Além do surfe propriamente dito, o Rio Pro 2023, oitava etapa do CT que começa nesta sexta-feira (23) em Itaúna, Saquarema (RJ), podemos dizer que os olhos, principalmente dos torcedores e atletas brasileiros brasileiros, estarão voltados para a direção oposta, uma vez que a cabine de juízes da World Surf League (WSL) nunca esteve tanto em voga – salvo engano.
Após a polêmica sobre o julgamento no Surf Ranch na qual grande parte de admiradores, imprensa e até surfistas de outros países acharam que os atletas brasileiros foram mal julgados, a WSL deu sinal de que tem seus argumentos e espera que eles sejam assimilados.
A cronologia da polêmica começa com Gabriel Medina emitindo uma nota questionando os critérios; depois, alguns atletas brasileiros, entre eles Ítalo Ferreira e Filipinho fizeram coro – mesmo não sendo tão contundentes. Em seguida o CEO da WSL, Erik Logan, escreveu uma carta que até agora não foi muito bem assimilada. No evento de El Salvador, etapa anterior à Saquarema, mais polêmica.
Nesse contexto a liga lançou o vídeo acima com o Richie Porta, que já foi juiz chefe da entidade, esclarecendo alguns pontos quanto ao julgamento.
A legenda do vídeo diz:
“Para ajudar a esclarecer e dar uma perspectiva sobre a pontuação e prioridade, o ex-chefe de juízes Richie Porta (head-judge) compartilha suas décadas de experiência e explica o que pode estar acontecendo na cabine dos juízes”.
O vídeo mostra Carissa Moore conseguindo uma nota quase perfeita, 9,50, com apenas duas manobras na final da etapa brasileira em 2023, algo que Richie Porta aplaude pela combinação de movimentos. Em seguida, vemos Italo Ferreira com 8,67 dando um aéreo de backside com giro completo. Em seguida Filipe Toledo dando um floater limpo, e manobra grande na junção: 8,67. Depois o 10 perfeito de Filipe em um aéreo bizarro com giro completo.
Pelo que o vídeo tenta explicar, o ouro está nos aéreos altos, sem grab e nos links limpos seguidos de borda.