A vida de quatro dos cinco melhores surfista do ranking não foi fácil nesta sexta-feira (30) em Saquarema. Em condições difíceis para o surfe no Point de Itaúna, Griffin Colapinto, Filipe Toledo, João Chianca e Gabriel Medina foram eliminados antes das quartas de final. Os causadores do estrago foram Jadson André e Samuel Pupo, surfistas que foram convidados para a etapa brasileira da elite. Além dos dois, Yago Dora também está na fase dos oito melhores da etapa masculina.
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Jadson André chegou a Saquarema sem saber se competiria. O norte-americano Kelly Slater avisou poucas horas antes do início da etapa que não participaria do evento por motivo de saúde, e Jadson herdou a vaga. O brasileiro não foi bem na primeira fase e caiu para a repescagem com a complicada missão de bater o líder do ranking, o surfista dos Estados Unidos, Griffin Colapinto.
A queda do líder – Os dois abriram a repescagem nas ondas irregulares de 1,5 metro com séries maiores no Point de Itaúna. A fase foi realizada em baterias simultâneas. A primeira metade da disputa de 40 minutos teve 13 ondas surfadas, mas apenas uma de destaque. Aos 8 minutos Jadson rasgou e bateu forte na esquerda do Point de Itaúna para marcar 7.00 pontos. Griffin Colapinto tinha duas notas na casa dos 3 pontos e precisava de 4.84, já que o brasileiro tinha uma nota fraca para trocar.
Jadson aumentou a diferença para Griffin aos 23 minutos, quando acertou uma junção de frontside e marcou 3.57 pontos. O norte-americano passou a necessitar de 6.91 para vencer.
Griffin ensaiou uma reação e chegou a trocar as duas notas (4.07 e 5.23), mas seguiu na necessidade de uma nota na casa dos seis pontos (6.08). Jadson, que também melhorou seu somatório (4.30), venceu por 11.30 a 9.30.
Filipe derrotado e lesionado – A batalha nas oitavas de final foi contra Filipe Toledo, surfista que chegou em Saquarema em segundo lugar no ranking, mas que assumiu a liderança com a derrota de Griffin. O round foi realizado em disputas de 30 minutos com apenas dois surfistas na água. Cada atleta pegou quatro ondas na primeira metade do duelo. Filipe tinha a maior nota, 4.00 pontos, conquistada com um floater de backside. Jadson havia conquistado 2.67 em sua melhor apresentação e precisava de 2.11 para vencer.
Filipe aumentou a diferença no placar aos 16 minutos. O atual campeão mundial surfou uma esquerda que virou direita no inside. Foram cinco manobras, a segunda, uma batida forte e vertical, a mais expressiva. A atuação valeu 5.50 pontos. Os dois voltaram a atuar e trocaram de nota. Eles atacaram as direitas. Jadson colocou 3.67 no somatório e Filipe 4.27, após executar uma rasgada alongada e com pressão. Naquele momento Jadson necessitava de 6.10 para garantir vaga nas quartas de final.
Jadson foi pra cima quando restavam sete minutos. Ele executou uma rasgada linkada com uma batida na junção e encostou no placar com 5.90 pontos. Na sequência a bateria pegou fogo. Jadson surfou e não trocou de nota. Em seguida Filipe melhorou seu somatório com 4.90. Jadson passou a necessitar de 4.50 e respondeu com uma pancada forte para assumir a liderança com 5.17.
Filipe ainda tentou voar para a vitória numa direita, mas errou a manobra e machucou o joelho direito. Ele saiu da água carregado e foi direto para o setor médico da WSL. O surfista foi avaliado e saiu de moletas do palanque.
Filiipinho já fez uma ressonância magnética, e segundo o jornalista de O Globo, Renato Alexandrino, não há lesão ligamentar, nem necessidade de cirurgia. O atual campeão mundial precisará fazer fisioterapia e provavelmente estará pronto para a etapa de J-Bay, na África do Sul, que começa dia 13 de julho.
