17 e Filipe com 6,00 pontos.
Aos nove minutos eles voltaram a surfar. Caio acelerou e botou pra dentro do tubo, mas não achou a saída. Filipe fez três rasgadas, duas fortíssimas, e anotou 8,67. A bateria chegou na metade com Filipe na frente, e com Caio na necessidade de 7,51 pontos para vencer.
O campeão mundial passou a segurar a prioridade. Caio ficou ativo e anotou 5,27 pontos quanto restavam 14 minutos para o fim. Cinco minutos depois ele voltoua atuar, mas novamente não alterou o resultado (4,27).
Filipe perdeu a prioridade perto dos cinco minutos finais, mas Caio vacou no drope dois minutos depois. Filipe entrou em ação logo na sequência. Ele fez uma rasgada veloz e num espaço grande da onda. Depois executou um cutback na parte cheia da direita, e atacou a junção. Filipe vibrou antes de ir para o inside e fazer mais algumas curvas. A performance valeu 8,40 e confirmou a vaga na semifinal. Caio se despediu da prova na quinta posição.
Filipe x João – A segunda semifinal masculina do Pro Sunset Beach foi outro confronto brazuca do domingo. João Chianca começou melhor, com 6,50 pontos, mas Filipe Toledo, na sua segunda atuação, marcou 6,33.
A primeira nota no critério excelente da disputa foi marcada aos 13 minutos. João usou a prioridade, fez três curvas com pressão, além de uma pancada no inside, para anotar 8,17 pontos. Filipe passou a necessitar de 8,34 para vencer.
O atual campeão mundial fez o uso da prioridade na metade do confronto. Filipe rasgou duas vezes com muita força. Ele foi até o inside e acertou uma batida. A nota 9,10 pontos colocou-o na liderança, e deixou João precisando de 7,27 para vencer.
Filipe aumentou a diferença no placar quando faltavam dez minutos. O surfista rasgou e bateu, depois entrou no inside e acertou a junção. A nota 7,23 pontos aumentou a diferença para 8,17 pontos. João tentou a virada dois minutos depois. Ele rasgou e fez um layback poderoso antes da direita acabar. João marcou 7,37 pontos, mas seguiu n a necessidade de 8,17 para chegar na final do Pro Sunset Beach.
Dali pro final os dois não entraram em ação. Filipe avançou e João ficou em terceiro lugar no Pro Sunset Beach, mesma posição da etapa anterior, o Pro Pipeline.
O caminho de Griffin – O norte-americano Griffin eliminou dois australianos para garantir vaga na final. A segunda bateria das quartas só teve ação depois de 14 minutos. Griffin Colapinto só achou espaço para uma manobra. Ele foi na base e partiu com velocidade para um ataque à junção. A manobra foi completada com segurança e valeu 6,17 pontos.
Ethan Ewing só atuou depois de 22 minutos. O australiano largou com 3,83 pontos. Dois minutos depois Griffin fez ataques agressivos. Ele começou a atuação com expressiva rasgada. Depois fez um cutback e achou outra parte íngreme da onda para executar uma pancada. A direita seguiu com espaço para manobras no inside, e Griffin bateu invertendo a rabeta e voou, mas caiu na aterrissagem. A nota foi 7,33.
Ethan tentou dar uma resposta logo na sequência, mas não foi bem na primeira curva. Depois acertou duas rasgadas fortes. A atuação valeu 5,33 pontos e ele passou a necessitar de 8,17. Perto do minuto final o australiano fez sua terceira e última atuação no confronto. Ele marcou 2,83 e foi eliminado.
Griffin contra o líder – A semifinal masculina, de 35 minutos, começou com Griffin Colapinto mais encaixado com Sunset do que o adversário, Jack Robinson. O australiano falhou nas três tentativas iniciias, enquanto o norte-americano abriu com 4,50 pontos, conquistados com uma batida forte, aos três minutos. Seis minutos depois ele usou a prioridade, fez duas rasgadas e uma batida para anotar 5,83.
Restavam ainda 26 minutos para o término do confronto, e Jack precisava de 7,83 pontos para garantir uma vaga na final do Pro Sunset Beach. A situação do australiano piorou quando Griffin surfou sem a prioridade, dois minutos depois. O norte-americano rasgou e executou duas pancadas para anotar 8,77. Jack também entrou em ação e se manteve na briga. O aussie pegou um tubo e rasgou para anotar 8,00. O líder do ranking passou a necessitar da nota 6,61.
Griffin tentou mudar de nota, mas não conseguiu. Enquanto isso, Jack segurava a prioridade e esperava pela onda salvadora. Quando restavam nove minutos, o australiano usou o direito de escolha da onda, mas entrou no tubo após uma curva e caiu. O norte-americano surfou a direita seguinte da mesma série. Ele fez duas rasgadas muito fortes, executou uma batida expressiva e mais uma rasgada. A nota 9,13 pontos deixou o aussie precisando de 9,90 para vencer.
