MEO Vissla Pro Ericeira

Alejo salva o Brasil

Brasileiros caem em sequência no MEO Vissla Pro Ericeira, mas Alejo Muniz fecha o dia com vitória e se classifica para as quartas de final do evento português.

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Alejo Muniz representa o Brasil nas quartas de final masculinas do MEO Vissla Pro Ericeira.

Alejo Muniz é o Brasil nas quartas de final do MEO Vissla Pro Ericeira. O surfista renovou o ânimo da torcida com vitória na penúltima bateria da sexta-feira (8), após a eliminação de três brasileiros. Silvana Lima também está nas quartas. As meninas não competiram no dia.

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O mar seguiu bombando nesta sexta-feira no pico português de Ribeiro D’Ilhas. As oitavas de final masculinas e as duas baterias iniciais das semis foram realizadas em direitas grandes, chegando a 2,5 metros nas maiores séries. A escolha das ondas foi fundamental para as vitórias, já que muitas não levantavam as paredes. Saíram vencedores da água aqueles que acharam essas seções mais intensas e bateram forte.

Alejo fez uma disputa parelha contra Callum Robson. O brasileiro começou forte e fez as maiores notas logo nas duas primeiras tentativas. Ele começou com 6.67 pontos e depois colocou mais 6.77 no somatório. O aussie conquistou 5.67 e 6.77, e ficou na necessidade de 6.68 para vencer. Ele até teve uma chance, mas errou a finalização.

Alejo Muniz encara Imaikalani deVault de olho numa vaga nas semifinais.

Apesar da vitória apertada (13.44 a 12.44), Alejo fez uma bateria melhor, rasgou com mais pressão e teve uma maior sintonia com o mar. “Não foi uma bateria fácil. Tinha muitas ondas entrando e estava difícil saber quais eram as boas. Mas, como tinha a ajuda do jet-ski, me joguei em todas as ondas que achei que teria uma oportunidade para receber uma nota boa”, diz o brasileiro. “Depois de ver tantas baterias com notas altas, eu achei que seria a mesma coisa na nossa, só que não foi bem assim. Mas, fico feliz por ter pegado as melhores ondas e ter avançado para as quartas”.

O próximo adversário do brasileiro no MEO Vissla Pro Ericeira é Imaikalani deVault, havaiano dono das maiores marcas da etapa até o momento. Nesta sexta-feira ele voltou a marcar uma nota no critério excelente e eliminou o surfista de Barbados Josh Burke.

Derrotas brasileiras – O dia começou com quatro brasileiros vivos na categoria masculina do MEO Vissla Pro Ericeira. A segunda bateria das oitavas começou logo pela manhã em Portugal, mas foi paralisada perto da metade após a névoa ficar muito densa e prejudicar a visibilidade.

João Chianca vencia a disputa até a aquele momento, com as notas 6.67 e 4.60 pontos. Jordan precisava de 5.45. O evento ficou paralisado por aproximadamente cinco horas. Como as condições mudaram, a bateria recomeçou do zero.

Jordan Lawler achou ondas mais limpas e com mais parede para vencer João. Com nove minuto de bateria, o australiano fez quatro manobras, a última na junção, e recebeu 9.00 pontos. João não se abateu e, após errar na escolha de uma direita, pegou uma menor, mas que teve momentos em pé. Ele foi para o ataque com duas rasgadas e uma batida na junção que valeram 8.50 e a liderança.

João Chianca é eliminado em Portugal.

Jordan passou a necessitar de 4.60 pontos e alguns minutos depois pegou uma direita limpa da série. O aussie fez a onda até o inside e reassumiu a liderança com 7.57. Em seguida João tentou os 8.08 que precisava. O brasileiro fez a onda inteira, mas nenhum dos cinco juízes deu a virada (7.40) e ele se despediu da etapa em 9º lugar.

A disputa seguinte teve um Nat Young em sintonia com o mar, e um Thiago Camarão pecando na escolha das direitas. O norte-americano atacou ondas grandes e com parede para vencer com duas notas na casa dos nove pontos. A primeira foi conquistada com duas pancadas que valeram 9.63 pontos. E a segunda teve três batidas, além de uma rasgada, e valeu 9.67. Thiago perdeu pelo placar de 19.30 a 12.00.

Thiago Camarão não acha ondas com parede em pé e se despede da competição.

A terceira derrota brasileira no dia foi com Samuel Pupo. O detentor do título da etapa começou forte com 7.00 pontos, porém Dylan Moffat não se abateu. O australiano entrou no jogo após duas ondas fracas, aos 12 minutos de bateria. Ele fez algumas curvas em partes não tão fortes da onda, mas fechou a apresentação com duas batidas fortes. A performance valeu 7.40 e a liderança.

