Filipe Toledo é o campeão do Surf City El Salvador Pro 2022. Na final ele deu o troco em Griffin Colapinto, norte-americano que venceu o brasileiro na decisão da etapa de 2022. Filipe destruiu as direitas de Punta Roca, marcou as notas 9.00 e 8.33 pontos e deixou o adversário na necessidade de duas ondas para reverter o placar. Foi uma goleada!
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Punta Roca funcionou com direitas um pouco irregulares de no máximo 1 metro nesta sexta-feira (16). Filipe passou pelos 20 minutos iniciais da bateria de 40 na frente do placar. Aos 6 minutos ele marcou 5.17 pontos, e aos 18 surfou sua segunda direita na disputa. Ele voou alto, executou um cutback e errou a rasgada para marcar 5.67.
Griffin cresceu na bateria após a primeira metade. Aos 21 minutos fez duas manobras pra marcar 4.93 pontos, e dois minutos depois assumiu a liderança. O norte-americano trabalhou bem e finalizou a performance com um aéreo reverse. Ele necessitava de 5.91 e marcou 7.17.
Filipe não mudou sua estratégia de ser seletivo, mesmo precisando de 6.44 pontos para ser o campeão do evento. Sua quarta onda foi surfada aos 28 minutos. O brasileiro executou quatro manobras fortes em sequência, marcou 9.00 e deixou a pressão para o adversário.
Griffin passou a arriscar voos altos nos últimos dez minutos, mas não completava as manobras. Já Filipe deu o último golpe quando restavam seis minutos. O brazuca amassou a direita de Punta Roca e vibrou muito após oito manobras. A performance valeu 8.33 pontos. Com isso o norte-americano passou a precisar de 17.33 para vencer e acabou mesmo como vice-campeão.
Filipe subiu da terceira para a segunda posição no ranking. Griffin segue me primeiro e João Chianca agora está em terceiro lugar, seguido do australiano Ethan Ewing (4º) e de Gabriel Medina (5º).
“A gente está indo pro Brasil agora, para um evento que vai ser incrível, vai ser maravilhoso, então peço a torcida de vocês, para que a gente possa mostrar para o mundo todo, para a WSL, para os surfistas, o quão bom é o Brasil e quão grande vai ser evento”, disse Filipe Toledo, após a vitória no Surf City El Salvador Pro. “Quero agradecer toda a galera que está torcendo, me apoiando, me dando forças, obrigado de coração. O ano passado foi um ano longo, de muitas batalhas e eu consegui ser campeão. Vencer de novo mais um ano seguido é difícil, cansativo psicologicamente, então só tenho que agradecer a força de todos vocês, da minha família e a Jesus Cristo, que me trouxe até aqui”.
“Tem sido divertido fazer essas finais com o Griffin (Colapinto), mas eu estava super focado hoje e essa vitória é para a minha mãe (Mari), porque é o aniversário dela hoje”, ofereceu Filipe Toledo. “Ontem (quinta-feira) eu acordei com uma dor nas costas e nem surfei. Hoje acordei pior ainda, mal conseguia caminhar, então tive que lutar contra a dor e virou uma batalha mental para conseguir competir. Mas, tive muito apoio da minha equipe, dos médicos da WSL e, na verdade, não doía para surfar, mas para caminhar e remar. Foi muito difícil e me sinto abençoado. Acordei achando que não ia poder surfar e olha onde estou agora, então tem que ter fé em Deus sempre e estou super grato por tudo”.
Semifinais – Filipe teve que passar pelo havaiano Ian Gentil na semi pra chegar na decisão. O brasileiro começou a disputa de 35 minutos com duas ondas fracas. Ian atuou aos quatro minutos e soltou quatro manobras, sendo duas batidas as melhores. Ele colocou 5.50 pontos no somatório. O brasileiro deu a resposta logo depois. Ele fez boas rasgadas, além de batidas, e foi pra liderança com 6.50 pontos.
Ian trabalhou bem para voltar para a primeira posição. Primeiro ele surfou uma onda curta, mas na seguinte fez um bom trabalho. No início da atuação ele quase caiu, porém na sequência foi para um aéreo com rotação e acertou. Ele necessitava de 3.51 pontos para virar e marcou 5.27.
Logo depois, aos 14 minutos, Filipe retomou a liderança e se distanciou do adversário. O brasileiro voou alto com reverse, fez dois cutbacks e executou uma pancada na junção. Ele bateu no peito para comemorar a atuação. A nota foi 8.00 pontos. Com isso o havaiano passou a necessitar de 9.00 para vencer.
