Surf Abu Dhabi Pro 2025

Italo é campeão

Italo Ferreira derrota Rio Waida na decisão do Surf Abu Dhabi Pro 2025 e assume liderança do ranking.

0
Italo Ferreira é o novo líder do ranking.

O troféu de campeão do Surf Abu Dhabi Pro 2025 vem para o Brasil. Italo Ferreira superou o indonésio Rio Waida na decisão do evento realizado na piscina dos Emirados Árabes e assumiu a liderança do ranking. Italo venceu três adversários neste domingo (16) com os três maiores somatórios do dia.

Clique aqui para ver as fotos

Clique aqui para ver o vídeo

Nas baterias finais do Surf Abu Dhabi Pro 2025 os atletas tiveram o direito a quatro ondas e surfaram duas seguidas. O placar foi formado com a maior nota da direita e a melhor da esquerda. O indonésio abriu decisão com 6.17 pontos na direita e anotou 7.83 na primeira performance de backside na final. Rio pegou os dois tubos da esquerda, mas ficou na porta do segundo, e executou nove ataques, dois deles feitos com muito risco.

Italo desferiu 12 golpes na sua primeira direita no final. Ele optou por não passar por dentro na primeira seção oca e emendou uma batida na outra de backside. Ficou entocado no segundo tubo e fechou a apresentação com pancada e reverse. A atuação valeu 8.67 pontos.

O brasileiro escangalhou a esquerda. Italo fez manobras expressivas, ficou fundo no primeiro tubo e evitou o segundo para voar num Alley Oop que foi completado com perfeição. Ainda teve espaço e pernas para rasgar invertendo a direção da prancha e decolar com reverse. A performance valeu 8.60 pontos.

O surfista de Bali foi pra sua segunda direita na busca de 9.44 pontos para assumir a liderança. Rio arriscou nas manobras e ia bem até ficar pra trás da onda depois de um aéreo reverse. Atuação valeu 6.67 e ele não teve mais como alcançar o brasileiro no placar tendo apenas mais uma oportunidade.

Italo voltou pra água com a bandeira do Brasil. Ele surfou a direita de base trocada e depois brincou na esquerda, comemorando a vitória. O atleta, que era o atual vice-campeão em etapas realizadas em piscinas de ondas (Surf Ranch 2023), dessa vez ficou no alto do pódio e conquistou pontos suficientes para assumir a liderança do ranking.

Caminhos até a final – Italo subiu o nível da competição neste domingo. Nas quartas ele venceu o japonês com o maior somatório da etapa, e superou a marca na vitória sobre o australiano Jack Robinson na semi.

Italo x Kanoa – Contra Kanoa, na terceira bateria das quartas, Italo foi agressivo na primeira direita. O brasileiro fez manobras com risco e em nenhum momento perdeu o tempo de onda. Passou a primeira seção tubular com ataques de borda e desapareceu no segundo canudo. Fechou a apresentação com reverse e anotou 7.67 pontos.

O brazuca seguiu num ritmo alto na esquerda. Italo não aliviou nas manobras, ficou fundo no primeiro tubo e evitou o segundo para voar num Alley Oop. Foram oito manobras contando o tubo e o aéreo. Botou pressão no adversário com a nota 8.50 pontos.

Kanoa Igarashi começou a atuar na bateria precisando tirar uma diferença de 16.17 pontos. O japonês iniciou sem extrapolar, mas passou a arriscar mais depois de ficar fundo no primeiro tubo. Na sequência ele bateu realizando um reverse, depois se desequilibrou numa pancada e acelerou pra voar num Kerrupt, mas não aterrissou. Kanoa largou com 5.77 pontos e passou a buscar 10.40 para ser semifinalista no evento.

O japonês teve uma performance segura em sua primeira esquerda. Atuando de backside, Kanoa acertou oito manobras de borda e ficou fundo nos dois tubos. A performance valeu 7.53 pontos.

A segunda direita de Italo não entrou no somatório (6.93). O brasileiro voltou a executar boas manobras, mas não ficou fundo nos tubos e errou o reverse na última seção. O brasileiro voltou a dar show atuando de frontside na bateria. Em sua segunda esquerda ele manobrou forte e, apesar de não ter ficado fundo na primeira seção oca, voou muito alto num Alley Oop, aterrissou com perfeição e ainda executou mais dois ataques. Ele trocou 8.50 por 9.13 pontos e dificultou ainda mais o caminho do japonês.

Kanoa foi para sua penúltima atuação na disputa buscando no mínimo 9.27 pontos para vencer. O japonês executou três ataques, entrou o tubo e não saiu. Como não trocou a nota 5.77, ficou precisando de 11.03 na esquerda e foi eliminado. Italo venceu a disputa com o maior somatório da prova até aquele momento, 16.80 pontos.