“Hoje foi realmente um dia muito especial pra mim”, disse Jadson André. “Eu nem estava no campeonato, mas acabou que apareceu uma vaga por eu ser o segundo melhor brasileiro no Challenger Series. Competir duas vezes, no mesmo dia, contra o atual número 1 e número 2 do mundo e acabar vencendo, realmente é um dia que vai ficar gravado na minha história. Estou feliz com esse momento e agora é descansar, botar a cabeça no lugar, que amanhã é um novo dia”.
Jadson também falou sobre só ter vencido uma bateria em Saquarema, antes do Rio Pro 2023: “Eu sempre falei que Saquarema é uma onda que me desafia muito. Eu tenho muita dificuldade de surfar essa onda de Itaúna e nos últimos 2, 3 anos, eu venho tentando ficar o máximo de tempo surfando aqui. Eu só tinha passado uma bateria aqui minha vida inteira, então meu objetivo era me superar. Só não achava que eu iria ganhar do número 1 do número 2 do mundo, então realmente hoje foi um dia pra não reclamar mais desse lugar”.
Samuel despacha Medina – O matador de gigantes do dia, Samuel Pupo, começou sua história nesta sexta-feira também na repescagem. Ele enfrentou o quinto colocado no ranking, Gabriel Medina, na terceira bateria da fase.
Samuel começou com 3.67 pontos e aos 4 minutos colocou mais 6.83 no somatório, após acelerar de frontside e voar com reverse. Em quatro minutos ele tinha 10.50 no somatório. Medina levou 17 minutos para marcar uma nota mais consistente no duelo. Em sua sétima atuação no confronto ele fez três manobras na esquerda e anotou 5.00.
Logo depois Medina surfou novamente de frontside. O tricampeão mundial bateu duas vezes, a segunda chutando a rabeta. A resposta veio na sequência. Samuel executou duas pancadas de backside, depois rasgou e atingiu uma junção balançada de espuma. Medina marcou 6.00 pontos e Samuel 5.17, nota que o manteve na liderança. Medina necessitava de 6.01 pra vencer.
Os surfista seguiram ativos, mas sem trocar nota. Medina tentou voar, mas caiu. Depois executou duas batidas de backside, mas os 4.67 pontos não alteraram o resultado. Samuel também não conseguia achar ondas com potencial para melhorar sua situação no duelo.
Samuel usou a prioridade para bloquear o adversário quando restavam quatro minutos, porém a onda foi ruim. Dois minutos depois Medina escolheu uma esquerda, mas a onda correu. Ele ainda botou pra dentro, mas não achou a saída do tubo. Samuel colou em Medina no outside de Itaúna nos minutos finais e saiu da água vitorioso.
Duelo entre amigos – Nas oitavas de final Samuel enfrentou o terceiro colocado na lista dos melhores, seu amigo João Chianca. Quem abriu a bateria foi Samuca. Ele pegou uma direita e executou uma forte rasgada, porém caiu no final da manobra.
João pegou sua primeira onda na disputa aos seis minutos. Com duas manobras numa onda menor ele marcou 3.33 pontos. Instantes depois ele surfou novamente. Foi pra esquerda e fez duas manobras, uma rasgada e um cutback. Depois partiu para o inside na onda que virou pra direita e acertou duas batidas. A atuação valeu 5.17 e ele deixou o adversário na necessidade de 7.57 para reverter o resultado.
Samuel ficou 13 minutos sem surfar. Ele pegou outra direita e na primeira curva, numa parede espumada da onda, caiu da prancha. João atuou o minuto seguinte e marcou 4.10 pontos, aumentando a distância no placar para 8.34. Samuel respondeu na sequência com duas manobras de backside. Ele anotou 4.33 e passou a necessitar de 4.95 para vencer.
