Fiji Pro 2024

Pega fogo briga para Finals

Yago Dora e Tatiana Weston-Webb são únicos brasileiros vivos no Fiji Pro 2024 e seguem na luta por vagas no WSL Finals. Eliminado, Italo Ferrerira continua com chances. Gabriel Medina está fora.

Yago Dora compete nas quartas de final de olho no WSL Finals.

O bicho pegou no segundo dia do Fiji Pro 2024. Dois brasileiros seguem vivos na etapa e na briga por vagas no WSL Finals. Italo Ferreira e Gabriel Medina foram eliminados. O primeiro ainda tem chances de se manter entre os cinco melhores do ranking que lutarão pelo titulo mundial na última prova. O segundo terminou sua participação no circuito da elite na temporada. Tatiana Weston-Webb está na semifinal e se avançar garante lugar no evento que decide o título mundial.

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No total foram realizadas 17 baterias nesta quarta-feira (23). O pico de Cloudbreak funcionou com esquerdas entre 4 a 8 pés. Pela manhã o mar estava liso, porém com o passar do tempo o vento lateral ganhou muita força e mudou os planos da WSL, que pretendia formar as semifinais no dia. A fase feminina está pronta. A etapa foi paralisada logo após a primeira bateria das quartas de final masculinas, entre Gabriel Medina e o norte-americano Griffin Colapinto. As oitavas dos homens e a repescagem feminina foram realizadas em baterias simultâneas de 40 minutos cada. Nas quartas os confrontos foram únicos e tiveram 35 minutos de duração.

Cloudbreak funcionou com ondas lisas durante a manhã.

Ao contrário de Medina e Tati, que participaram de duas baterias, Yago competiu apenas uma vez. Ele participou da quarta bateria das oitavas de final. O brasileiro ficou ativo e abriu vantagem no placar na primeira metade da bateria de 40 minutos. Aos 5 ele executou 3 batidas para anotar 5.83 pontos. Quatro minutos depois o brazuca entrou numa esquerda pequena, acelerou e voou com reverse, completou a manobra e ainda fez dois ataques. A performance valeu 5.67 pontos.

Yago voltou a atacar a onda de Cloudbreak perto da metade do confronto, mas a nota 5.10 pontos não entrou no somatório. O adversário, o marroquino Ramzi Boukhiam, surfou apenas duas ondas nesse tempo e teve 1.17 na melhor performance.

Ramzi ficou mais ativo, mas suas duas ondas seguintes também foram ruins. Aos 25 minutos os dois atuaram numa série. Yago fez um layback, depois rasgou com força, bateu reto e fez mais duas curvas para anotar 6.93 pontos. O marroquino passeou por dentro de um canudo, conquistou 5.53 e passou a buscar 7.23 para vencer.

Yago Dora focado na vaga para o WSL Finals.

O marroquino partiu para as manobras aos 29 minutos e conquistou outra nota na casa dos 5 pontos (5.73). O atleta passou a buscar 7.03 para chegar nas quartas de final. Logo depois Yago ficou fundo num canudo durante um longo trajeto, mas não saiu. A 5 minutos do fim o brasileiro voltou para o surfe de borda e com quatro ataques mexeu no somatório com 7.33 pontos.

A 3 minutos do final o marroquino usou a prioridade e foi em busca dos 8.53 que precisava para vencer, porém a esquerda fechou. Yago ainda precisou usar a prioridade para bloquear o adversário, mas Ramzi não teve mais tempo de surfar e foi eliminado. O próximo adversário de Yago é o australiano Jack Robinson, que garantiu vaga no WSL Final ao passar das oitavas de final. Yago garante vaga na etapa que decide os campeões mundiais na temporada se vencer o confronto.

Tati segue na briga – Tatiana Weston-Webb passou duas baterias no dia e precisa vencer mais uma para garantir lugar no WSL Finals. A primeira disputa nesta sexta-feira foi contra a norte-americana Sawyer Lindblad, na repescagem.

Sawyer surfou logo no início do duelo de 40 minutos, executou dois cutbacks e uma batida na junção para largar com 4.17 pontos. Como os confrontos estavam sendo realizados de forma simultânea, as duas não tinham a prioridade na água, então a brasileira buscou as esquerdas menores dispensadas pelas surfistas da outra bateria. A primeira atuação de Tati aconteceu aos 7 minutos. A brazuca rasgou quatro vezes e bateu numa junção espumada numa parte menor da onda. A performance valeu 3.50 pontos.

Tatiana Weston-Webb passa por Sawyer Lindblad na repescagem.

As duas voltaram a surfar aos 10 minutos. Sawyer pegou uma onda ruim e Tati executou 5 manobras para assumir a liderança com a nota 5.33 pontos. Seis minutos depois a brasileira aumentou a vantagem com outra esquerda que não era da série, mas que abriu boa parede para ela acertar três ataques e conquistar 4.93 pontos.