Italo x Jack – Italo assustou a galera no início da direita da segunda semifinal. Ele ficou pra dentro da onda após uma rasgada forte, porém se recuperou rapidamente no trajeto. O brasileiro também ficou fundo nos dois tubos e abriu a bateria com 6.83 pontos. Na esquerda ele fez ataques mais fortes e passou por dentro da primeira seção oca sem muita profundidade. No final acelerou e voou num Alley Oop. O brazuca ainda rasgou invertendo a direção da prancha e executou um 360. A performance entrou no critério excelente e valeu 8.50 pontos.

Jack estreou na semifinal buscando 15.34 pontos para ser finalista. O australiano executou manobras fortes, ficou muito fundo no primeiro tubo, voou com reverse no meio da onda e acertou Alley Oop no final. Atuação também entrou no critério excelente. Com a nota 8.43 ele passou a buscar 6.91 na esquerda. O aussie foi seguro na esquerda e só errou a manobra executada na última seção da onda. Ele não arriscou tanto quanto na direita e ficou fundo num dos tubos. Permaneceu em segundo lugar com a nota 6.60 pontos.

O brazuca mudou a linha em sua segunda atuação de backside. Italo evitou passar por dentro da primeira seção oca, mas pegou o segundo tubo. Desferiu 12 manobras de borda, algumas poderosas e uma com reverse. Com a atuação ele trocou 6.83 por 8.17 e aumentou a diferença para o adversário. Mas o melhor ainda estava por vir. Italo voou duas vezes em sua segunda esquerda, pegou um tubo longo e profundo e ainda agrediu a onda com fortes pancadas. A nota 9.20 fez Italo aumentar o recorde de pontos no somatório para 17.37 pontos.

O australiano foi para sua segunda rodada precisando de 10.77 e caiu da prancha. A falha aconteceu após executar três manobras de borda e passar fundo rapidamente pelo tubo. Na sequência ele voou, mas não completou o aéreo. Jack seguiu pra esquerda precisando de 8.95 pontos, mas tentou um reverse no terceiro ataque e caiu da prancha.

Rio x Ethan – Rio passou pelo havaiano Jackson Bunch nas quartas e na semi bateu o australiano Ethan Ewing. O aussie abriu a primeira semifinal do masculino com manobras poderosas. Das sete manobras de borda certas, seis foram expressivas. Ficou fundo no primeiro tudo e não muito no segundo. Caiu na última seção após manobrar derrapando a rabeta. A atuação valeu 8.00 pontos. Ethan foi menos agressivo na esquerda, mas finalizou toda a apresentação de backside. Surfou um longo tubo na primeira seção oca, tendo ficado fundo num determinado momento, e na segunda ficou mais na porta. A performance segura valeu 7.70 pontos.

O indonésio também fez boa apresentação na direita e errou a manobra final. Rio arriscou em alguns ataques em que derrapou a rabeta com controle, e ficou fundo nos dois tubos, mais no primeiro. Ele largou com 7.27 pontos. O atleta que vive em Bali foi para a esquerda com a mesma vontade. Ele não aliviou nas manobras, mas caiu num ataque depois de ficar entocado na primeira seção tubular (4.07).

Ethan não trocou suas notas nas apresentações seguintes. Na direita ele não completou o segundo tubo (5.60) e na esquerda foi até o final, quando caiu num reverse (6.67). Rio destruiu sua segunda direita no confronto. Ele precisava de 11.63 pontos, anotou 8.43 e passou a buscar 7.27 para vencer. O surfista completou toda a onda, voou no meio dela, ficou fundo no primeiro tubo e arriscou em outros ataques invertendo a direção da prancha. O indonésio também completou toda a esquerda. Ele arriscou menos, mas teve profundidade no primeiro tubo e acertou nove ataques de borda. Rio vibrou muito após a apresentação e venceu com a nota 7.50 pontos.

Yago cai para Jack – O sonho de uma semifinal brasileira no Surf Abu Dhabi Pro 2025 terminou no último confronto das quartas. Depois de Italo superar Kanoa, Yago Dora encarou Jack Robinson, porém o brasileiro ficou abaixo nas direitas e se despediu do evento com a quinta posição.

Jack abriu a disputa com 7.70 pontos. O australiano foi agressivo de frontside na direita. Ele fez manobras fortes e ficou fundo no primeiro tubo. Evitou o segundo canudo e decolou num Alley Oop que teve aterrisagem perfeita. Jack não finalizou a esquerda. Depois de duas manobras ele ficou fundo no canudo, depois, bateu, fez um floater e um reverse antes de cair dentro do tubo (4.50).

