O troféu de campeã mundial desta temporada fica nos Estados Unidos, com Caroline Marks, 21 anos, que venceu quatro baterias do WSL Finals 2023 neste sábado (9) em Trestles, Califórnia (EUA), duas delas contra a havaiana e pentacampeã mundial Carissa Moore.
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Caroline venceu sua conterrânea Caitlin Simmers e a australiana Tyler Wright a caminho da final. As baterias foram realizadas em ondas de 1 a 1,5 metro. Na decisão as condições para o surfe não estavam tão boas quanto nas baterias iniciais. As séries estavam demoradas e um pouco mexidas por causa do vento maral.
Caroline não tomou conhecimento da pentacampeã mundial na primeira decisão do WSL Finals 2023. Carissa abriu a bateria, mas errou a primeira manobra. Caroline chegou no critério excelente aos dois minutos. A norte-americana rasgou, depois bateu forte duas vezes para largar com 8.67 pontos. Cinco minutos depois a havaiana deixou uma onda passar e a adversária aproveitou a oportunidade. Caroline, novamente de backside, colocou mais 6.50 no somatório. Carissa surfou na sequência e marcou 4.67. Com isso ela passou a buscar 15.17, para vencer a primeira disputa da decisão.
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Aos 12 minutos as duas entraram em ação. Carissa usou a prioridade, rasgou, fez dois cutbacks e um layback numa junção pequena. Ela marcou 7.27 pontos. Carolina atuou na direita seguinte e com três manobras marcou 7.93. Carissa voltou rápido pro pico, surfou novamente de frontside e colocou 5.23 no placar. Com isso ela passou a precisar de 9.33 para alterar o resultado.
Carissa diminuiu a diferença aos 20 minutos. Caroline tinha a prioridade, mas deixou a direita para a havaiana, que rasgou, executou um layback, um cutback, outra curva e uma batida. Ela anotou 7.70 e passou a buscar 8.90 pontos para vencer.
Caroline seguiu encaixada em Lower Tresltes e aos 26 minutos surfou novamente de backside, rasgou e bateu com força para anotar 8.43 e deixar a diferença em 9.40 pontos. A norte-americana não voltou a surfar na bateria. Já Carissa tentou até voar, mas não mudou nada no placar e teve que ir para o tudo ou nada na segunda bateria da decisão.
A segunda disputa entre elas só teve ação na metade dos 35 minutos em Lower Trestles, Califórnia (EUA). Carissa surfou primeiro e sem muito destaque anotou 5.50 pontos. Caroline seguiu com a pegada mais agressiva que mostrou nas disputa anteriores e com cinco manobras, sendo a primeira a mais contundente, uma batida, ela largou com 7.00 pontos.
Perto dos dez minutos finais as duas surfistas pegaram outras direitas. Caroline entrou em ação primeiro, sem a prioridade, e executou uma rasgada e duas batidas. Carissa pegou a onda seguinte e começou a atuação com duas rasgadas sem destaque, depois fez um layback e uma batida atrasada na junção. Caroline foi melhor na troca (7.60 a 6.93) e ampliou a vantagem para 7.67 pontos. Carissa ainda conseguiu trocar nota perto do fim, mas perdeu mais uma vez um título mundial no WSL Finals.
“É muito inspirador ter meu nome nessa lista das Olimpíadas”, diz Caroline Marks. “Este era um dos meus objetivos, mas ser campeã mundial, é uma loucura! Eu passei por uma situação estranha no ano passado e fiquei duvidando de mim mesma. Estou me sentindo tão bem agora, isso é tão bom e realmente não sei o que dizer. Estou muito emocionada com tudo que aconteceu esse ano”.
“A Carissa (Moore) foi uma grande inspiração para mim, durante o crescimento de toda a minha vida”, destaca Caroline Marks. “Ela teve um ano excelente e era um sonho meu estar na final com ela. Acabei de pegar uma prancha ótima e tenho muitos familiares e bons amigos aqui, eu realmente sinto esse apoio e foi muito importante, então estava tudo fluindo pra mim hoje. Acabei de viver um dia especial com o oceano, então é muito bom”.
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Caminho para o título no WSL Finals 2023 – Carissa chegou na Califórnia como líder do ranking. Já Caroline Marks, que estava em terceiro lugar e precisou vencer dois duelos pra chegar na decisão.
