Surfistas transgêneros

ISA promove inclusão

ISA (International Surfing Association) anuncia política para surfistas transgêneros. Medidas são válidas para todos os campeonatos organizados pela entidade.

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Eventos da ISA, como o World Surfing Games, terão participação de surfistas transgêneros.

A ISA (International Surfing Association) divulgou no final de novembro sua política oficial para surfistas transgêneros nos campeonatos de surfe. O órgão regulador do esporte anunciou a lista completa de regras de elegibilidade por gênero e que serão aplicadas a todas as competições.

A política transgênero da ISA foi desenvolvida pela comissão médica da organização e pode estar sujeita a reavaliações anuais à medida que houver mais conhecimento, informações e pesquisas disponíveis sobre o tema.

As cinco principais diretrizes foram definidas com base nos princípios de igualdade de oportunidades e equidade. Reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a ISA estabelece um conjunto de regras para ser acionado sempre que surgirem dúvidas quanto à elegibilidade dos surfistas nos seguintes casos: Identificação de gênero; redesignação de sexo; hiperandrogenismo, transgênero; diferenças do desenvolvimento sexual (DSD).

Desta maneira cinco políticas transgênero se aplicam a todos os eventos competitivos da ISA. Um surfista masculino de nascença – e/ou – que se identifica como masculino e tem masculino/masculino em sua carteira de identidade ou passaporte é elegível para competir em um evento masculino ou como masculino em um evento misto.

Uma surfista designada como mulher ao nascer – e/ou – que se identifica como mulher e tem mulher/mulher em sua cédula de identidade ou passaporte é elegível para competir em um evento feminino ou como mulher em um evento misto.

Um surfista masculino desde o nascimento que se identifica como mulher e tem mulher/mulher em sua cédula de identidade nacional ou passaporte é elegível para competir em um evento masculino ou como homem em um evento misto se ela não atender aos requisitos para competir em um evento da mulher (como manter o nível de testosterona abaixo de 5 nmol/l continuamente nos últimos 12 meses).

Um surfista masculino de nascimento que se identifica como mulher e tem homem/homem ou “outro” ou “X” em sua cédula de identidade ou passaporte é elegível para competir em um evento masculino ou como homem em um evento misto.

Para competir em um evento feminino ou como feminino em um evento misto, onde:
um surfista que foi designado homem à nascença e cujo sexo mudou e se identifica como mulher – e/ou tem mulher/mulher, “outro” ou “X” – no seu documento de identidade ou passaporte; ou o atleta foi solicitado pelo comitê executivo e/ou comissão médica a estabelecer a elegibilidade para competir em um evento feminino.

A atleta deve satisfazer a comissão médica da ISA de que sua concentração sérica de testosterona foi inferior a 5 nmol/L continuamente nos últimos 12 meses e atende a quaisquer outros requisitos razoavelmente estabelecidos pelo comitê executivo e/ou comissão médica.

A primeira versão da política transgênero da International Surfing Association ainda não aborda alguns tópicos críticos, incluindo, a escolha do uniforme/maiô do atleta;
uso de vestiários e banheiros que melhor reflitam a identidade de gênero do atleta;
integração e regras para surfistas não binários em competição.

A ISA organiza anualmente os jogos mundiais, campeonato mundial Júnior, campeonato mundial de Parasurfe e o mundial de SUP e Paddleboard.

A Surfing Australia foi uma dos primeiras entidades governamentais a adotar uma política de inclusão de pessoas com diversidade de gênero e transgêneros em suas atividades. Por outro lado, a World Surf League (WSL) ainda não divulgou um conjunto de diretrizes inclusivas de gênero para o circuito de surfe profissional.

Fonte Surfer Today