Yago não foi bem na primeira direita. Ele abriu a apresentação de backside com rasgada e duas batidas. Na sequência ele subiu na crista e quase perde o equilíbrio na volta da manobra. Depois partiu para outra pancada e caiu na base da onda (2.10). O brasileiro vibrou após sua segunda apresentação. Yago executou fortes ataques, teve momentos de profundidade na primeira seção tubular e evitou a segunda para voar num Alley Oop. Ele aterrissou de forma prefeita, rasgou e decolou novamente sem rotação. A performance valeu 8.67 pontos.

O australiano foi expressivo na direita. Abriu com quatro ataques, sendo duas batidas fortes, e passou rapidamente pelo primeiro tubo, porém com profundidade. Na sequência rasgou de forma alongada, bateu chutando a rabeta, executou mais duas pancadas e acelerou para um Alley Oop. Jack teve um desequilíbrio na aterrissagem, colocou as costas na água e voltou a ficar em pé na prancha. Ele comemorou a atuação e trocou 7.70 por 7.90 pontos.

Jack queria trocar a nota 4.50 e foi conservador em sua segunda esquerda. Ele fez toda a onda, ficou um longo tempo no primeiro tubo, porém com rápidos momentos de muita profundidade, e no segundo ficou com o bico da prancha pra fora. O australiano conquistou 5.93 e deixou Yago na busca de 5.16 na direita.

Yago executou oito manobras. O brasileiro evitou o primeiro tubo e seguiu com ataques de borda. Ficou na porta do segundo tubo e errou última manobra. Ele anotou 4.53 e foi pra esquerda precisando de 9.30 para ser semifinalista nos Emirados Árabes. Yago arriscou tudo após o primeiro tubo da esquerda. Ele voou alto, mas caiu na base da onda e se despediu da competição.

Yago Dora para nas quartas de final do Surf Abu Dhabi Pro 2025.

Miguel fica em quinto lugar – Miguel Pupo abriu as disputas masculinas no dia. Ele enfrentou o australiano Ethan Ewing na primeira bateria das quartas. Duelo teve início com tempestade de areia que estragou a formação da direita. Ethan encarou a ventania de frontside e começou a atuação com quatro manobras fortes. Na sequência passou rapidamente por um tubo espremido, executou um floater e caiu da prancha. Logo após a performance o diretor técnico e comissário da WSL, o brasileiro Renato Hinckel, colocou o evento em espera por 15 minutos e anulou a onda do australiano.

O evento foi reiniciado após 18 minutos ainda com vento maral na direita, porém mais fraco. Ethan teve um surfe mais conservador, mas chegou a passar a rabeta por cima da crista em algumas batidas, entretanto outras pancadas foram pra frente, sem apontar o bico da prancha em direção à base da onda. O australiano passou manobrando pela primeira seção tubular e na segunda ficou muito fundo e não achou a saída do canudo. Largou com 5.50 pontos. Ethan foi seguro na esquerda, mas não extrapolou. O aussie executou nove manobras de borda e ficou muito fundo nos dois tubos. A performance valeu 7.00 pontos.

A primeira atuação de Miguel Pupo teve manobras fortes. O brasileiro não aliviou de backside. No total ele fez oito ataques. Ele não surfou o primeiro tubo e ficou na porta do segundo. A atuação valeu 6.50 pontos. O brasileiro foi vertical na manobra de frontside, mas caiu da prancha.

Miguel Pupo assume terceira posição no ranking.

O australiano trocou nota na direita. Ethan fez ataques melhores que sua primeira participação de frontside na bateria e colocou mais força nas manobras. Ele executou dez manobras e surfou o tubo da segunda seção mais oca, porém não ficou muito fundo. Ele tirou o 5.50 e colocou 7.50 pontos no somatório. Ethan caiu da prancha em sua última participação no duelo. O atleta fez alguns ataques de menos expressão e chutou a rabeta em outros. Ficou fundo no primeiro tubo e caiu na base da onda após a terceira manobra seguinte (4.40).

Miguel foi para sua segunda direita precisando de 14.10 pontos para vencer. Ele teve uma pegada forte, parecida com a performance anterior de backside, porém dessa vez ficou mais tempo e mais fundo na segunda seção de tubo. O brasileiro trocou 6.50 por 6.83 pontos e foi pra direita na busca de no mínimo 7.67 para vencer. Miguel começou a sua segunda esquerda no confronto com duas rasgadas e uma batida. Na sequência ficou dentro do tubo por um longo tempo, porém não ficou tão fundo. Saiu, executou duas rasgadas e bateu chutando a rabeta. Ele evitou o segundo tubo da onda, acelerou e voou, porém não completou a manobra (5.37) e se despediu da competição em quinto lugar.

