O norte-americano Kelly Slater ainda briga por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Mas, em recente entrevista ao jornalista Graham Bensinger, ele revelou uma preocupação com os níveis de radiação em Fukushima após o desastre nuclear de 2011 na cidade do litoral japonês.
Na ocasião, um terremoto de 9.0 na escala Richter, seguido por um tsunami com ondas maiores de 5 metros, devastou Honshu, a principal ilha japonesa.
O pior ocorreu na cidade de Fukushima, onde quatro dos seis reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi superaqueceram-se e provocaram explosões radioativas – tornando a região praticamente inabitável. Mais de 16 mil pessoas morreram.
Oito anos depois do acidente, a radiação continua vazando para o Pacífico. Por dia são mais de 300 toneladas que escapam para o mar. Não se sabe quando ela cessará, uma vez que é impossível chegar próximo aos reatores justamente em razão da radiação e calor.
Em 2018, um especialista em direitos humanos da ONU pediu que o governo japonês interrompesse a realocação de pessoas, principalmente crianças e mulheres, em áreas de Fukushima onde os níveis de radiação permanecem mais altos do que o considerado seguro ou saudável.
Kelly Slater também não acredita que os índices de radiação no mar da região estejam 100% normalizados. “É uma realidade. Os índices de câncer no país decolaram e eles não estão falando isso para as pessoas. Alguns amigos meus me disseram que se mudaram por causa disso”, afirma o 11 vezes campeão mundial.
Kelly ainda criticou a prática de captura e abate de golfinhos na enseada de Taiji. Anualmente, o governo da província de Wakayama permite a caça de milhares de golfinhos em sua costa. A maior parte é morta para a obtenção de carne, mas outra é capturada e vendida para aquários ao redor do mundo.
Confira a entrevista na íntegra acima.