Layback Floripa Pro

José e Daniella vencem na Joaca

José Francisco e peruana Daniella Rosas levantam troféu do Layback Floripa Pro, primeira etapa do circuito catarinense profissional, na Praia da Joaquina, Florianópolis (SC).

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O bicampeão catarinense José Francisco e a peruana Daniella Rosas conquistaram os títulos do Floripa Pro 2025 apresentado pela Layback e Prefeitura de Florianópolis na Praia da Joaquina, Florianópolis (SC).

Na final, o paraibano que há muitos anos mora na Ilha de Santa Catarina, derrotou dois campeões sul-americanos, Mateus Herdy que ficou em segundo lugar e Lucas Vicente em quarto, além do Matheus Navarro em terceiro. Já a Daniella ganhou de três catarinenses e Tainá Hinckel largou na frente na busca pelo tetracampeonato estadual nos últimos segundos, deixando Isabelle Nalu em terceiro lugar e Kiany Hyakutake em quarto. A terça-feira foi mais um dia de boas ondas na Praia da Joaquina, para fechar quase uma semana completa de show de surfe em um dos principais palcos do esporte no Brasil.

A última decisão do Floripa Pro, envolveu três surfistas que vão representar o país no Challenger Series, circuito de acesso para a elite do World Surf League Championship Tour (CT). A lista dos 7 indicados pela WSL South America foi definida no domingo, com Lucas Vicente festejando o título de campeão sul-americano de 2024/2025, repetindo o feito do outro local da Joaca, Mateus Herdy, na temporada 2023/2024. Lucas e o Fininho, como José Francisco é conhecido, se classificaram pela primeira vez e já se preparam para estrear no Challenger Series, em junho em Newcastle, na Austrália. O paraibano usou os aéreos nas esquerdas da Joaca, para superar Mateus Herdy por 13,20 a 13,00 pontos. Matheus Navarro terminou em terceiro lugar com 12,80 e Lucas Vicente ficou em quarto com 11,73 pontos.

“Com certeza, o aéreo é a manobra que eu sempre treino, ainda mais com o ventinho Sul, ficou bom para voar”, diz o campeão, José Francisco. “E a bateria era animal, alto nível, então tinha que ir pra cima. Fiz o que precisava fazer, sem muito segredo e só deixei na mão de Deus mesmo. Fiz a minha parte e deu tudo certo. O nível desse campeonato foi muito alto, então é máximo respeito aos que já foram lá no Challenger Series e a minha hora chegou também, então vou dar meu máximo. Quero aproveitar esse momento para evoluir mais o meu surfe, estou sempre aberto a aprender, então é só coisas boas que vêm por aí”.

José Francisco é um dos muitos surfistas de grande potencial, que estão sem um patrocinador principal. O prêmio máximo de 5.000 reais pela vitória no Floripa Pro, certamente foi importante para ajudar no alto custo da viagem para a Austrália: “Nossa, veio na hora certa. Eu não tenho patrocínio de bico (da prancha) e vivo praticamente de premiações dos campeonatos. Então, vencer ainda, é muito especial, vai ajudar muito”. Fininho também pode igualar um feito de mais de 40 anos atrás, do florianopolitano David Husadel, que em 1984 se tornou único surfista a conquistar três títulos de campeão catarinense profissional. José Francisco foi bicampeão em 2022 e 2023 e largou na frente no ranking de 2025.

Peruana campeã – A decisão feminina do Floripa Pro apresentado pela Layback e Prefeitura de Florianópolis, também foi vencida por uma surfista que vai disputar o Challenger Series esse ano, a tricampeã sul-americana da WSL, Daniella Rosas. A peruana está fazendo um ano incrível, chegando nas finais dos quatro campeonatos que competiu em 2025. Começou com o bicampeonato em casa no QS 1000 de Señoritas no Peru, depois ganhou o WSL Taíba Pro no Ceará e foi vice-campeã no domingo, na final do WSL Layback Pro com Laura Raupp, recém-coroada campeã sul-americana da temporada 2024/2025.