Quando restavam sete minutos Samuel trocou de nota, mas não diminuiu a diferença no placar. Dois minutos depois, também sem a prioridade, surfou outra direita. Ele bateu, rasgou, depois executou outra pancada, porém ficou um pouco preso. Ele ainda foi pro inside e fez uma batida na junção. Com 5.87 pontos ele assumiu a liderança e deixou João precisando de 5.04 para vencer. Nada de novo aconteceu nos minutos finais e Samuel avançou, enquanto João se despediu da prova com o 9º lugar.
“Entrando como wildcard (convidado), você sabe que vai enfrentar os melhores do ranking”, destacou Samuel Pupo. “Surfar contra o João (Chianca) foi bem difícil, porque é o meu melhor amigo, sempre viajamos juntos no circuito, então foi uma sensação estranha quando ganhei a bateria. Eu fiquei muito feliz, mas bem triste ao mesmo tempo. Para ele, era fundamental ganhar mais pontos para garantir a vaga dele no WSL Finals em Trestles. Mas, sei que ele vai mandar bem nas próximas etapas e certamente estarei torcendo por ele”.
Samuel Pupo saiu da Praia de Itaúna sem saber direito o que fazer, pois sua passagem para competir no Challenger Series da África do Sul, estava marcada para a noite do sábado: “Não tenho a mínima ideia do que vou fazer. Vou conversar com o meu pai e ver as opções de viagem. É uma decisão muito difícil. Sair daqui nas quartas de final, sabendo que posso chegar na final de novo, como no ano passado, pesa muito. Ou abandono aqui porque o Challenger Series é o meu foco, para poder voltar ao CT no ano que vem. Não sei ainda, mas vou ver isso com mais calma com meu pai”.
Yago também entre os oito melhores – O outro brasileiro nas quartas de final e adversário de Jadson na fase é Yago Dora. Ele passou pelo sul-africano Matthew McGillivray com as duas maiores notas do sexto confronto das oitavas.
Yago abriu o duelo com 3.33 pontos, contra 4.83 de Liam, que executou três rasgadas numa esquerda. Dali pra frente só deu o brasileiro. Aos nove minutos Yago bateu forte de frontside, depois rasgou, fez um cutback e partiu para o inside onde executou um layback. A nota foi 5.50.
Matthew tentava a virada, mas após três tentativas Yago aumentou a diferença com 3.93 pontos. O golpe final aconteceu quando restavam sete minutos. O brasileiro rasgou com força e acertou a junção. Ele ainda foi para o inside e bateu derrapando a rabeta. A nota 7.17 complicou o caminho do adversário, que não conseguiu chegar perto da virada.
“A bateria hoje foi bem difícil, contra o Liam (O´Brien). Na verdade, o mar está difícil, com bastante correnteza”, analisou Yago Dora. “A onda está boa, mas é difícil ficar no mesmo lugar. Você tem que ficar remando contra a corrente o tempo todo, mas estou feliz em chegar em mais um Finals Day aqui em Saquarema. Agora é continuar no mesmo foco, bateria por bateria e aproveitar cada oportunidade para surfar bem”.
Barron elimina dois brasileiros – Além de Medina, João e Filipe, o Brasil também perdeu Caio Ibelli, Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb nesta sexta-feira.
Caio terminou o Rio Pro em 17º lugar. O brasileiro competiu pela repescagem na quarta disputa, porém não entrou em sintonia com o mar de ondas irregulares no Point de Itaúna e caiu para Barron Mamiya. Assim como o brasileiro, o havaiano também surfou muitas ondas sem destaque, mas um aéreo reverse de frontside, que valeu 7.00 pontos, desequilibrou o confronto.
Barron abriu a bateria com pancada numa esquerda que valeu 4.33 pontos. Caio começou melhor. O brasileiro rasgou e bateu forte na junção de uma esquerda para anotar 5.67. Aos 12 minutos o duelo começou a ganhar forma. Barron voou com rotação numa direita, marcou 7.00 e abriu distância no placar.
O brasileiro lutou muito, surfou outras oito ondas e perto do fim chegou perto com 4.67 pontos, porém o havaiano deu a resposta com duas fortes manobras de backside para abrir larga vantagem com a nota 6.73. Caio passou a precisar de 8.06 e não teve chances de conseguir a virada.
