Ele voltou. E em grande estilo. John John Florence retornou aos eventos quatro meses após participar das Olimpíadas de Tóquio, e deu espetáculo nas ondas de Haleiwa, no North Shore da ilha de Oahu, Havaí. O bicampeão mundial fez três notas no critério excelente na quinta bateria da segunda fase e avançou com Thiago Camarão (2º). Mateus Herdy terminou o duelo em último lugar e não tem mais chances de classificação para a elite de 2022.
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A última etapa do Challenger Series 2021 começou nesta sexta-feira (26) em direitas de 2 metros com séries maiores. No dia foram disputadas 16 baterias, sendo as oito da primeira fase e oito do segundo round. John John não competiu no melhor momento do mar, mas ainda assim fez apresentações de impacto.
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John John executou aéreos e rasgadas cravando a borda na água com potência, além de um layback monstruoso numa junção. O havaiano colocou no somatório 9.23 e 9.07 pontos e venceu com 18.30 de somatório. Com as notas que descartou (8.33 e 7.17), ele avançaria em todas as outras baterias disputadas no dia.
“Estou me sentindo muito bem e o joelho está incrível. Estou muito feliz por estar de volta com uma lycra de competição”, comenta John John Florence. “É um evento muito prestigiado e eu o acompanho desde muito novo. Também é muito bom estar aqui com alguns dos melhores surfistas do mundo e surfar contra eles”.
Thiago Camarão e Sheldon Simkus travaram um bom duelo pela segunda vaga. Os dois estavam com um surfe de borda apurado, mas o brasileiro destruiu uma onda, anotou 9.17 pontos e complicou o caminho do australiano. Outro que ficou em má situação foi Mateus Herdy, que, assim como o aussie, perdeu na necessidade de quase uma nota máxima para reverter o placar.
“É sempre emocionante surfar com os melhores do mundo, como o John John (Florence), e eu estava muito bem preparado mentalmente para a bateria”, diz Thiago Camarão. “Eu sabia que, tanto ele como os outros atletas, iriam fazer o melhor deles e eu teria que dar o meu máximo. Então, eu foquei muito no meu surfe, consegui pegar boas ondas e o meu foco é esse, bateria por bateria. Agora é acalmar os nervos e concentrar em me preparar para a próxima”.
Como resultado, Mateus perdeu as chances de classificação para a elite de 2022. Ele, que chegou com grandes chances, precisava passar pelo menos uma bateria para melhorar a pontuação no ranking.
Dobradinha brazuca – A disputa seguinte, a sexta do segundo round, teve dois brasileiros, e eles mandaram muito bem. Jessé Mendes fez um ataque vertical de backside e venceu com as duas maiores notas do confronto (8.17 e 7.67 pontos). João Chianca avançou em segundo lugar. Ele conquistou 6.83 e 7.77 com um bonito e potente surfe de linha e na borda. O surfista de Barbados, Josh Burke (3º) e o australiano Wade Carmichael (4º) foram eliminados e não têm mais chances de classificação para o CT 2022.
“A bateria foi boa, com o Wade (Carmichael) que já ganhou esse evento, o Chumbinho (João Chianca) que manda muito bem quando o mar está maior e eu estava só tentando acertar as manobras pra conseguir notas mais altas”, diz Jessé Mendes. “Essa foi a minha meta lá fora. O mar está baixando rápido, mas ainda tem bastante oportunidades para surfar. A bateria estava meio lenta no início, mas depois que peguei a primeira onda boa, eu já me empolguei e tentei manter o ritmo”.
Baixas brasileiras – Além de Thiago, Mateus, Jessé e João, outros quatro surfistas representaram o Brasil nesta sexta-feira no Haleiwa Challenger. Todos foram eliminados. Outra derrota amarga no dia foi a de Lucas Silveira. O brasileiro chegou no Havaí empatado em pontos com Mateus, uma posição fora da lista dos classificados.
Lucas competiu na sétima disputa da segunda fase e caiu para os australianos Jack Robinson (1º) e Jacob Willcox (2º). O brasileiro encontrou poucas oportunidades na bateria e terminou em terceiro lugar. Lucas até chegou a tomar a segunda posição de Jacob quando restavam seis minutos para o fim, mas enquanto remava de volta para o outside, viu o aussie estraçalhar uma direita de backside para anotar 8.67 pontos. A partir daí o brasileiro passou a necessitar de 9.74 para avançar, mas só teve uma chance e não chegou perto da nota. O basco Aritz Aranburu se despediu do evento em quarto lugar.