“Na verdade, as condições ficaram muito difíceis hoje, mas estou muito feliz pela vitória”, fala Daniella Rosas. “No domingo eu perdi para a Laura (Raupp), acho que fiquei um pouco desconcentrada, não me encontrei na final. Mas agora consegui ser melhor, me sinto bem, surfando bem e fazer quatro finais me deixa muito feliz. Mesmo assim, é seguir treinando como sempre, foram quatro finais surfando de backside em esquerdas praticamente, então tenho que treinar bastante o frontside, que está meio feio (risos)”.

Líder do ranking – A vitória da peruana comprovou o alto nível desta etapa de abertura do Circuito Catarinense Profissional. Surfistas do Peru, Argentina, Chile, Venezuela e Colômbia, competiram no Floripa Pro. Com Daniella Rosas dominando a decisão desde o início, com seu ataque fatal de backside nas esquerdas da Joaquina, a disputa para as outras finalistas, ficou pelo vice-campeonato, que valia a liderança no primeiro ranking estadual da Fecasurf em 2025.

Kiany Hyakutake, que fez bons resultados no WSL Taíba Pro, terceiro lugar no QS 1000 e vice-campeã na final Pro Junior com Laura Raupp no Ceará, começou em segundo lugar. Depois, Isabelle Nalu passou a frente, mas nos últimos segundos, a surfista olímpica Tainá Hinckel, achou uma esquerda abrindo a parede para mandar dois ataques potentes de backside, que valeram nota 7,00. Com ela, a tricampeã catarinense de 2021/2022/2023 e campeã sul-americana da WSL na temporada 2023/2024, saltou do último para o segundo lugar e largou na frente na corrida pelo tetracampeonato.

“Estou muito feliz de, pelo menos, ter conseguido pegar aquela onda no final. Confesso que foi bem agoniante, porque não tive muitas oportunidades na bateria”, conta Tainá Hinckel. “Eu fiquei esperando pra ver se achava a onda certa e, realmente, não vinha nada. Pelo menos, fico feliz porque eu fiquei lá tentando, fazendo tudo o que estava ao meu alcance e não fluiu, não veio a vitória. Mas, estou feliz com minha performance, com meu surfe e é isso, bora pra próxima”.

Novos campeões catarinenses – Como a campeã catarinense do ano passado, Maria Autuori, está viajando e não pôde competir no Floripa Pro, Tainá Hinckel recebeu o seu troféu no pódio. Ambas são da Guarda do Embaú, então o título ficou em casa, mesmo com a amiga quebrando uma invencibilidade da Tainá, que vinha sendo campeã desde que a Fecasurf incluiu a categoria feminina no Circuito Catarinense Profissional em 2021. Já o título masculino vem coroando campeões desde 1980, é o circuito estadual mais antigo do país e o jovem surfista da Praia do Matadeiro, Lucas Haag, recebeu o seu primeiro troféu.

O Floripa Pro apresentado pela Layback e pela Prefeitura de Florianópolis, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, foi uma realização da Federação Catarinense de Surf e da Associação de Surf da Joaquina (ASJ). O Circuito Catarinense Profissional é o mais rico do Brasil, oferecendo R$ 50.000 para as categorias masculina e feminina e com igualdade na premiação. A vitória valeu os mesmos R$ 5.000 para o campeão José Francisco e para a campeã Daniella Rosas, sendo assim também para as outras colocações que recebem prêmios em dinheiro no campeonato.