Bateria ruim – Italo Ferreira não entrou em sintonia com Saquarema nesta sexta-feira. O campeão mundial de 2019 fez uma bateria ruim nas oitavas de final. O surfista ficou preso na correnteza e não achou as ondas, depois conseguiu ficar ativo, porém errou na escolha das direitas e esquerdas e também nas manobras mais expressivas que tentou. Perto do minuto final ele diminuiu a diferença, mas não teve mais tempo de surfar e perdeu para Barron. Com derrota o brazuca se despede do Rio Pro em nono lugar.
Os 15 minutos iniciais da última bateria das oitavas de final tiveram pouca ação. Italo surfou apenas uma onda (1.50), e Barron pegou quatro. O havaiano marcou 4.83 pontos em sua primeira performance, e quase na metade do confronto fez quatro manobras, duas delas no outside. O havaiano executou dois bons ataques numa esquerda intermediária no Point de Itaúna, depois entrou no inside e foi pra direita, então ele rasgou invertendo a direção da prancha e bateu na pequena junção. Com 5.67 ele deixou Italo precisando de 9.00 para reverter o resultado.
Italo voltou a atuar, mas errou o aéreo e não mudou sua situação na bateria. Pior pra ele que Barron decolou com rotação numa direita, marcou 5.47 pontos e aumentou a diferença para 9.41. O brasileiro ficou mais ativo, porém seguiu sem conseguir notas acima de 1 ponto.
O brasileiro teve sua melhor performance na disputa quase no minuto final, quando atuou de frontside. Ele marcou 5.33 pontos e voltou rápido para o pico, porém não teve mais tempo de conseguir os 5.62 que necessitava para a vitória.
Tati cai em Itaúna – O Brasil também perdeu sua última representante na categoria feminina do Rio Pro nesta sexta. Após Silvana Lima ser eliminada no primeiro dia do evento, Tatiana Weston-Webb caiu na segunda bateria do dia e está fora da etapa. A atleta não entrou em sintonia com o mar e Caitlin Simmers venceu com as duas maiores notas da disputa.
Tati fechou a repescagem feminina. A brazuca começou com uma onda fraca (2.83) e viu a norte-americana começar forte, aos três minutos, com uma rasgada e uma boa batida que valeram 6.50 pontos. Tati voltou a atuar no meio do duelo de 30 minutos, e com uma rasgada marcou 4.83. Logo depois ela atuou novamente, mas não melhorou sua situação na bateria.
Caitlin deu mais um golpe em Tati quando restavam sete minutos para o fim. A surfista dos Estados Unidos pegou uma direita e bateu forte de frontside para marcar 5.23 pontos e aumentar a diferença para 6.90.
A brasileira sentou no pico e ficou esperando uma onda que desse oportunidade para virar o resultado, porém nenhuma onda com potencial apareceu, ela não surfou mais e se despediu do Rio Pro.
Semifinais femininas – Nesta sexta-feira também foram definidas as semifinais femininas. A australiana Tyler Wrighr abriu as quartas com vitória sobre a havaiana Gabriela Bryan. A surfista que tenta seu quarto título no Rio marcou 7.83 pontos na melhor apresentação e venceu por 13.60 a 10.33.
A adversária de Tyler na semi é a norte-americana Caroline Marks. A surfista dos Estados Unidos perdia a bateria até perto do fim, quando marcou 8.33 pontos após escovar uma esquerda. A também norte-americana Lakey Peterson lutou até o fim, mas não conseguiu reverter o placar.
Maior nota do dia – As havaianas Carissa Moore e Bettylou Sakura Johnson fizeram uma bateria muito disputada, com potentes manobras de backside nas esquerdas do Point de Itaúna. Bettylou chegou nos oito minutos finais com as duas maiores notas e com a adversária precisando de 7.27 pontos pra vencer. Ela tinha a prioridade e deixou uma onda passar para Carissa, que fez dois ataques ferozes, marcou a maior nota do dia, 8.83, assumiu a liderança e venceu com o maior somatório da sexta-feira, 15.33 pontos. Com o resultado Carissa garantiu vaga no WSL Finals, que definirá os campeões mundiais da temporada no mês de setembro em Trestles, Califórnia (EUA).