O primeiro brasileiro a participar do Haleiwa Challenger foi Rafael Teixeira, que entrou na quarta bateria da primeira fase. Rafael chegou na metade da disputa em segundo lugar, com duas notas na casa dos 3 pontos. O havaiano Shion Crawford, então líder, aumentou a distância para os adversários com quatro manobras em sequência, sendo uma resgada e três batidas de frontside (7.50).
O basco Aritz Aranburu estava em último, mas tinha uma nota 6.10 pontos e foi para a segunda posição quando fez 6.00. O mar bombou e os surfistas ficaram ativos. Rafael fez três manobras bem definidas e anotou 7.17, mas não conseguiu assumir o segundo lugar. Ele ainda viu o havaiano Billy Kemper colocar 7.80 no somatório e pegar a vice-liderança.
Em terceiro, Aritz precisava de 6.28 pontos para avançar, e em quarto, Rafael necessitava de 5.21. O brasileiro trabalhou e chegou perto com 4.70, mas continuou em último lugar. O basco segurou a prioridade e quando restavam dois minutos para o fim surfou uma onda da série, e com três manobras garantiu mais 6.83 e foi para a primeira posição. Billy surfou mais uma onda antes do fim, mas o pé de trás escorregou da prancha e ele foi eliminado com o terceiro lugar. Rafael (4º) também se despediu da etapa.
Weslley Dantas – A bateria de Rafael Teixeira teria mais um brasileiro. Weslley Dantas estava escalado para a disputa, mas não apareceu na praia de Haleiwa e Shion Crawford herdou a vaga. Os motivos da ausência de Weslley ainda não são conhecidos, mas ele fez uma publicação no Instagram direto do aeroporto de Nova Iorque (EUA) duas horas antes do início do Haleiwa Challenger. No “stories” ele não fala sobre a competição.
Ian Gouveia começou a sétima bateria da primeira fase com três manobras, sendo a primeira uma batida vertical e a segunda uma rasgada forte. A nota foi 5.93 pontos. Logo depois o havaiano Ian Gentil acelerou. Ele começou com 6.90 e na sequência colocou mais 7.40 no somatório.
O também havaiano Cody Young iniciou com 5.17 pontos, e depois entrou forte no jogo com mais 7.43. Ele assumiu a segunda posição e Ian caiu para terceiro. Nesse momento o havaiano Sebastian Zietz estava em último.
Ian passou a precisar de 6.68 pontos para avançar, mas vacou na volta de uma manobra na primeira tentativa de conseguir a nota. Logo depois ele usou a prioridade, fez três manobras e anotou 7.37. Porém, seu xará Ian Gentil arrancou as notas 7.77 e 8.50 para assumir a liderança. Pior para o brasileiro que Cody fez 6.80 e se firmou na segunda posição.
Ian Gouveia passou a precisar de 6.87 para seguir em frente na competição. Ele ainda surfou duas vezes, mas não completou as ondas e foi eliminado com o terceiro lugar. Em último ficou Sebastian, atleta que errou quase tudo que tentou ao longo da disputa.
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Outra baixa brazuca no dia foi Edgard Groggia. Ele estreou no evento na quarta bateria do segundo round. O brasileiro começou bem (7.50), mas depois viu o australiano Callum Robson crescer (7.00 e 7.93) e assumir a liderança. A briga pela segunda posição ficou entre Edgard e Matthew McGillivray.
O sul-africano tomou o segundo posto do brasileiro, mas Edgard deu o troco e voltou para a vice-liderança. Porém, Matthew deu mais um golpe quando restavam cinco minutos para o final (7.33) e avançou junto de Callum (1º). O havaiano Keanu Asing não entrou em sintonia com o pico de Haleiwa ao longo do duelo e se despediu da prova com o quarto lugar.
Próxima chamada – A próxima chamada para o Haleiwa Challenger acontece neste sábado (27), às 15h (de Brasília).
