O OnBongo Paúba Super Tubos 2022 aconteceu com condições extremas em Paúba, Litoral Norte de São Paulo, no último domingo (12). As ondas quebraram em torno de dois metros, com condições bem desafiadoras. Caio Costa e Yasmin Neves, ambos de São Sebastião, foram os campeões da categoria Open Masculino e Feminino.
Mesmo com muito frio, um grande público prestigiou a quinta edição do evento. Surfistas mostraram coragem e atitude para droparem bombas pesadas em um mar mexido e balançado.
Para conquistar o bicampeonato, Caio (campeão de 2020) teve que surfar muito para repetir o feito. Superou tube riders de peso, como é o caso de outro sebastianense, Eric Bahia, que alternou a liderança da bateria final. Eric terminou o evento como vice-campeão e pegou a melhor onda do evento, um tubaço pra direita que valeu 8,33. Sua primeira nota alta tinha sido um 8,00, nas semifinais. As duas foras as maiores notas do evento.
A maior somatória do campeonato ficou para Caio Costa na final. Ele pegou dois bons tubos, um pra direita e outro para a esquerda, totalizando 13,40 contra 13,06 de Eric. Fernando Junior ficou com a terceira colocação (10,94).
“As ondas estavam muito difíceis, os tubos demoraram para aparecer mas consegui encaixar alguns e vencer mais uma vez este campeonato, que a cada ano ganha mais adeptos e respeito no Brasil. Só tenho a agradecer o meu irmão, João Pedro, um dos responsáveis pela realização do Paúba Super Tubos e a todos os envolvidos”, comentou Caio Costa.
Completaram a final, Deivid Silva, que busca retornar para o CT já em 2023, abrilhantou o evento com a sua estreia no Paúba Super Tubos, ao lado de Marcelo Trekinho, tube rider consagrado do Rio de Janeiro. Ambos finalizaram em quarto e quinto lugares, respectivamente. E, por fim, em sexto lugar ficou o jovem de apenas 15 anos, Matheus Neves, outro sebastianense, e atual líder do ranking paulista na Sub 18. “É sempre um aprendizado competir com atletas que admiro”, ressalta Matheus.
Para o carioca Marcelo Trekinho, o Brasil é um país que tem potencial para ondas grandes. “Venho para o Litoral Norte de São Paulo desde os meus 14 anos, conheço o potencial dessas ondas. Viajo pelo mundo e o Brasil tem muito potencial e surfistas bons em ondas grandes e pesadas. Campeonato deste nível e do Maresias Shootout têm que acontecer mais vezes. Parabéns a todos os envolvidos, um especial ao João”, destaca Trekinho.
Na categoria feminina, Yasmin Neves, de Camburi, São Sebastião, que já defendia o título de maior onda surfada da edição anterior (2021), mostrou atitude, humildade e coragem para sagrar-se campeã no Open Feminino. Das seis competidoras escaladas para disputarem as finais, apenas quatro tiveram coragem de encarar as ondas de Paúba no último domingo. Yasmin foi a última a entrar no mar e ao dropar sua segunda onda, uma direita gigante, conseguiu a nota da virada para assumir a bateria e se manter até o final.
A santista Gabi Vacari também conseguiu bons resultados para finalizar na segunda colocação. Luana Reis, de Maresias, terminou em terceiro lugar e a ubatubense Kyani Cristina, que se arriscou nas maiores bombas da Paúba, mas não completou nenhuma, saiu aplaudida pelo público pela atitude, e completou o pódio com a quarta colocação.
“Eu estou muito feliz com este título. Mas quero registrar que todas as meninas merecem respeito. O mar estava muito difícil, para mim todas saíram campeãs deste evento”, comenta Yasmin Neves, que surfou as duas última edições do evento com uma prancha que o seu pai Zé Paulo, atual presidente da SPSurf, ganhou de presente do tricampeão mundial de surf Gabriel Medina, na Califórnia, em 2014, mesmo ano de conquista do seu primeiro título. “Essa prancha é especial, me trouxe sorte todas as vezes que competi aqui em Paúba. Ela veio treinada pelo tricampeão mundial”, finaliza.
As meninas do Bodyboard também mostraram muita coragem nas ondas desafiadoras de Paúba e a vicentina Barbara Lima levou o título de campeã em 2022. Paola Valle, de Camburi, foi a vice-campeã e Ana Rosa Andrade, terminou com a terceira colocação.
No Bodyboard Masculino, o atleta de Mongaguá, Eduardo Barros venceu a 5ª edição do Paúba Super Tubos 2022, deixando o atual campeão paulista da modalidade e vencedor da última edição do evento, o guarujaense Bruno Rocha, em segundo lugar. Este é o terceiro título de vice de Bruno. Renato Tamassato finalizou em terceiro lugar e Paulo Fleury na quarta colocação.
A modalidade Bodysurf foi um show a parte. Seis finalistas encararam as ondas pesadas da Paúba literalmente no peito. E o atleta Breno Diniz foi o campeão. Léo Moura, dono de um dos principais títulos do Bodysurf do mundo, ficou com a segunda colocação. Vitor Figueiredo terminou em terceiro lugar. A quarta posição ficou para Marcelo Cabelo. Breno Ricardo e Matheus Franca finalizaram em quinto e sexto lugares, respectivamente.
“O evento foi um sucesso, o staff técnico foi impecável, arbitragem. O público prestigiou. As ondas estavam grandes e os tubos apareceram na grande final da Open, o que deixou a bateria muito mais emocionante. Foi show em todos os sentidos. Agora, é começar os trabalhos para o próximo evento”, disse João Pedro Costa, um dos idealizadores do campeonato, que sempre trabalha ao lado de sua esposa Fernanda Ribeiro desde a primeira edição.
Para o presidente da Federação de Surf do Estado de São Paulo, Zé Paulo, o Paúba Super Tubos tem grande potencial. “É um evento que exige do surfista toda a técnica adquirida. Este evento aumenta o potencial dos atletas. Não é para qualquer um e para chegar nele o surfista tem que treinar, se dedicar. É um evento que pode contar com todo o apoio da Federação. Estamos de portas abertas para as próximas edições”, informa Zé Paulo.
Esta edição do Paúba Super Tubos 2022 contou com o patrocínio da OnBongo e apoios da Ativa House, Ohana Açaí, Moosse, SORRIX, Sup Valezin, Pico do Paúba, Barraca do Anderson, Cerveja Corona, Gênesis, Leme Construções, Zé do Coco, HuiHuê, Amo Paúba, Restaurante Terral e Stickeria Santista. Colaboração da Prefeitura de São Sebastião por meio da Secretaria de Esportes, Federação de Surf do Estado de São Paulo (SPSurf) e Associação de Surf de São Sebastião (ASSS).