Surf Abu Dhabi Pro 2025

Final Masculino

Italo Ferreira (BRA) 17.27 x 14.50 Rio Waida (IND)

Semifinais

1 Rio Waida (IND) 15.70 x 12.50 Ethan Ewing (AUS)

Italo Ferreira (BRA) 17.37 x 15.03 Jack Robinson (AUS)

Quartas de final

1 Ethan Ewing (AUS) 14.50 x 7.23 Miguel Pupo (BRA)

2 Rio Waida (IND) 14.90 x 11.67 Jackson Bunch (HAV)

3 Italo Ferreira (BRA) 16.80 x 13.30 Kanoa Igarashi (JAP)

4 Jack Robinson (AUS) 13.83 x 13.20 Yago Dora (BRA)

Final Feminino

Caitlin Simmers (EUA) 16.10 x 15.70 Molly Picklum (AUS)

Semifinais 

1 Molly Picklum (AUS) 13.77 x 10.53 Vahine Fierro (FRA)

2 Caitlin Simmers (EUA) 15.14 x 14.53 Gabriela Bryan (HAV)

Quartas de Final

1 Molly Picklum (AUS) 14.50 x 13.03 Erin Brooks (CAN)

2 Vahine Fierro (FRA) 14.27 x 10.73 Caroline Marks (EUA)

3 Caitlin Simmers (EUA) 14.73 x 11.73 Bella Kenworthy (EUA)

4 Gabriela Bryan (HAV) 12.34 x 11.54 Sawyer Lindblad (EUA)

Ranking atualizado após a 2ª etapa

Masculino

1 Italo Ferreira (BRA) 16.085 pontos

2 Barron Mamiya (HAV) 11.330

3 Miguel Pupo (BRA) 9.490

4 Ethan Ewing (AUS) 9.405

5 Leonardo Fioravanti (ITA) 9.130

6 Rio Waida (IND) 9.130

7 Kanoa Igarashi (JAP) 8.065

8 Jack Robinson (AUS) 7.415

9 Ian Gouveia (BRA) 7.415

10 Filipe Toledo (BRA) 6.640

11 Joel Vaughan (AUS) 6.640

12 Jackson Bunch (HAV) 6.075

13 Jake Marshall (EUA) 6.075

14 George Pittar (AUS) 6.075

15 Yago Dora (BRA) 5.010

16 Connor O’Leary (AUS) 4.650

17 Jordy Smith (AFR) 4.650

18 Liam O’Brien (AUS) 4.650

19 Griffin Colapinto (EUA) 4.650

20 João Chianca (BRA) 4.650

21 Deivid Silva (BRA) 4.650

22 Seth Moniz (HAV)3.585

23 Alan Cleland (MEX) 3.585

24 Ian Gentil (HAV) 2.660

25 Matthew McGillivray (AFR) 2.660

26 Ramzi Boukhiam (MAR) 2.660

27 Ryan Callinan (AUS) 2.660

28 Cole Houshmand (EUA) 2.660

29 Alejo Muniz (BRA) 2.660

30 Edgard Groggia (BRA) 2.660

31 Marco Mignot (FRA) 1.595

32 Samuel Pupo (BRA) 1.595

33 Imaikalani deVault (HAV) 530

34 Gabriel Medina (BRA) 530

35 Crosby Colapinto (EUA) 530

Feminino

1 Caitlin Simmers (EUA) 17.800

2 Molly Picklum (AUS) 13.885

3 Tyler Wright (AUS) 12.610

4 Caroline Marks (EUA) 9.490

5 Sawyer Lindblad (EUA) 9.490

6 Gabriela Bryan (HAV) 8.695

7 Lakey Peterson (EUA) 8.695

8 Vahine Fierro (FRA) 8.695

9 Erin Brooks (CAN) 7.355

10 Brisa Hennessy (CRI) 7.355

11 Bella Kenworthy (EUA) 5.790

12 Isabella Nichols (AUS) 5.790

13 Luana Silva (BRA) 5.220

14 Tatiana Weston-Webb (BRA) 5.220

15 Bettylou Sakura Johnson (HAV) 5.220

16 Johanne Defay (FRA) 3.655

17 Sally Fitzgibbons (AUS) 3.655

18 Nadia Erostarbe (ESP) 2.610

Aviso:O Waves está implementando novas regras para os comentários postados neste fórum. O objetivo é estimular um debate saudável e de alto nível, estritamente relacionado ao conteúdo da matéria em questão. Só serão aprovadas as mensagens que atenderem a este objetivo. Ao comentar abaixo você concorda com nossos termos de uso.
Os comentários postados não representam a opinião do portal Waves e a responsabilidade é inteiramente do autor de cada mensagem.