Um catarinense é o responsável por treinar a seleção de surfe de El Salvador, país sede do ISA World Surfing Games 2021, que acontece até o dia 6 de junho nas ondas de La Bocana e El Sunzal.
Arthur Philippi é o técnico do time e trabalha no país da América Central desde 2014. Ele tem a difícil missão de levar um atleta salvadorenho aos Jogos Olímpicos de Tóquio, já que a competição vai distribuir as últimas vagas para a estreia da modalidade nas Olimpíadas.
Há sete anos, Philippi realiza um trabalho de biomecânica no surfe e preparação técnica específica com crianças e adolescentes surfistas de El Salvador. Segundo ele, o convite para liderar o time de atletas do país veio por conta da grande quantidade de jovens que passaram pelas suas mãos e tornaram-se profissionais no esporte.
Em entrevista ao portal NSC Total, o técnico contou um pouco sobre a experiência de liderar o time do país anfitrião no campeonato.
Ezekiel Gringo“Com o reconhecimento da eficácia da preparação técnica embasada na biomecânica do movimento, fui convocado para liderar o time de atletas”, diz Arthur. “A missão é trazer o que há de mais atual no cenário mundial para a performance do surfe e com isso ajudar El Salvador a se tornar em breve uma potência na elite do esporte, assim como aconteceu com o Brasil”.
Para Philippi, o conhecimento dos atletas locais sobre o palco da competição pode ser uma das armas para um surfista salvadorenho conseguir o feito da classificação para Tóquio. “Não tem como prever, porém temos atletas que, além do talento e do espírito guerreiro, são extremamente conhecedores das ondas da praia onde será realizado o evento”, analisa.
“Poder ajudar no processo de transformação da história do surfe desse país tão sofrido e carente de recursos está sendo algo encantador e divino para minha missão aqui nesse plano de servir”, finaliza o treinador brasileiro.