Resultados

Decisão do título Feminino

Campeã: Daniella Rosas (PER) por 13,50 pts (7,67+5,83) – R$ 5.000 e 5.000 pts

2 Tainá Hinckel (SC) com 11,27 pts (7,00+4,27) – R$ 4.000 e 4.000 pts

3 Isabelle Nalu (SC) com 9,00 (6,17+2,83) – R$ 3.000 e 3.250 pts

4 Kiany Hyakutake (SC) com 7,93 (4,30+3,63) – R$ 2.500 e 3.000 pts

Seminifinais Feminino – 3.a=5.o lugar (R$ 2.125 e 2.550 pts) e 4.a=7.o lugar (R$ 1.625 e 2.250 pts)

1.a: 1 Kiany Hyakutake (SC), 2 Isabelle Nalu (SC), 3 Valentina Zanoni (SC), 4 Potira Castaman (BA)

2.a: 1 Daniella Rosas (PER), 2 Tainá Hinckel (SC), 3 Camila Sanday (PER), 4 Yanca Costa (CE)

Quartas de final Feminino – 3.a=9.o lugar com 1.800 pts e 4.a=13.o lugar com 1.700 pts

1.a: 1 Potira Castaman (BA), 2 Camila Sanday (PER), 3 Kyara Antunes (SC), 4 Ane Leite (SC)

2.a: 1 Tainá Hinckel (SC), 2 Valentina Zanoni (SC), 3 Kauanny de Souza (SC), 4 Kalea Gervasi (PER)

3.a: 1 Kiany Hyakutake (SC), 2 Yanca Costa (CE), 3 Laura Raupp (SC), 4 Kaylane Antunes (SC)

4.a: 1 Daniella Rosas (PER), 2 Isabelle Nalu (SC), 3 Alma Corgiolu (ARG), 4 Luiza Rosa Teixeira (SC)

Decisão do título Masculino

Campeão: José Francisco (PB) por 13,20 pts (6,63+6,57) – R$ 5.000 e 5.000 pts

2 Mateus Herdy (SC) com 13,00 pts (7,00+6,00) – R$ 4.000 e 4.000 pts

3 Matheus Navarro (SC) com 12,80 (6,50+6,30) – R$ 3.000 e 3.250 pts

4 Lucas Vicente (SC) com 11,73 pts (6,70+5,03) – R$ 2.500 e 3.000 pts

Semifinais Masculino – 3.o=5.o lugar (R$ 2.125 e 2.550 pts) e 4.o=7.o lugar (R$ 1.625 e 2.250 pts)

1.a: 1 José Francisco (PB), 2 Lucas Vicente (SC), 3 Wesley Leite (SP), 4 Leo Casal (SC)

2.a: 1 Mateus Herdy (SC), 2 Matheus Navarro (SC), 3 Lucas Silveira (RJ), 4 Luan Wood (SC)

Quartas de final Masculino – 3.o=9.o lugar (R$ 1.000 e 1.800 pts) e 4.o=13.o lugar (R$ 500 e 1.700 pts)

1.a: 1 Wesley Leite (SP), 2 Luan Wood (SC), 3 Santiago Muniz (SC), 4 Caetano Vargas (SC)

2.a: 1 Mateus Herdy (SC), 2 Lucas Vicente (SC), 3 Ramiro Rubim (SC), 4 Lucas Haag (SC)

3.a: 1 Leo Casal (SC), 2 Matheus Navarro (SC), 3 Francisco Bellorin (VEN), 4 Gustavo  Ramos (SC)

4.a: 1 Lucas Silveira (SC), 2 José Francisco (PB), 3 Franco Radziunas (ARG), 4 Luiz Mendes (SC)

Terceira fase Masculino – 3.o=17.o lugar com 1.100 pts e 4.o=25.o lugar com 900 pts

1.a: 1 Wesley Leite (SP), 2 Lucas Haag (SC), 3 Jeff Tocco (SC), 4 Diego Rosa (SC)

2.a: 1 Lucas Vicente (SC), 2 Caetano Vargas (SC), 3 Derek Adriano (SC), 4 Reimundo Berry (CHI)

3.a: 1 Luan Wood (SC), 2 Ramiro Rubim (SC), 3 Caio Costa (SP), 4 Fabricio Rocha (RN)

4.a: 1 Mateus Herdy (SC), 2 Santiago Muniz (SC), 3 Gabriel Junior (SC), 4 Walley Guimarães (SC)

5.a: 1 Gustavo Ramos (SC), 2 Lucas Silveira (RJ), 3 Wiggolly Dantas (SP), 4 Glauciano Rodrigues (CE)