Samuel passou a necessitar de 3.68 pontos para voltar ao topo. E ele conseguiu. O brasileiro remou embaixo de uma onda espumada, dropou, fez algumas rasgadas e recebeu 6.33.

Dylan passou a precisar de 5.93 pontos e surfou quando restavam sete minutos para o fim. Assim como o brasileiro, ele não fez manobras de impacto, mas executou algumas curvas até o inside e virou com 6.00.

Samuel Pupo começa bem a bateria, mas perde e está fora do MEO Vissla Pro Ericeira.

Semi já definida – A sexta-feira terminou com as duas baterias iniciais das quartas de final. Na primeira, Ezekiel Lau achou uma boa onda, fez um ataque feroz nas partes críticas e anotou 8.93 na melhora apresentação. O havaiano venceu o australiano Jordan Lawler pelo placar de 15.93 a 8.00 pontos.

Nat Young voltou a castigar as ondas com seu vertical ataque de backside. O norte-americano, assim como nas oitavas, marcou duas notas na casa dos nove pontos (9.23 e 9.00) e despachou Carlos Muñoz. O costa-riquenho foi eliminado, mas também surfou muito bem e se despediu do MEO Vissla Pro Ericeira com duas notas no critério excelente (9.23 e 8.33).

“Hoje as ondas estão bem grandes, então num dia assim, é obvio que os juízes querem ver manobras grandes também. Foi isso que eu quis mostrar”, fala Nat. “Eu só queria ir nas maiores da série. Tivemos uma paralisação por causa da neblina e, nesse tempo, a maré mudou e as ondas aumentaram também, então optei pegar uma prancha maior, uma 6’1″ step-up. Tem muita correnteza e força lá fora, bem parecido com Sunset ou Haleiwa (no Havaí), com paredes grandes, então a prancha maior dá mais estabilidade”.

Nat Young foi o cara nesta sexta-feira.

Vagas para o CT 2022 – O WSL Challenger Series vai completar a elite que disputará os títulos mundiais no World Surf League Championship Tour 2022, classificando 12 surfistas para a categoria masculina e seis para a feminina. Serão quatro etapas e os rankings irão computar três resultados, com um deles podendo ser a maior pontuação obtida nas etapas do WSL Qualifying Series 2020 disputadas até o mês de março, antes do Circuito Mundial ser cancelado por causa da pandemia do Covid-19.

O US Open of Surfing abriu a batalha pelas vagas para o CT semana passada na Califórnia. Agora, tem o MEO Vissla Pro Ericeira, que vai até o próximo domingo em Ribeira D´Ilhas, Portugal, depois o Pro France de 16 a 24 também de outubro em Hossegor, França, com o Haleiwa Challenger fechando o WSL Challenger Series 2021 de 26 de novembro a 7 de dezembro em Haleiwa Beach, no Havaí.

Próxima chamada – A próxima chamada para o MEO Vissla Pro Ericeira acontece neste sábado (9), às 4h (de Brasília)

Assista às disputas ao vivo aqui no Waves.

Pro Ericeira

Oitavas de final Masculinas
2º=9º lugar ($ 2.750 e 3.500 pts)

1 Ezekiel Lau (HAV) 15.80 x 15.06 Lucca Mesinas (PER)

2 Jordan Lawler (AUS) 16.57 x 15.90 João Chianca (BRA)

3 Nat Young (EUA) 19.30 x 12.00 Thiago Camarão (BRA)

4 Carlos Muñoz (CRI) 16.33 x 13.43 Hiroto Ohhara (JPN)

5 Jackson Baker (AUS) 13.37 x 12.60 Cole Houshmand (EUA)

6 Dylan Moffat (AUS) 13.40 x 13.33 Samuel Pupo (BRA)

7 Alejo Muniz (BRA) 13.44 x 12.44 Callum Robson (AUS)

8 Imaikalani deVault (HAV) 13.00 x 5.17 Josh Burke (BRB)

Quartas de final
2º=5º lugar ($ 3.500 e 5.000 pts)

1 Ezekiel Lau (HAV) 15.93 x 8.00 Jordan Lawler (AUS)

2 Nat Young (EUA) 18.23 x 17.56 Carlos Muñoz (CRI)

3 Jackson Baker (AUS) x Dylan Moffat (AUS)

4 Alejo Muniz (BRA) x Imaikalani deVault (HAV)

Semifinais
2º=3º lugar ($ 5.000 e 6.500 pts)

Bateria já formada

1 Ezekiel Lau (HAV) x Nat Young (EUA)

Quartas de final Femininas
2ª=5º lugar (US$ 3.500 e 5.000 pts)

1 Silvana Lima (BRA) x Pauline Ado (FRA)

2 Shino Matsuda (JPN) x Gabriela Bryan (HAV)

3 Brisa Hennessy (CRI) x Ariane Ochoa (ESP)

4 Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Luana Silva (HAV)