Depois de muita polêmica, a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) voltou atrás e decidiu abrir seu circuito brasileiro profissional.
Em comunicado enviado na tarde desta sexta-feira, o presidente Adalvo Argolo alegou que, “depois de consultar as federações filiadas, e em respeito à manifestação dos atletas, a Confederação Brasileira de Surf comunica que o CBSurf Pro Tour será aberto em 2020”.
Desde que anunciou a mudança no formato, em janeiro deste ano – sem que os atletas soubessem com antecedência – a entidade voltou a virar alvo de muita polêmica, gerando protesto de muitos surfistas que ficaram fora da lista de classificados e convidados.
Os atletas ganharam o apoio de outros competidores e personalidades do esporte, como Raoni Monteiro e Picuruta Salazar. Algumas federações também se manifestaram, como as de Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Esta última, inclusive, divulgou que não aceitaria receber a etapa de abertura do CBSurf Pro Tour caso o formato não fosse modificado e outras exigências fossem atendidas.
A onda de protestos contou também com uma petição pedindo o afastamento de Adalvo Argolo da presidência da Confederação Brasileira de Surf, encabeçada pelo grupo intitulado #SurfeLivre. No momento, a petição conta com 2.052 assinaturas.
Na página da petição, o #SurfeLivre fez uma série de críticas à atual gestão da Confederação Brasileira de Surf. O movimento foi iniciado no fim de 2018, depois que a equipe brasileira ficou fora do ISA Games no Japão, e voltou a se intensificar quando a diretoria da entidade anunciou o fechamento do seu circuito brasileiro profissional a poucos meses do início da temporada.
Com o formato original de volta, a Confederação ainda deve divulgar os critérios de classificação para 2021. Até o momento, a entidade também não informou se haverá alguma mudança no calendário.