Os dois surfistas seguiram ativos e Filipe decolou duas vezes quando restavam seis minutos para praticamente carimbar seu passaporte para a final. Ele marcou 8.67 pontos. Precisando de 16.67 pra vencer, Ian destruiu uma direita no minuto seguinte. O havaiano voou num Alley Oop, depois rasgou, bateu e atingiu a junção com violência. A atuação valeu 8.60. Ele então ficou com três minutos para conquistar 8.08 pontos.
Perto do último minuto o brasileiro deixou uma onda para o havaiano, mas ele caiu num aéreo. Filipe pegou a direita seguinte da mesma série, mas caiu na finalização e não trocou de nota. Ian voltou rápido para o pico, porém não teve mais oportunidade e foi eliminado.
Griffin x Liam – A segunda semifinal foi dominada por Griffin Colapinto. O norte-americano ficou ativo e foi formando seu somatório, até colocar grande diferença no placar quando faltavam 14 minutos para o fim. Ele executou uma boa rasgada, depois bateu projetando a prancha para passar a seção, bateu de forma vertical e rasgou invertendo a direção da prancha. Com os 7.33 pontos conquistados ele deixou o adversário na necessidade de 10 pontos.
Liam O’Brien começou a disputa esperando por boas oportunidades, porém errou nas primeiras ondas e só entrou no jogo quando restavam nove minutos. O aussie fez bons ataques, porém Griffin respondeu de forma muito agressiva. O australiano anotou 5.93 e o norte-americano 8.17. Após esses ataques a diferença entre eles ficou em 9.57 a favor de Griffin.
“Eu estava super empolgado por estar na final de novo com o Filipe (Toledo)”, disse Griffin Colapinto. “Nós tivemos grandes batalhas no ano passado, neste ano também e fizemos uma decisão muito disputada no ano passado aqui. Toda vez que surfamos um contra o outro, apenas tentamos dar tudo de nós, cada buscando o máximo para vencer. Eu tentei pegar bastante ondas na bateria, esperando entrar em um ritmo e foi isso que fiz, mas ele foi melhor”.
Surf City El Salvador Pro 2023
Final masculina
Filipe Toledo (BRA) 17.33 x 12.10 Griffin Colapinto (EUA)
Semifinais
1 Filipe Toledo (BRA) 16.67 x 14.87 Ian Gentil (HAV)
2 Griffin Colapinto (EUA) 15.50 x 9.26 Liam O’Brien (AUS)
Final feminina
1 Tyler Wright (AUS) x Caroline Marks (HAV)
Semifinais
1 Tyler Wright (AUS) 12.74 x 11.10 Stephanie Gilmore (AUS)
2 Caroline Marks (HAV) 14.00 x 11.17 Carissa Moore (HAV)
Ranking Masculino do CT 2023 após a 7ª etapa
1 Griffin Colapinto (EUA) 42.890 pontos
2 Filipe Toledo (BRA) 41.660
3 João Chianca (BRA) 36.320
4 Ethan Ewing (AUS) 32.215
5 Gabriel Medina (BRA) 28.025
6 Jack Robinson (AUS) 27.875
7 John John Florence (HAV) 24.885
8 Italo Ferreira (BRA) 23.835
8 Leonardo Fioravanti (ITA) 23.835
10 Connor O’Leary (AUS) 23.630
11 Ryan Callinan (AUS) 22.410
12 Yago Dora (BRA) 22.120
13 Caio Ibelli (BRA) 20.130
14 Matthew McGillivray (AFR) 18.790
15 Callum Robson (AUS) 18.705
16 Liam O’Brien (AUS) 18.140
17 Kanoa Igarashi (JAP) 17.365
17 Jordy Smith (AFR) 17.365
19 Barron Mamiya (HAV) 16.800
20 Ian Gentil (HAV) 16.715
21 Rio Waida (IDN) 14.310
22 Seth Moniz (HAV) 12.885
23 Kelly Slater (EUA) 11.960
Ranking Feminino do CT 2023 após a 7ª etapa
1 Carissa Moore (HAV) 45.575
2 Tyler Wright (AUS) 42.095
3 Caroline Marks (EUA) 39.040
4 Molly Picklum (AUS) 36.780
5 Stephanie Gilmore (AUS) 29.015
5 Tatiana Weston-Webb (BRA) 29.015
7 Caitlin Simmers (EUA) 28.660
8 Lakey Peterson (EUA) 23.405
8 Gabriela Bryan (HAV) 23.405
8 Bettylou Sakura Johnson (HAV) 23.405
11 Johanne Defay (FRA) 13.100