Depois dos 20 minutos iniciais a bateria delas ficou com a prioridade e elas começaram a surfar ondas maiores. A norte-americana reagiu aos 23 minutos com uma forte batida de frontside que valeu 4.73 pontos. Swayer passou a buscar 5.53 para vencer.

Tati deu o troco logo depois. A brazuca botou pra dentro do tubo, saiu, entrou novamente, mas a seção seguinte fechou. A atuação valeu 6.17 e ela deixou a diferença em 6.77 pontos. A norte-americana pegou uma onda com bom tamanho, mas as duas rasgadas e o cutback (4.67) não mudaram a situação dela na disputa.

Tatiana Weston-Webb vendo a seção fechar na sua frente.

A brasileira ficou com a prioridade até bem perto do fim, quando atuou numa onda ruim. A disputa acabou e ela garantiu vaga nas quartas para encarar a costa-riquenha Brisa Hennessy.

Tati barra Brisa – A bateria de 35 minutos aconteceu em ondas em torno de 6 pés nas séries. Tati e Brisa atuaram logo no início. Brisa rasgou duas vezes e anotou 4.67 pontos. Tati conquistou 6.17 com quatro rasgadas. O confronto ficou morno até os 14 minutos, quando a brasileira usou a prioridade, fez três ataques e anotou 6.17 pontos.

Brisa voltou pro jogo aos 20 minutos. A costa-riquenha usou o direito de escolha de onda, executou quatro ataques, três deles muito fortes, e encostou no placar com a nota 6.77 pontos. Ela passou a buscar 5.57 para ser semifinalista da etapa.

As surfistas buscaram notas melhores, mas não mexeram no somatório até o fim e Tati confirmou vaga na semifinal.

Tatiana Weston-Webb encara Tyler Wright na semifinal.

Medina fora do Finals – Gabriel Medina teve uma primeira participação no dia muito boa, porém caiu na segunda. A bateria das oitavas foi tensa, mas no final veio o show. O brasileiro competiu na segunda disputa da fase contra o norte-americano Jake Marshall e ficou ameaçado durante 35 dos 40 minutos, mas pegou um tubo longo, anotou 9.87 pontos e conquistou a vitória.

Os atletas conquistaram notas baixas nos 17 minutos iniciais. Medina chegou a botar pra dentro de duas esquerdas, mas elas estavam muito espumadas e ele não se deu bem. A primeira nota acima de 2 pontos foi conquistada pelo brasileiro. O bicampeão da etapa achou uma esquerda intermediária, executou três fortes ataques e anotou 4.17 pontos.

Jake assumiu a liderança aos 26 minutos. O norte-americano usou a prioridade, rasgou duas vezes, passou rápido por um tubo e executou uma batida. A performance valeu 5.67 e deixou Medina na busca por 3.01 pontos. Três minutos depois o brasileiro retomou a primeira posição com batida forte, rasgada alongada, rasgada curta invertendo a direção da prancha e cutback. A nota foi 5.07 pontos.

O norte-americano usou a prioridade a 5 minutos do fim e executou duas batidas. Ele buscava 3.57 para vencer e anotou 6.93, porém Medina pegou a esquerda seguinte da mesma série. O brasileiro executou um snap poderoso e surfou um longo tubo para anotar 9.87 pontos. Jake ainda tentou reverter o resultado nos segundos finais. O atleta chegou a desaparecer dentro de um canudo. Ele precisava de 8.02, conquistou 4.37 e finalizou a prova em nono lugar.

Medina cai pra Griffin – A disputa de Medina nas quartas foi contra o norte-americano Griffin Colapinto. A bateria aconteceu em ondas de 6 pés prejudicadas pelo forte vento lateral. Griffin levou a melhor na primeira troca de notas. O norte-americano acertou duas manobras e largou com 4.67 pontos. O brasileiro colocou duas notas na casa dos 3 pontos (3.33 e 3.00) no somatório nos 7 minutos iniciais.

O surfista dos Estados Unidos assumiu a liderança aos 12 minutos. Medina entrou na esquerda, porém teve que ir reto já que a prioridade era de Griffin e ele quis a onda. O surfista acertou quatro batidas em sequência e marcou 8.33 pontos. O brasileiro passou a buscar 9.67 para avançar no Fiji Pro 2024.

Medina partiu para os aéreos em busca da virada, porém errou os três que tentou até os 15 minutos finais. A 8 minutos do fim, depois de Griffin usar a prioridade para bloquear Medina numa onda ruim, o brazuca entrou numa esquerda pequena, executou uma batida, acelerou e voou com reverse. Com a nota 6.83 ele diminuiu a diferença para 6.18 pontos.

Griffin surfou sem a prioridade a 3 minutos do fim e com duas manobras mexeu no placar (5.50) e aumentou a diferença (7.01). Medina partiu pra resposta, mas não foi bem nas duas ondas seguintes. Uma delas fechou e ele errou um aéreo na outra. O brasileiro ainda manteve a prioridade, porém nenhuma onda apareceu. Com isso Medina terminou sua participação no ano no circuito da elite. Griffin competiu na disputa já garantido no WSL Finals.

