O portal Esportelândia publicou uma matéria na última terça-feira (8) sobre um rumor que paira sobre as Olimpíadas. De acordo com o texto, a entrada de piscina de ondas nos Jogos ganhou grande repercussão depois da última edição, Paris 2024. A competição de surfe rolou em Teahupoo, Taiti. A falta de ondas no último dia do torneio olímpico acabou contribuindo para a discussão.
Gabriel Medina foi o grande prejudicado, já que acabou sendo derrotado na semifinal da competição após ficar esperando por ondas durante praticamente toda a bateria.
Ainda de acordo com Esportelândia, a piscina de ondas em Palm Springs, Califórnia (EUA), aparece como favorita para LA 2028. O debate cresceu após Gabriel Medina, Filipe Toledo e Kelly Slater se colocarem a favor da piscina de ondas nos Jogos. Segundo o site Beach Grit, a piscina de ondas em Palm Springs é um dos locais favoritos para receber os Jogos Olímpicos de Los Angeles. Na corrida com Trestles, local que foi casa no WSL Finals nas últimas quatro temporadas, Palm Springs vem ganhando força por conta de interesses televisivos, segundo o site.
Outra informação divulgada pelo Beach Grit é que o pico de Huntington Beach já está descartado.
Piscina de ondas na Olimpíada é a solução?
Apesar de muitos pedirem por uma piscina de ondas na Olimpíada, também existem atletas que torcem para o evento seguir ocorrendo no oceano, esse é o caso da brasileira Tatiana Weston-Webb. “Eu gosto de estar na água conectada com Deus. Se é no seu tempo, vai acontecer. Não é sempre justo, mas é muito mais legal assistir um evento dentro do mar, no oceano, em um lugar de paz. É sobre essa conexão. Acho que isso é importante, ver a quantidade de pessoas que preferem ver um campeonato dentro do oceano em vez de uma piscina. Claro que vai ficar muito justo, todo mundo tendo sua oportunidade, surfando na piscina. Eu acho legal surfar na piscina, mas minha preferência vai ser sempre de entrar no mar, dar aquele banho de água salgada e esperar pela onda dos sonhos”, diz.
Outro surfista que se manifestou contra foi o australiano Jack Robinson. “Pessoalmente, se um país anfitrião tem ondas, deixe-o usá-las. Os Estados Unidos têm ondas no Havaí e na Califórnia. Algumas pessoas podem preferir uma piscina de ondas porque é adequada para o seu surfe. Para mim, compreender o oceano é uma parte importante do surfe competitivo. É uma grande habilidade que não existe mais em uma piscina de ondas”, comenta Jack Robinson para o jornal australiano Sydney Morning Herald.
Kelly Slater, Filipe Toledo e Gabriel Medina se mostraram favoráveis à piscina de ondas na Olimpíada. “As pessoas me perguntam se deveríamos fazer isso em Lowers, Huntington, Malibu… E eu digo: vamos fazer isso em uma piscina de ondas. Qual é a maneira mais justa de mostrar o surf de todos? Eles podem não completar as melhores ondas, mas podem fazer as melhores manobras e você ainda vencerá”, declara Slater.
Medina e Toledo também destacaram que a justiça da piscina de ondas seria vital para os Jogos Olímpicos. “Acho que a piscina de ondas seria mais justo porque daria oportunidade de todo mundo mostrar o melhor. Em termos de performance, acho que o melhor vence na piscina”, diz Medina.
“Eu amo o mar, e não acho que nada supera a natureza. Mas se tratando de olimpíadas, acho que seria a forma mais justa. Todo mundo teria chance o suficiente pra colocar o melhor de si na onda. Vamos ser sinceros, se o mar continuasse como foi no round 3, o Gabriel ia papar o ouro e a gente sabe disso. A piscina proporciona essa condição do começo ao fim, e no final das contas quem vence é realmente o melhor surfista!”, escreve Filipe em comentário no Instagram.
Confira o vídeo sobre a onda de Palm Springs, Califórnia (EUA). Basta clicar no player acima.
Assista mais vídeos no canal Beefs T.V.
Fonte Esportelândia