ISA x COI

Avança construção de torre

Comitê Olímpico Internacional aposta na construção de nova torre de juízes em Teahupoo e minimiza sugestões e protestos de ambientalistas.

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Palanque em Teahupoo, no Taiti, é alvo de polêmica envolvendo ISA e COI.

Depois de várias semanas de protestos por parte de surfistas, ativistas ambientais e população local de Teahupoo, Taiti, o Comitê Olímpico Internacional optou pela construção de uma nova torre de juízes para a realização dos Jogos Olímpicos de 2024, alegando que a torre já existente não cumpre os requisitos de segurança do evento.

Segundo o site SurfTotal, esta decisão vai contra argumentos de que a construção destruirá o recife e colocará em risco o ecossistema e a subsistência locais.

Tomada a decisão de avançar com a construção, depois de uma breve pausa quando um teste realizado danificou parte do reef, a ISA (International Surfing Association), no último dia 9 de dezembro, emitiu um comunicado sendo contra os planos do Comitê Olímpico.

A organização relata que: “enviou uma proposta ao governo da Polinésia Francesa e aos organizadores dos Jogos Olímpicos Paris 2024 para realizar a prova em Teahupoo sem construir uma nova torre de alumínio no recife”.

A proposta incluía o julgamento remoto, com imagens ao vivo capturadas por terra, água e drones. A ISA afirma que está disponível para colaborar com todas as partes interessadas no que for melhor para o esporte, o meio ambiente e a comunidade local.

A proposta da ISA é composta por duas opções, que estariam “sujeitas a uma análise detalhada adicional de viabilidade pelos diferentes intervenientes envolvidos”. A primeira opção colocaria os juízes em terra, com uma plataforma para as câmeras reduzida no recife. A segunda opção seria colocar as câmeras também em terra, no topo ou muito próximas à torre de juízes.

No entanto, Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024, rejeitou a oferta, assim como o líder polinésio Moetai Brotherson.

“Respeitamos a decisão quase unânime tomada localmente de continuar com o lançamento das obras”, diz Estanguet.

Ele explicou que a opção oferecida pela ISA foi estudada, mas considerada insuficiente. “Foi considerado inviável em diversas frentes”, diz. “No aspecto técnico, em termos de captura das imagens, mas também em relação à segurança, isso levantaria muitas questões”.

Etienne Thobois, diretor-geral de Paris 2024, relata ser urgente iniciar os trabalhos. O presidente da Polinésia, Brotherson, explica ainda que o trabalho de construção da nova torre de alumínio deve ser concluído até 13 de maio, a tempo para o evento do CT 2024, visto como um ensaio geral para as Olimpíadas.

“Cinco meses antes dos eventos-teste, oito meses antes dos Jogos propriamente ditos, é imperativo que demos um passo em frente”, explica.

A questão deixou os ambientalistas em pé de guerra e uma petição online contra o projeto teve mais de 228 mil assinaturas.

Fonte SurfTotal

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