Gabriel Medina foi tricampeão mundial no Rip Curl WSL Finals em Trestles, na Califórnia (EUA). O brasileiro teve os melhores resultados de sua carreira ao longo da última temporada. Mesmo no auge da forma física e técnica, ele declarou ao jornal Lance! que pode ficar sem disputar etapas do CT da WSL em 2022.
“Preciso parar um pouco de pensar só em competição, porque tudo que eu faço hoje, alimentação, rotina… É tudo focado em competição, para eu estar 100% em todos as disputas. Eu nunca perdi uma etapa. É difícil fazer isso por anos. Acho que chegou o momento em que eu preciso dar uma pausa”, disse Medina.
Aos 27 anos e no Tour desde 2011, Medina já disputou 100 etapas e foi campeão em 17 delas. Além dos excelentes resultados, a temporada de 2021 ficou marcada por mudanças em seu staff. Ele trocou de técnico e passou a viajar com Andy King e sua namorada durante o Circuito Mundial.
“Esse ano foi difícil, emendei uma viagem na outra, quase não voltei para casa. São dez anos que tenho que estar no mesmo nível, treinando, fazendo escolhas para performar melhor… É muito intenso, exige bastante. Eu quero me dar um tempo, mas é algo que ainda vou parar para pensar, deixando dia após dia. Vamos ver como vai ser”, completou Gabriel.
Caso opte por disputar poucas ou nenhuma bateria em 2022, Medina poderia não alcançar a posição necessária na tabela para se garantir na elite de 2023. No entanto, segundo informações do Lance, a WSL confirmou que, caso o brasileiro decida por isso, ele seria “beneficiado” com um convite direto para o CT do ano seguinte – assim como acontece com atletas que sofrem com lesões durante a temporada.
Gabriel agora integra o seleto grupo de seis surfistas que já conseguiram a façanha do tri mundial, desde o início do Circuito Mundial em 1976: Mark Richards, Tom Curren, Kelly Slater, Andy Irons e Mick Fanning.