6.a: 1-Franco Radziunas (ARG), 2-Leo Casal (SC), 3-João Godoy (SC), w.o-Hedieferson Junior (SC)

7.a: 1 Matheus Navarro (SC), 2 Luiz Mendes (SC), 3 Takeshi Oyama (SC), 4 Valentin Neves (RJ)

8.a: 1 José Francisco (SC), 2 Francisco Bellorin (VEN), 3 Yuri Gabryel (SC), 4 Luy Arman (RS)

Ranking Catarinense Profinssional da Fecasurf

Top 10 Masculino

1 José Francisco (PB) – 5.000 pontos

2 Mateus Herdy (SC) – 4.000

3 Matheus Navarro (SC) – 3.250

4 Lucas Vicente (SC) – 3.000

5 Lucas Silveira (RJ) – 2.550

6 Luan Wood (SC) – 2.250

6 Leo Casal (SC) – 2.250

8 Santiago Muniz (SC) – 1.800

8 Ramiro Rubim (SC) – 1.800

10 Lucas Haag (SC) – 1.700

10 Caetano Vargas (SC) – 1.700

10 Luiz Mendes (SC) – 1.700

10 Gustavo Ramos (SC) – 1.700

Top 10 Feminino

1 Tainá Hinckel (SC) – 4.000 pontos

2 Isabelle Nalu (SC) – 3.250

3 Kiany Hyakutake (SC) – 3.000

4 Valentina Zanoni (SC) – 2.550

5 Potira Castaman (BA) – 2.250

6 Laura Raupp (SC) – 1.800

6 Kyara Antunes (SC) – 1.800

6 Kauanny de Souza (SC) – 1.800

6 Alma Corgiolu (ARG) – 1.800

10 Ane Leite (SC) – 1.700

10 Kaylane Antunes (SC) – 1.700

10 Luiza Rosa Teixeira (SC) – 1.700

Campeões catarinenses desde 1980

2024: Lucas Haag (SC) e Maria Autuori (SC)

2023: José Francisco (PB) bicampeão e Tainá Hinckel (SC) tricampeã

2022: José Francisco (PB) e Tainá Hinckel (SC) bicampeã

2021: Mateus Herdy (SC) e Tainá Hinckel (SC)

2020: Ian Gouveia (PE) em 1 etapa virtual pela internet

2019: Luan Wood (SC)

2018: Uriel Sposaro (SC)

2017: Caetano Vargas (SC) bicampeão

2016: Caetano Vargas (SC)

2015: André Moi (SC)

2014: Marco Giorgi (URU)

2013: Tomas Hermes (SC) bicampeão

2012: Yuri Gonçalves (SC)

2011: Tiago Bianchini (SC)

2010: Tomas Hermes (SC)

2009: Tânio Barreto (AL)

2008: Marco Polo (SC) bicampeão

2007: Marco Polo (SC)

2006: Diego Rosa (SC) bicampeão

2005: Jean da Silva (SC)

2004: Diego Rosa (SC)

2003: Raphael Becker (SC)

2002: Neco Padaratz (SC)

2001: Fabio Carvalho (SC) bicampeão

2000: James Santos (SC) bicampeão

1999: Guga Arruda (SC) bicampeão

1998: Teco Padaratz (SC)

1997: Luli Pereira (SC)

1996: James Santos (SC)

1995: Guga Arruda (SC)

1994: Junior Maciel (SC)

1993: Fabio Carvalho (SC)

1992: Carlos Santos (SC)

1991: não houve circuito

1990: Saulo Lyra (SC)

1989: Ivan Junkes (SC) bicampeão

1988: Icaro Cavalheiro (SC)

1987: Ivan Junkes (SC)

1986: Luiz Neguinho (SC)

1985: Waldemar “Bilo” Wetter (SC)

1984: David Husadel (SC) tricampeão

1983: David Husadel (SC) bicampeão

1982: Picuruta Salazar (SP)

1981: David Husadel (SC)

1980: Roberto Lima (SC)

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