O big rider Lucas Chumbo Chianca, campeão da etapa do WSL Big Wave Tour de Nazaré, em Portugal, foi o destaque do primeiro dia do tradicional Maui and Sons Arica Pro Tour, iniciado na terça-feira no Chile com 108 surfistas de 19 países.
A etapa do QS 3000 começou com ondas de 6 pés sólidos quebrando numa das bancadas de pedras mais perigosas do circuito do WSL Qualifying Series. O brasileiro de Saquarema (RJ) surfou os melhores tubos do dia e fez as marcas a serem batidas em El Gringo, nota 8,00 e 15,33 pontos.
Foram realizadas dez baterias, até o vento entrar acabando com a boa formação das ondas. Com isso, a terceira bateria da segunda fase acabou adiada para as 7h00 da quarta-feira no Chile.
“El Gringo já presenteou a gente com ondas incríveis. Apesar da maré estar um pouco alta, consegui pegar dois tubos muito bons, um 8,00 e um 7,33, então estou muito feliz por estar aqui mais uma vez”, disse Lucas Chumbo Chianca.
“Eu perdi um swell incrível que está rolando em Fiji, mas estou aqui surfando uma onda que eu gosto muito também. El Gringo foi como uma escola de tubos para mim, esta já é a sexta vez que venho competir aqui nesse evento e foi aqui que eu aprendi a surfar tubos incríveis, pesados, então estou muito contente por estar mais vez nesse lugar fantástico e espero seguir avançando as baterias”.
Apesar do sólido swell, com as séries bombando tubos de 6 pés em El Gringo, a maioria das ondas entrava fechando rapidamente na terça-feira. Foi assim nas primeiras baterias do dia, iniciado com vitória chilena de Roberto Ilufin por apenas 8,03 pontos. Nos cinco confrontos seguintes, ninguém conseguiu superar esse baixo placar, isso até um especialista em ondas grandes entrar no mar para estrear no QS 3000 Maui and Sons Arica Pro Tour.
O saquaremense Lucas Chumbo Chianca parece ter atraído os tubos e saiu de dois canudos adrenalizantes para receber as maiores notas do dia em El Gringo, 8,00 e 7,33. Ele competiu na sétima e penúltima bateria da primeira fase, fazendo os recordes do evento com os 15,33 pontos que totalizou.
O chileno Andro Goravica passou em segundo lugar com apenas 5,80 pontos nas duas notas computadas, superando os 5,57 do brasileiro João Jucoski e os 2,70 do seu compatriota, Ale Diaz.
A segunda fase foi iniciada em seguida, quando o vento já começava a agir negativamente na formação dos tubos, dificultando ainda mais a ação dos surfistas na perigosa bancada de El Gringo.
Os norte-americanos Ryland Rubens e Austin Neumann passaram juntos na primeira bateria e o mexicano Sasha Donnanno derrotou três brasileiros na segunda. Na briga pela segunda vaga para a terceira fase, Pedro Neves despachou Guilherme Vilas Boas e Renan Peres, que ocupava a terceira posição no ranking sul-americano da WSL South America, liderado pelo peruano Alonso Correa com outro brasileiro em segundo lugar, Wesley Santos.
Dezenove países – Um total de 108 surfistas de dezenove países se inscreveu na nona edição da etapa do WSL Qualifying Series mais tradicional da América do Sul. Os brasileiros são maioria com 26 concorrentes ao título do Maui and Sons Arica Pro Tour, contra 19 do Chile, 15 dos Estados Unidos, 13 da Austrália, oito do Peru, seis da Argentina, três de Portugal, três do Equador, com mais quatro países comparecendo com dois surfistas cada, Havaí, França, México, Costa Rica e outros sete com um representante no Chile, a Espanha, Alemanha, Irlanda, Japão, Uruguai, Colômbia e Porto Rico.
Na terça-feira, 28 surfistas de nove países estrearam nas oito baterias da primeira fase e mais seis pré-classificados que entraram direto na segunda rodada da competição, que prossegue até domingo.
Esta segunda fase é formada por dezesseis baterias com 48 representantes de quatorze nações. Os dois primeiros colocados em cada, avançam para enfrentar os 32 principais cabeças de chave da terceira fase. Esta lista reúne os participantes do Desafio de Arica nos tubos de El Gringo, mais bem ranqueados na World Surf League.