O primeiro confronto foi norte-americano. Caitlin Simmers abriu a disputa surfando uma esquerda e uma direita. A norte-americana marcou 3.17 pontos de backside, que teve três curvas lentas em direção à espuma, e 4.83 de frontside, com duas batidas. Caroline surfou pela primeira vez aos 13 minutos. Ela atuou de backside na direita e executou duas batidas para largar com 5.67.
Caroline fez outra boa direita aos 16 minutos. Ela rasgou no primeiro ataque, depois executou uma rasgada ainda melhor e uma batida passando as quilhas por cima do lip. A atuação valeu 5.53 pontos e ela assumiu a liderança. Caitlin passou a buscar 6.37 para vencer.
O placar foi alterado aos 22 minutos, e novamente por Caroline, que aproveitou uma direita deixada Caitlin, que tinha a prioridade. A atleta surfou fez um snap, executou uma batida poderosa e acertou outra pancada na junção, mesmo chegando atrasada para a manobra. Com 6.00 pontos ela aumentou a diferença no somatório para 6.84.
Catilin usou a prioridade aos 28 minutos, mas errou a segunda manobra, um layback de frontside. Dois minutos depois ela voltou a surfar, dessa vez para a esquerda. A onda foi longa, mas apenas uma manobras foi contundente, uma batida vertical. A performance valeu 5.53 pontos e ela passou a buscar 6.14. Caroline usou o direito de escolha da onda quando restavam dois minutos e foi numa direita. Ela foi agressiva em dois ataques, mas errou o último e não trocou de nota. Caitlin ficou no pico com a prioridade, mas nenhuma outra onda apareceu e Caroline avançou para enfrentar a australiana Tyler Wright.
Caroline x Tyler – A terceira bateria feminina do WSL Finals 2023 começou muito disputada e teve atuação das duas atletas logo no primeiro minuto. A australiana Tyler Wright colocou 5.50 no somatório e Caroline 6.50 pontos. A aussie atuou novamente aos seis minutos. Tyler executou duas manobras, uma rasgada agressiva e uma batida na junção, e anotou 7.17 pontos para assumir a liderança. Caroline tentou dar o troco, mas Tyler melhorou seu somatório. A aussie executou uma rasgada com amplitude, um cutback e uma batida para marcar 5.93 e deixar a adversária na necessidade de 6.61 para vencer.
Caroline foi pra virada perto da metade da bateria de 35 minutos. A norte-americana bateu, rasgou e atacou a junção para marcar 8.33 pontos. Com a nota no critério excelente ela deixou Tyler precisando de 7.67 para seguir viva na luta pelo título mundial. Mas antes da aussie reagir, a norte-americana aumentou ainda mais a diferença. Caroline executou cinco manobras, entre rasgadas e batidas, inseriu mais 7.43 no somatório e aumentou a distância para 8.59 pontos.
Tyler seguia ativa, mas não conseguia chegar perto da adversária no placar. Pior pra ela que Caroline estava em sintonia com Lower Trestles. Perto dos 10 minutos finais a surfista dos Estados Unidos acertou duas rasgadas e fechou a apresentação com duas batidas agressivas. A atuação valeu a nota 9.07 e com isso Tyler passou a buscar no mínimo 17.40 pontos. Nada mudou nos minutos seguintes e Caroline venceu pelo placar de 17.40 a 13.70.
WSL Finals 2023
Categoria Masculina
Bateria 1
João Chianca (BRA) 15.33 x 11.87 Jack Robinson (AUS)
Bateria 2
Ethan Ewing (AUS) 17.60 x 14.57 João Chianca (BRA)
Bateria 3
Ethan Ewing (AUS) 17.10 x 15.96 Griffin Colapinto (EUA)
Decisão do título mundial (Melhor de 3)
Bateria 1
Filipe Toledo (BRA) 17.97 x 17.23 Ethan Ewing (AUS)
Categoria Feminina
Bateria 1
Caitlin Simmers (EUA) 15.17 x 12.17 Molly Picklum (AUS)
Bateria 2
Caroline Marks (EUA) 11.67 x 10.36 Caitlin Simmers (EUA)
Bateria 3
Caroline Marks (EUA) 17.40 x 13.70 Tyler Wright (AUS)
Decisão do título mundial (Melhor de 3)
Bateria 1
Caroline Marks (EUA) 17.10 x 14.97 Carissa Moore (HAV)
Bateria 2
Caroline Marks (EUA) 14.60 x 13.53 Carissa Moore (HAV)