Griffin Colapinto é o primeiro semifinalista masculino da etapa.

Italo precisa torcer por resultados – O outro brasileiro que competiu no dia foi Italo Ferreira. Ele precisava chegar na semifinal do Fiji Pro 2024 para confirmar sua vaga no WSL Finals, porém parou nas oitavas. Numa bateria de 27 ondas surfadas, o havaiano Barron Mamiya mostrou mais sintonia com Cloudbreak e avançou às quartas. Brasileiro segue entre os cinco melhores do ranking, porém pode ser ultrapassado.

Italo competiu na sétima bateria da fase dos 16 melhores homens da prova. Em ondas de 6 a 8 pés ele abriu a disputa com 4.00 pontos, nota conquistada com rasgada e batida. Barron largou com 2.67 e aos 6 minutos colocou mais 4.33 no somatório para assumir a liderança. Os atletas seguiram ativos, mas sem notas altas. A disputa chegou na metade dos 40 minutos com Barron na frente do placar (8.30 a 7.80).

Italo Ferreira fica em nono lugar na etapa.

Logo depois o havaiano trocou de nota duas vezes (5.50 e 4.67) e deixou o brasileiro na necessidade de 6.17 pontos para vencer. Assim como Barron, Italo seguia muito ativo, mas ao contrário do surfista do Havaí, ele não achava ondas boa.

Barron seguiu com maior sintonia com o pico do Pacífico Sul e a 10 minutos do fim mexeu no placar com a nota 4.90 pontos. Na necessidade de 6.40 para vencer, Italo surfou 2 minutos depois sem a prioridade. O brazuca executou duas manobras fortes antes da onda correr. A nota 4.80 diminuiu a diferença para 5.60 pontos.

A situação do brasileiro piorou a 5 minutos do fim. Sem a prioridade, Italo entrou numa onda pequena e voou alto, mas não completou a manobra. Barron atuou logo depois e com cinco manobras em sequência anotou 6.17 pontos.

Nos últimos minutos Italo ficou no pico com a prioridade, porém não teve oportunidades e se despediu da prova em nono lugar. O brasileiro ainda ocupa a quarta posição no ranking, porém pode ser ultrapassado por Ethan Ewing (5º) e Yago Dora (6º) e perder a vaga no WSL Finals.

Italo Ferreira não entra em sintonia com Cloudbreak e cai nas oitavas de final.

Próxima chamada – A próxima chamada para o Fiji Pro 2024 acontece na manhã de sábado (24) no Pacífico Sul, fim de tarde desta sexta (23) no Brasil devido ao fuso horário, às 15h45 (de Brasília). A previsão indica ondas de 3 a 5 pés em Cloudbreak.

Confiram mais detalhes em nossas próximas atualizações.

Fiji Pro 2024

Oitavas de final

1 Griffin Colapinto (EUA) 14.50 x 12.23 Seth Moniz (HAV)

2 Gabriel Medina (BRA) 14.94 x 12.60 Jake Marshall (EUA)

3 Jack Robinson (AUS) 12.34 x 11.50 Connor O´Leary (JAP)

4 Yago Dora (BRA) 14.26 x 11.26 Ramzi Boukhiam (MAR)

5 Imaikalani deVault (HAV) 11.33 x 7.44 John John Florence (HAV)

6 Rio Waida (IDN) 15.43 x 11.40 Crosby Colapinto (EUA)

7 Barron Mamiya (HAV) 11.67 x 8.80 Italo Ferreira (BRA)

8 Ethan Ewing (AUS) 12.40 x 7.60 Ryan Callinan (AUS)

Quartas de final

1 Griffin Colapinto (EUA) 13.83 x 10.16 Gabriel Medina (BRA)

2 Jack Robinson (AUS) x Yago Dora (BRA)

3 Imaikalani deVault (HAV) x Rio Waida (IDN)

4 Barron Mamiya (HAV) x Ethan Ewing (AUS)

Semifinais
Em formação

1 Griffin Colapinto (EUA) x

Round 2 Feminino

1 Brisa Hennessy (CRC) 6.07 x 4.84 Sierra Kerr (AUS)

2 Johanne Defay (FRA) 12.50 x 8.20 Bettylou Sakura Johnson (HAV)

3 Erin Brooks (CAN) 11.16 x 9.83 Gabriela Bryan (HAV)

4 Tatiana Weston-Webb (BRA) 11.50 x 9.40 Sawyer Lindblad (EUA)

Quartas de final

1 Tyler Wright (AUS) 11.47 x 9.94 Caroline Marks (EUA)

2 Tatiana Weston-Webb (BRA) 12.34 x 11.44 Brisa Hennessy (CRI)

3 Erin Brooks (CAN) 15.33 x 11.60 Caitlin Simmers (EUA)

4 Molly Picklum (AUS) 13.73 x 13.17 Johanne Defay (FRA)

Semifinais

1 Tyler Wright (AUS) x Tatiana Weston-Webb (BRA)

2 Erin Brooks (CAN) x Molly Picklum (AUS)

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