Erin Brooks

Banida da equipe canadense

Erin Brooks é esperança de medalha olímpica em Paris 24, mas questões burocráticas podem deixá-la fora da equipe do Canadá.

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Erin Brooks, jovem de 15 anos, nasceu no Texas e foi criada no Havaí. No entanto, seu pai tem dupla cidadania com Estados Unidos e Canadá. Por isso, Brooks optou por representar suas raízes canadenses nos Jogos Mundiais de Surfe da ISA (International Surfing Association) e nas Olimpíadas de Paris em 2024.

Porém, tem havido uma certa confusão em relação à sua cidadania canadense. Depois de sua apresentação nos Jogos Mundiais de Surf da ISA de 2023, em El Salvador, quando ela surfou para o segundo lugar como representante do Canadá, a ISA divulgou um comunicado revogando as qualificações de nacionalidade canadense da atleta.

Um detalhe passou despercebido pela ISA, pois o pedido de cidadania ainda não havia aprovado. Assim que tomou conhecimento, a ISA divulgou um comunicado, em que afirma que a “elegibilidade da Sra. Brooks para competir pelo Canadá foi suspensa com efeito imediato. Se as autoridades esportivas canadenses puderem fornecer prova de cidadania com um documento verificado do governo, o Comitê Executivo da ISA reavaliará sua elegibilidade para o Canadá, de acordo com as regras aplicáveis da entidade.”

Essa decisão foi um choque para a família Brooks. “Não havia nenhuma indicação de que isso poderia acontecer, tudo parecia bem, tudo parecia estar avançando”, disse o pai de Erin, Jeff Brooks, ao canal de TV estatal CBC.

“Este processo levou mais tempo do que qualquer um de nós jamais imaginou e ainda estou confiando no Ministro da Imigração do Canadá para resolver os problemas de cidadania de Erin”, explicou.

“Eu disse para a Erin  se concentrar apenas nas coisas que ela pode controlar, que é continuar surfando e treinando. Esperamos que ela seja reintegrada em breve e possa perseguir seu sonho de representar o Canadá nas Olimpíadas.”

Quanto à ISA, que supervisiona o surf nas Olimpíadas, a expectativa é a de que o problema seja resolvido em breve e que o imbróglio na qualificação olímpica de Erin seja corrigido.

“A ISA assume a responsabilidade pelo erro administrativo cometido, então gostaríamos de expressar nosso profundo pesar e oferecer nossas desculpas à Sra. Brooks e sua família pelo impacto que este caso pode ter sobre ela pessoalmente – com a esperança de que este caso de sua cidadania será prontamente resolvido”, finaliza a entidade no comunicado à imprensa.

No vídeo acima, publicado há cinco dias pelo canal de TV canadense CVT, ou seja, antes deste conflito vir à tona, Erin revela todo seu entusiasmo para defender o Canadá em Paris 24 e fala também sobre sua rotina de treinos e de viagens para as competições.

Fonte Surfer