O troféu de campeã do Rio Pro 2023 vai para os Estados Unidos. Cailtin Simmers venceu a havaiana Carissa Moore na semi e não deu chances para a australiana Tyler Wright na final. Com o título a surfista ganhou duas posições no ranking e vai pra África do Sul em quinto lugar.
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As condições do mar e do tempo mudaram completamente no Point de Itaúna, Saquarema, da sexta (30) para este sábado (1). O vento maral deu lugar ao terral, o sol apareceu e as ondas ficaram alinhadas, com as esquerdas de 1,5 metro sendo o principal caminho as vitórias. A final de 40 minutos aconteceu ainda com mar liso, porém com ondas menores e mais demoradas do que na parte da manhã. As maiores séries quebravam com pouco mais de 1 metro.
A bateria final ganhou um acréscimo de 5 minutos em relação às semis, e teve 40 no total. Tyler errou na sua primeira onda. Já Caitlin largou muito forte. Aos 9 minutos a norte-americana fez três manobras, sendo a mais contundente uma batida na junção. A performance valeu 8.33 pontos.
Enquanto Tyler seguia fora de sintonia com o Point de Itaúna na final do Rio Pro, Caitlin ia trocando notas e depois de marcar 6.33 pontos deixou a adversária na necessidade de 14.66 para vencer. A australiana tentou entrar no jogo em sua terceira atuação, aos 26 minutos, porém a nota 4.30 não alterou a diferença no placar para a norte-americana.
Tyler saiu da situação de combinação quando restavam dez minutos. Ela fez uma rasgada forte e duas um pouco presas na parte espumada da esquerda. A atuação valeu 5.50 pontos e ela passou a buscar 9.16 para vencer. O tempo passou, a australiana não teve mais chances e a norte-americana venceu o Rio Pro.
“Eu tenho muito respeito por todos que estão aqui nesse pódio, porque não é fácil, precisa de muita dedicação e sacrifício”, destacou Caitlin Simmers, após a vitória. “É meio desgastante nunca poder ficar um tempo em casa, mas, sem dúvidas, vale muito a pena todo o esforço e estou muito feliz agora. Quero agradecer toda a minha equipe, a família, patrocinadores e todos que me ajudaram neste caminho. Estar lá dentro do mar e ver essa multidão de pessoas na areia é muito insano. Certamente, foi o momento mais incrível da minha vida e agradeço a todos vocês do Brasil”.
“Eu amo o Brasil, amo a energia dos fãs brasileiros e estou feliz pelo resultado”, disse Tyler Wright. “Eu sinto que estou bem consistente esse ano, minha equipe de apoio está bem sólida, sempre analisando tudo para eu melhorar cada vez mais. Mesmo nas vitórias, sempre tem detalhes para melhorar e crescer, assim como nas derrotas também”.
Semifinais – Neste sábado também foram realizadas as semifinais femininas, além as quartas, semi e decisão masculinas. Caitlin superou a líder do ranking, Carissa Moore, para garantir vaga na final. A norte-americana anotou 7.50 pontos aos 18 minutos de bateria com três manobras de backside, e deixou a havaiana na necessidade de 6.18 para vencer. Oito minutos depois Carissa tinha a prioridade e deixou uma onda passar. Caitlin aproveitou a oportunidade, executou uma forte batida na esquerda e aumentou a diferença com mais 6.17.
Na necessidade de 9.84 pontos para vencer, Carissa conseguiu diminuir a diferença quando faltavam seis minutos para o fim. Ela fez três manobras, anotou 5.73 e passou a buscar 7.94 para chegar na final. Sem a prioridade, a havaiana só teve mais uma chance, porém caiu na junção da direita e terminou a etapa em terceiro lugar.
Tyler x Caroline – A norte-americana Caroline Marks começou melhor a outra semifinal (4.83), mas sofreu a virada de Tyler (6.83 e 4.77). A norte-americana esperou bastante por uma boa oportunidade e surfou quando restavam dois minutos. Ela precisava de 6.78 pontos para vencer e marcou 5.67. A australiana ainda teve tempo de surfar mais uma vez, marcou a maior nota do duelo (6.90) e garantiu vaga na final.
Próxima etapa – A próxima e penúltima etapa do CT 2023 antes do WSL Finals acontece neste mês de julho na África do Sul. O Open J-Bay será realizado entre os dias 13 e 22. Antes, já a partir deste domingo (2), será disputado o Ballito Pro, terceira etapa do circuito Challenger Series da temporada.
Rio Pro 2023
Final feminina
Caitlin Simmers 14.66 x 9.80 Tyler Wright (AUS)
Semifinais
1 Tyler Wright (AUS) 13.73 x 10.50 Caroline Marks (EUA)
2 Caitlin Simmers (EUA) 13.67 x 9.56 Carissa Moore (HAV)
Final masculina
Yago Dora (BRA) 14.83 x 10.83 Ethan Ewing (AUS)
Semifinais
1 Ethan Ewing (AUS) 15.50 x 12.00 Ryan Callinan (AUS)
2 Yago Dora (BRA) 10.60 x 6.50 John John Florence (HAV)
Quartas de final masculinas
1 Ryan Callinan (AUS) 13.83 x 9.40 Samuel Pupo (BRA)
2 Ethan Ewing (AUS) 12.77 x 9.33 Leonardo Fioravanti (ITA)
3 Yago Dora (BRA) 14.00 x 8.13 Jadson André (BRA)
4 John John Florence (HAV) 15.43 x 15.34 Barron Mamiya (HAV)
Ranking feminino do CT 2023 após o Rio Pro
1 Carissa Moore (HAV) 51.660
2 Tyler Wright (AUS) 49.895
3 Caroline Marks (EUA) 45.125
4 Molly Picklum (AUS) 41.525
5 Caitlin Simmers (EUA) 38.660
6 Stephanie Gilmore (AUS) 31.625
6 Tatiana Weston-Webb (BRA) 31.625
8 Lakey Peterson (EUA) 28.150
8 Gabriela Bryan (HAV) 28.150
8 Bettylou Sakura Johnson (HAV) 28.150
11 Johanne Defay (FRA) 15.710
Ranking masculino do CT 2023 após o Rio Pro
1 Filipe Toledo (BRA) 44.980
2 Griffin Colapinto (EUA) 44.220
3 Ethan Ewing (AUS) 40.015
4 João Chianca (BRA) 39.640
5 Yago Dora (BRA) 32.120
6 John John Florence (HAV) 30.970
7 Gabriel Medina (BRA) 29.355
8 Jack Robinson (AUS) 29.205
9 Leonardo Fioravanti (ITA) 28.580
10 Ryan Callinan (AUS) 28.495
11 Italo Ferreira (BRA) 27.155
12 Connor O’Leary (AUS) 24.960
13 Barron Mamiya (HAV) 21.545
14 Caio Ibelli (BRA) 21.460
14 Liam O’Brien (AUS) 21.460
16 Kanoa Igarashi (JAP) 20.685
16 Jordy Smith (AFR) 20.685
18 Matthew McGillivray (AFR) 20.120
19 Callum Robson (AUS) 20.035
19 Ian Gentil (HAV) 20.035
21 Seth Moniz (HAV) 16.205
22 Rio Waida (IDN) 15.640
23 Kelly Slater (EUA) 12.225