Haleiwa Challenger
Round 1 Masculino
3º=65º lugar, 300 pontos e US$650, 4º=73º lugar, 250 pontos e U$$600
1 Charly Quivront (FRA) 11.60, Reo Inaba (JPN) 10.96, Mihimana Braye (TAH) 9.50, Love Hodel (HAV) 6.50
2 Crosby Colapinto (EUA) 16.00, Keanu Asing (HAV) 11.90, Rio Waida (IDN) 11.33, Ruben Vitoria (ESP) 5.90
3 Sheldon Simkus (AUS) 12.53, Josh Burke (BAR) 11.50. Slade Prestwich (AFR) 9.60, Eli Hanneman (HAV) 8.80
4 Aritz Aranburu (ESP) 12.93, Shion Crawford (HAV) 12.67, Billy Kemper (HAV) 12.37, Rafael Teixeira (BRA) 11.87
5 Kalani Ball (AUS) 16.00, Kade Matson (EUA) 14.66, Charly Martin (FRA) 14.34, Cooper Chapman (AUS) 11.60
6 Shane Sykes (AFR) 13.84, Billy Stairmand (NZL) 13.47, Finn McGill (HAV) 12.76, Mason Ho (HAV) 11.57
7 Ian Gentil (HAV) 16.27, Cody Young (HAV) 14.23, Ian Gouveia (BRA) 13.30, Sebastian Zietz (HAV) 7.17
8 Kauli Vaast (FRA) 14.30, Barron Mamiya (HAV) 12.77, Reef Heazlewood (AUS) 12.70, Gatien Delahaye (FRA) 7.60
Round 2
3º=33º lugar, 700 pontos e US$1.200, 4º=49º lugar, 600 pontos e US$ 750
1 Conner Coffin (EUA) 15.17, Charly Quivront (FRA) 11.17, Dylan Moffat (AUS) 10.57, Nolan Rapoza (EUA) 7.70
2 Jake Marshall (EUA) 16.83, Ezekiel Lau (HAV) 14.73, Reo Inaba (JPN) 11.94, Beyrick De Vries (HOL) 11.26
3 Crosby Colapinto (EUA) 16.00, Seth Moniz (HAV) 13.50, Jackson Baker (AUS) 12.57, Hiroto Ohhara (JPN) 8.37
4 Callum Robson (AUS) 14.93, Matthew McGillivray (AFR) 13.33, Edgard Groggia (BRA) 12.50, Keanu Asing (HAV) 8.00
5 John John Florence (HAV) 18.30, Thiago Camarão (BRA) 16.64, Sheldon Simkus (AUS) 13.56, Mateus Herdy (BRA) 11.53
6 Jessé Mendes (BRA) 15.84, João Chianca (BRA) 14.60, Wade Carmichael (AUS) 11.64, Josh Burke (BAR) 10.56
7 Jack Robinson (AUS) 16.40, Jacob Willcox (AUS) 14.94, Lucas Silveira (BRA) 10.30, Aritz Aranburu (ESP) 10.07
8 Shion Crawford (HAV) 14.57, Jack Freestone (AUS) 12.66, Lucca Mesinas (PER) 7.80, Jorgann Couzinet (FRA) 3.50
9 Griffin Colapinto (EUA), Cole Houshmand (EUA), Alonso Correa (PER), Kalani Ball (AUS)
10 Alex Ribeiro (BRA), Imaikalani deVault (HAV), Wiggolly Dantas (BRA), Kade Matson (EUA)
11 Kelly Slater (EUA), Samuel Pupo (BRA), Maxime Huscenot (FRA), Shane Sykes (AFR)
12 Caio Ibelli (BRA), Carlos Munoz (CRI), Cam Richards (EUA), Billy Stairmand (NZL)
13 Kanoa Igarashi (JPN), Shun Murakami (JPN), Michael Dunphy (EUA), Ian Gentil (HAV)
14 Connor O’Leary (AUS), Nat Young (EUA), Patrick Gudauskas (EUA), Cody Young (HAV)
15 Deivid Silva (BRA), Jordan Lawler (AUS), Alejo Muniz (BRA), Kauli Vaast (FRA)
16 Michel Bourez (FRA), Liam O’Brien (AUS), Vasco Ribeiro (POR), Barron Mamiya (HAV)
Round 3
3º=17º lugar, 2.200 pontos e US$2.400, 4º=25º lugar, 1.800 pontos e US$ 1.900
Baterias já formadas
1 Conner Coffin (EUA), Jake Marshall (EUA), Seth Moniz (HAV), Matthew McGillivray (AFR)
2 Charly Quivront (FRA), Ezekiel Lau (HAV), Crosby Colapinto (EUA), Callum Robson (AUS)
3 John John Florence (HAV), Jessé Mendes (BRA), Jacob Willcox (AUS), Jack Freestone (HAV)
