Ballito Pro

Petersinho é campeão

Peterson Crisanto vence o Ballito Pro na África do Sul, QS 10.000 da WSL. Krystian Kymerson e Thiago Camarão ficam com a quinta colocação.

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Peterson Crisanto vence etapa de pontuação máxima no Circuito Qualificatório da WSL.

O paranaense Peterson Crisanto faturou o título da primeira etapa com pontuação máxima do WSL Qualifying Series 2018 e saltou da 42ª para a primeira posição no ranking que classifica dez surfistas para a elite dos top-34 da World Surf League. No sábado decisivo do QS 10.000 Ballito Pro nas ondas de Willard Beach, o campeão venceu o duelo brasileiro com o paulista Thiago Camarão pelas quartas de final, depois bateu o havaiano Seth Moniz que tinha assumido a liderança do ranking na sexta-feira e na grande final derrotou o australiano Jack Freestone. Esta foi a quarta vitória verde-amarela na temporada e o Brasil segue ocupando metade das vagas do G-10 para o CT de 2019.

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“Eu nem consigo acreditar que ganhei este campeonato e estou muito feliz porque é a maior vitória da minha carreira”, disse Peterson Crisanto. “Dois anos atrás, eu perdi meu patrocinador principal e fiquei só competindo no Brasil para juntar dinheiro para poder viajar. Foram tempos difíceis, mas segui trabalhando forte para conseguir meus objetivos. Estou muito feliz por estar de volta ao Circuito Mundial, competindo contra os melhores surfistas do mundo e ganhar a quinquagésima edição deste evento é muito especial para mim”.

Peterson Crisanto passa por dentro do tubos de Ballito.

O mar melhorou bastante no último dia em Willard Beach para fechar a histórica edição número 50 do Ballito Pro. Apesar dos longos intervalos entre as séries no sábado, quando elas vinham, proporcionavam boas condições para os surfistas mostrarem todo o seu talento. Na grande final, as primeiras ondas só foram surfadas depois de 8 minutos, com Peterson Crisanto largando na frente com notas 5,50 e 8,73 para liderar toda a bateria.

O australiano Jack Freestone entrou na briga surfando uma boa onda que valeu 7,83, após também somar um 5,50. Mas, foi o brasileiro que ficou mais ativo dentro d’água e aumentou seu placar em duas ondas seguidas que renderam notas 6,93 e 8,20 num tubo seguido por três manobras muito fortes numa boa direita em Willard Beach. Com ela, sacramentou a sua vitória mais importante da carreira por 16,93 a 14,13 pontos, faturando US$ 40 mil dólares de prêmio.

Petersinho comemora a vitória no pódio.

“O início do ano foi muito ruim para mim e mal consegui passar baterias nos eventos do QS 3000 e QS 6000”, contou Jack Freestone. “Mas, Ballito é geralmente onde começa o ano e estou muito feliz em conseguir o segundo lugar no primeiro QS 10.000 da temporada. Isso significa muito para mim, especialmente aqui em Ballito, onde eu nunca consegui passar de um quinto lugar. Foi um ótimo resultado, agora estou em quinto no ranking e de volta na briga por vaga no CT”.

O australiano já conquistou o bicampeonato mundial Pro Junior e fez parte da elite da World Surf League até o ano passado. Ele chegou na África do Sul em 158º no ranking e agora é o quinto colocado. Para chegar na grande final, Jack Freestone primeiro derrotou o neozelandês Ricardo Christie, que também entrou na lista dos dez indicados pelo QS para completar os top-34 do CT. Depois, ganhou a semifinal australiana com Wade Carmichael para assumir a quinta posição na classificação geral das 36 etapas completadas neste sábado.

Thiago Camarão fica com a quinta colocação.

Novidades no G-10 – Além dos finalistas e de Ricardo Christie, mais um surfista ingressou no G-10 em Ballito, o paulista Thiago Camarão, que perdeu o duelo brasileiro das quartas de final para o campeão Peterson Crisanto. O atual campeão sul-americano da WSL South America saltou da 58ª para a décima posição no ranking com o quinto lugar na África do Sul. Os quatro tiraram da lista os brasileiros Alex Ribeiro e Miguel Pupo, o italiano Leonardo Fioravanti e o sul-africano Matthew McGillivray.