Os dois voltaram a atuar quando restavam quatro minutos. Griffin executou uma boa rasgada, fez outra curva forte e bateu na junção. Jack fez uma rasgada na parte ainda cheia da direita e depois acertou um layback poderoso. Griffin marcou 8,47 e Jack 8,33 pontos. O norte-americano ainda marcou outra nota no critério excelente (8,47) antes do final e confirmou a vitória pelo placar de 17,80 a 16,33.
João em terceiro – João caiu na semi para Filipe, mas antes fez boas escolhas na última bateria das quartas, executou curvas acentuadas, rápidas e fortes, e derrotou Matthew por 15,23 a 13,00 pontos. O duelo ficou 11 minutos sem ação. Então, aos 19 minutos, os dois surfaram. Matthew fez uma batida forte, duas curvas lentas em partes cheias da direita, e mais uma batida. João cravou a borda nas curvas três vezes, bateu e fez um cutaback. O sul-africano anotou 7,00 e brasileiro 8,83 pontos.
Matthew assumiu a liderança perto da metade da bateria. Os dois atuaram, e o sul-africano marcou 5,17 pontos com um layback, e o brasileiro conquistou 3,33 com uma rasgada. João ficou na necessidade de 3,34 para vencer.
Os atletas trocaram de notas no início do último terço do duelo. João rasgou duas vezes e deu mais duas pancadas, uma delas no inside. Com a nota 6,33 pontos, Matthew passou a necessitar de 8,17 para vencer e fez 6,00, o que não alterou sua situação na bateria. Os minutos passaram e a disputa não teve alterações. Matthew se despediu do Pro Sunset Beach em quinto lugar.
Pro Sunset Beach 2023
Final Masculina
Filipe Toledo (BRA) 17,74 x 16,10 Griffin Colapinto (EUA)
Semifinais
1 Griffin Colapinto (EUA) 17,80 x 16,33 Jack Robinson (AUS)
2 Filipe Toledo (BRA) 16,33 x 15,54 João Chianca (BRA)
Quartas de final
1 Jack Robinson (AUS) 14,76 x 9,33 Nat Yong (EUA)
2 Griffin Colapinto (EUA) 13,50 x 9,16 Ethan Ewing (AUS)
3 Filipe Toledo (BRA) 17,07 x 12,44 Caio Ibelli (BRA)
4 João Chianca (BRA) 15,23 x 13,00 Matthew McGillivray (AFR)
Final Feminina
Molly Picklum (AUS) 10,90 x 9,90 Caroline Marks (EUA)
Semifinais
1 Molly Picklum (AUS) 12,34 x 1,74 Tyler Wright (AUS)
2 Caroline Marks (EUA) 13,10 x 8,83 Gabriela Bryan (HAV)
Quartas de final
1 Molly Picklum (AUS) 8,67 x 8,40 Brisa Hennessy (CRI)
2 Tyler Wright (AUS) 12,17 x 11,17 Stephanie Gilmore (AUS)
3 Gabriela Bryan (HAV) 15,00 x 7,73 Carissa Moore (HAV)
4 Caroline Marks (EUA) 12,50 x 12,23 Caitlin Simmers (EUA)
Rankings do WSL Championship Tour 2023 após 2 etapas
Top-10 da categoria masculina
1º Jack Robinson (AUS) – 16.085 pontos
2º Filipe Toledo (BRA) – 14.745
3º João Chianca (BRA) – 12.170
4º Leonardo Fioravanti (ITA) – 11.120
5º Caio Ibelli (BRA) – 10.830
6º Griffin Colapinto (EUA) – 9.130
7º John John Florence (HAV) – 8.065
8º Miguel Pupo (BRA) – 6.640
8º Gabriel Medina (BRA) – 6.640
8º Seth Moniz (HAV) – 6.640
Outros brasileiros
16: Italo Ferreira (RN) – 4.650 pontos
16: Yago Dora (SC) – 4.650
24: Samuel Pupo (SP) – 2.660
24: Michael Rodrigues (CE) – 2.660
34: Jadson André (RN) – 530
Top-10 da categoria feminina
1ª Carissa Moore (HAV) – 14.745 pontos
1ª Molly Picklum (AUS) – 14.745
3ª Tyler Wright (AUS) – 13.885
4ª Gabriela Bryan (HAV) – 10.830
5ª Caroline Marks (EUA) – 10.410
6ª Brisa Hennessy (CRC) – 9.490
7ª Lakey Peterson (EUA) – 8.695
7ª Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 8.695
9ª Tatiana Weston-Webb (BRA) – 7.355
9ª Caitlin Simmers (EUA) – 7.355