4 Thiago Camarão (BRA), João Chianca (BRA), Jack Robinson (AUS), Shion Crawford (HAV)
Round 1 Feminino
3ª=33º lugar, 700 pontos e US$1.200, 4ª=41º lugar, 650 pontos e U$$ 1.125
1 Isla Sexton (HAV), Hinako Kurokawa (JPN), Pauline Ado (FRA), Brianna Cope (HAV)
2 Keala Tomoda-Bannert (HAV), Yolanda Hopkins (PRT), Meah Collins (EUA), Zoe McDougall (HAV)
3 Dimity Stoyle (AUS), Philippa Anderson (AUS), Mahina Maeda (JPN), Freya Prumm (AUS)
4 Kirra Pinkerton (EUA), Leticia Canales Bilbao (ESP), Tia Blanco (EUA), Ella McCaffray (EUA)
5 Ariane Ochoa (ESP), Minami Nonaka (JPN), Carolina Mendes (PRT), Savanna Stone (HAV)
6 Sara Wakita (JPN), Teresa Bonvalot (PRT), Daniella Rosas (PER), Samantha Sibley (EUA)
7 Shino Matsuda (JPN), Sarah Baum (AFR), Leilani McGonagle (CRI), Amuro Tsuzuki (JPN)
8 Bettylou Sakura Johnson (HAV), Sophie McCulloch (AUS), Summer Macedo (BRA), Janire Gonzalez Etxabarri (ESP)
G-12 do WSL Challenger Series – 3 etapas de 2021 + 1 do QS 2020
*-vaga no CT 2022 já garantida
*01 Kanoa Igarashi (JPN) – 15.500 pontos
02 Ezekiel Lau (HAV) – 14.250
03 Jake Marshall (EUA) – 12.500
04 Imaikalani Devault (HAV) – 12.000
05 Nat Young (EUA) – 11.900
06 Connor O´Leary (AUS) – 11.000
06 Lucca Mesinas (PER) – 11.000
06 João Chianca (BRA) – 11.000
*09 Griffin Colapinto (EUA) – 10.750
09 Liam O´Brien (AUS) – 10.750
11 Carlos Muñoz (CRI) – 10.650
12 Callum Robson (AUS) – 10.500
13 Jackson Baker (AUS) – 10.400
*14 Leonardo Fioravanti (ITA) – 10.000
15 Samuel Pupo (BRA) – 9.500
15 Jordan Lawler (AUS) – 9.500
Próximos sul-americanos até 100
17 Lucas Silveira (BRA) – 9.250 pontos
17 Mateus Herdy (BRA) – 9.250
26 Alonso Correa (PER) – 7.900
28 Thiago Camarão (BRA) – 7.650
29 Alejo Muniz (BRA) – 7.500
32 Alex Ribeiro (BRA) – 7.375
33 Edgard Groggia (BRA) – 7.250
40 Jessé Mendes (BRA) – 5.900
42 Wiggolly Dantas (BRA) – 5.800
44 Ian Gouveia (BRA) – 5.650
*48 Yago Dora (BRA) – 5.250
50 Weslley Dantas (BRA) – 5.050
*51 Jadson André (BRA) – 5.000
*62 Deivid Silva (BRA) – 4.000
65 Marcos Correa (BRA) – 3.750
68 Caio Ibelli (BRA) – 3.500
75 Michael Rodrigues (BRA) – 3.150
78 Marco Giorgi (URU) – 3.000
81 Willian Cardoso (BRA) – 2.800
83 Rafael Teixeira (BRA) – 2.700
85 Victor Bernardo (BRA) – 2.550
*87 Filipe Toledo (BRA) – 2.500
87 Leandro Usuna (ARG) – 2.500
98 Lucas Vicente (BRA) – 1.800
100 Renan Pulga Peres (BRA) – 1.750
100 Leo Casal (BRA) – 1.750
G-6 do WSL Challenger Series – 3 etapas de 2021 + 1 do QS 2020
1ª Brisa Hennessy (CRI) – 21.500 pontos
2ª Gabriela Bryan (HAV) – 21.000
3ª Caitlin Simmers (EUA) – 17.200
4ª India Robinson (AUS) – 13.300
5ª Vahine Fierro (FRA) – 12.500
5ª Sawyer Lindblad (EUA) – 12.500
Sul-americanas até 100
33 Silvana Lima (BRA) – 6.350 pontos
35 Summer Macedo (BRA) – 6.050
40 Daniella Rosas (PER) – 5.300
46 Dominic Barona (EQU) – 4.400
55 Sol Aguirre (PER) – 3.250
65 Josefina Ané (ARG) – 2.275
78 Anali Gomez (PER) – 1.500
94 Tatiana Weston-Webb (BRA) – 700
94 Sophia Medina (BRA) – 700