A adversária de Carissa na luta por vaga na final é Caitlin Simmers. A norte-americana saiu atrás no placar, mas com uma manobra forte numa esquerda da série marcou 6.83 pontos, pulou para a primeira posição e eliminou a australiana Molly Picklum.
Próxima chamada e previsão das ondas para as finais – A próxima chamada para o Rio Pro acontece neste sábado (1/7), às 6h25 (de Brasília). A previsão indica que o Point de Itaúna deve funcionar com condições muito melhores que as desta sexta-feira. As séries podem chegar a até 1,5 metro e o vento esperado pela manhã é o terral, virando para lateral durante a tarde.
Rio Pro 2023
Repescagem feminina
Baterias disputadas na sexta-feira (23)
1 Carissa Moore (HAV) 10.50 x 10.00 Silvana Lima (BRA)
2 Bettylou Sakura Johnson (HAV) 11.54 x 11.14 Stephanie Gilmore (AUS)
Baterias realizadas nesta sexta-feira (30)
3 Molly Picklum (AUS) 10.33 x 6.16 Johanne Defay (FRA)
4 Caitlin Simmers (EUA) 11.73 x 7.66 Tatiana Weston-Webb (BRA)
Quartas de final
1 Tyler Wright (AUS) 13.60 x 10.33 Gabriela Bryan (HAV)
2 Caroline Marks (EUA) 14.16 x 13.10 Lakey Peterson (EUA)
3 Carissa Moore (HAV) 15.33 x 13.77 Bettylou Sakura Johnson (HAV)
4 Caitlin Simmers (EUA) 11.40 x 10.30 Molly Picklum (AUS)
Semifinais
1 Tyler Wright (AUS) x Caroline Marks (EUA)
2 Carissa Moore (HAV) x Caitlin Simmers (EUA)
Repescagem masculina
1 Jadson André (BRA) 11.30 x 9.30 Griffin Colapinto (EUA)
2 Ian Gentil (HAV) 13.50 x 11.83 Connor O’Leary (AUS)
3 Samuel Pupo (BRA) 12.00 x 11.00 Gabriel Medina (BRA)
4 Barron Mamiya (HAV) 13.73 x 10.34 Caio Ibelli (BRA)
5 Seth Moniz (HAV) 7.97 x 6.33 Jack Robinson (AUS)
6 Jordy Smith (AFR) 8.57 x 6.20 Matthew McGillivray (AFR)
7 Leonardo Fioravanti (ITA) 11.70 x 9.27 Rio Waida (IDN)
8 Kanoa Igarashi (JAP) 11.60 x 10.27 Callum Robson (AUS)
Oitavas de final
1 Samuel Pupo (BRA) 10.20 x 9.27 João Chianca (BRA)
2 Ryan Callinan (AUS) 12.50 x 12.20 Kanoa Igarashi (JAP)
3 Ethan Ewing (AUS) 11.90 x 9.60 Seth Moniz (HAV)
4 Leonardo Fioravanti (ITA) 13.66 x 11.76 Jordy Smith (AFR)
5 Jadson André (BRA) 11.07 x 10.40 Filipe Toledo (BRA)
6 Yago Dora (BRA) 12.67 x 7.43 Matthew McGillivray (AFR)
7 John John Florence (HAV) 14.17 x 9.90 Ian Gentil (HAV)
8 Barron Mamiya (HAV) 11.14 x 7.26 Italo Ferreira (BRA)
Quartas de final
1 Samuel Pupo (BRA) x Ryan Callinan (AUS)
2 Ethan Ewing (AUS) x Leonardo Fioravanti (ITA)
3 Jadson André (BRA) x Yago Dora (BRA)
4 John John Florence (HAV) x Barron Mamiya (HAV)