O Brasil continua ocupando metade das vagas do G-10 para o CT 2019. Peterson Crisanto assumiu a liderança do ranking que estava com Alejo Muniz. O catarinense caiu para a quarta posição e o ex-vice-líder, Deivid Silva, desceu para o sexto lugar. Depois, vem Thiago Camarão em décimo e em 11º o potiguar Jadson André, que está fechando a lista no momento porque o número 3 do ranking, Mikey Wright, vai garantindo sua vaga entre os 22 primeiros do CT que dispensam a classificação pelo QS.

Krystian Kymerson também fica em quinto.

Próximas etapas – Depois do Ballito Pro, serão disputadas algumas etapas menores com status QS 1.000 e QS 1.500 na Indonésia, Japão e México, antes do próximo evento com pontuação máxima do WSL Qualifying Series 2018, o QS 10000 Vans US Open of Surfing, de 30 de julho a 5 de agosto em Huntington Beach, na Califórnia, Estados Unidos. No entanto, todas as atenções continuam voltadas para a África do Sul, onde nesta segunda-feira começa o sexto desafio do World Surf League Championship Tour, o Corona Open J-Bay nas direitas de Jeffreys Bay, que ano passado foi vencido pelo brasileiro Filipe Toledo.

Resultados do último dia do Ballito Pro 2018

Campeão: Peterson Crisanto (BRA) por 16,93 pontos (8,73 + 8,20) – 10.000 pontos e US$ 40 mil

Vice-campeão: Jack Freestone (AUS) com 14,13 pontos (7,83 + 6,30) – 8.000 pontos e US$ 20 mil

Semifinais – 3º lugar com 6.500 pontos e US$ 11mil de prêmio:

1 Jack Freestone (AUS) 12,03 x 10,10 Wade Carmichael (AUS)
Peterson Crisanto (BRA) 16,43 x 14,60 Seth Moniz (HAV)

Quartas de final – 5º lugar com 5.200 pontos e US$ 7 mil:

1 Wade Carmichael (AUS) 16,90 x 11,84 Griffin Colapinto (EUA)
2 Jack Freestone (AUS) 13,34 x 12,80 Ricardo Christie (NZL)
3 Seth Moniz (HAV) 13,60 x 11,24 Krystian Kymerson (BRA)
4 Peterson Crisanto (BRA) 13,36 x 12,20 Thiago Camarão (BRA)

G-10 do WSL Qualifying Series 2018 – após 36 etapas

1 Peterson Crisanto (BRA) – 13.720 pontos
2 Seth Moniz (HAV) – 12.950
3 Mikey Wright (AUS) – 12.205
4 Alejo Muniz (BRA) – 10.980
5 Jack Freestone (AUS) – 9.720
6 Deivid Silva (BRA) – 9.400
7 Ryan Callinan (AUS) – 9.280
8 Evan Geiselman (EUA) – 9.210
9 Ricardo Christie (NZL) – 8.555
10 Thiago Camarão (BRA) – 8.265
11 Jadson André (BRA) – 8.210

——–próximos sul-americanos até o 100º:

12 Alex Ribeiro (BRA) – 8.130 pontos
14 Miguel Pupo (BRA) – 7.770
30 Lucca Mesinas (PER) – 5.750
34 Marco Fernandez (BRA) – 5.470
35 Miguel Tudela (PER) – 5.460
37 Victor Bernardo (BRA) – 5.270
39 Krystian Kymerson (BRA) – 5.200
41 Jeronimo Vargas (BRA) – 5.060
43 Michael Rodrigues (BRA) – 4.800
44 Ian Gouveia (BRA) – 4.750
47 Weslley Dantas (BRA) – 4.690
49 Mateus Herdy (BRA) – 4.660
50 Flavio Nakagima (BRA) – 4.610
51 Bino Lopes (BRA) – 4.565
53 Jessé Mendes (BRA) – 4.500
54 Tomas Tudela (PER) – 4.440
55 Wiggolly Dantas (BRA) – 4.390
62 Willian Cardoso (BRA) – 3.950
65 Rafael Teixeira (BRA) – 3.860
67 Marcos Correa (BRA) – 3.715
68 Yago Dora (BRA) – 3.700
80 Samuel Pupo (BRA) – 3.285
81 Alonso Correa (PER) – 3.235
83 Santiago Muniz (ARG) – 3.140
86 Luel Felipe (BRA) – 3.100
93 Marco Giorgi (URU) – 2.890
96 Yuri Gonçalves (BRA) – 2.870
98 Tomas Hermes (BRA) – 2.800
99 Vitor Mendes (BRA) – 2.720