O ano de 2018 tem sido marcado por muitas mudanças no livro de regras da World Surf League. Pouco antes do início do Tour, na Austrália, a entidade anunciou a redução de baterias nas etapas da elite mundial, eliminado o round 4 feminino e o round 5 masculino.
No mesmo anúncio, a WSL informou que o formato “dual heat”, com baterias simultâneas, poderia ser utilizado também na Gold Coast e na França. Antes, o formato era permitido apenas nas etapas de Bells Beach, Jeffreys Bay e Pipeline.
Recentemente, o livro de regras sofreu novas alterações. Devido ao episódio envolvendo John John Florence e Ezekiel Lau em Bells Beach, a WSL adotou novas regras para coibir as atitudes antidesportivas durante as baterias.
Uma delas, a “Regra do Bloqueio”, foi adiantada pelo nosso colunista Tulio Brandão no texto “Nazaré, o rancho e a Barrinha“. A medida visa punir o surfista que impedir a remada livre do adversário no lineup em situações sem prioridade.
Também publicamos, no último mês de maio, a regra da “Pressão Abusiva”, ou “Assédio Excessivo”, mas citamos apenas que a punição poderia ocorrer em situações com prioridade.
Para esclarecer melhor as novas mudanças no livro de regras, separamos alguns trechos importantes que foram publicados este ano na WSL. Confira abaixo.
17.04 Se um atleta estiver presente no evento até 24 horas antes da abertura da janela e avisar ao comissário da WSL que não participará da primeira fase por motivo de lesão, mas que poderá disputar a repescagem, sua pontuação será mantida.
Antes de o benefício ser concedido, o atestado médico referente à lesão do surfista e a sua capacidade de estar apto para a segunda fase deverão ser submetidos ao comitê médico da WSL.
Se o atleta não fizer o check in para disputar a bateria na segunda fase, um substituto entrará em seu lugar e ele poderá ser punido por não participar da prova.
Prioridade e regras de interferência
149.01 Em situações sem prioridade, o surfista posicionado mais para dentro da onda tem o direito incondicional de surfá-la durante todo o percurso. A interferência será computada se, durante a onda, a maioria dos juízes determinar que um surfista prejudicou o potencial de pontuação do adversário. Isto inclui a pressão abusiva, puxar o leash ou quebrar uma seção da onda.
149.02 A escolha do critério que define qual o lado certo da onda é de responsabilidade do head judge da WSL ou do juiz mais experiente.
153.03 Regra do bloqueio em situações sem prioridade (apenas em etapas do QS com 6.000 pontos ou eventos maiores (incluindo as etapas do CT) – Um surfista que está mais para dentro da onda passará a ter a última prioridade na bateria se remar com intenção de dropar a onda e bloquear um surfista. Ele também perderá a prioridade se ficar posicionado na zona de drop e bloquear outro surfista.
153.04 Pressão abusiva em situações sem prioridade (apenas em etapas do QS com 6.000 pontos ou eventos maiores (incluindo as etapas do CT) – Na avaliação do juiz de prioridade e do head judge, se um surfista pressionar excessivamente, bloquear ou dificultar outro surfista de remar no line up, ele passará a ter a última prioridade na bateria. Se o comportamento for agressivo ou antidesportivo, uma interferência poderá ser chamada, e o atleta ainda fica sujeito a ser multado ou suspenso por conduta antidesportiva.
153.17 Se algum auxílio pessoal não autorizado for utilizado durante a bateria, o atleta automaticamente passará a ter a última prioridade.
153.18 Se um atleta surfar uma onda ou tiver algum auxílio antes da bateria, ele já começará a bateria com a última prioridade, mesmo que o confronto seja reiniciado mais adiante.
153.20(d) Se um surfista não estiver na principal zona de drop quando a bateria for iniciada e chegar atrasado, a prioridade passará para outro surfista, a depender do critério do juiz de prioridade.
154.09 Pressão abusiva em situações com prioridade
Na opinião dos juízes e do head judge, se um surfista pressionar excessivamente outro surfista que tenha a prioridade de uma maneira antidesportiva, uma interferência será chamada.