LayBack Pro Rio

Laura Raupp e Cauã Costa vencem

Catarinense Laura Raupp e cearense Cauã Costa vencem os títulos do LayBack Pro Prainha apresentado por Corona, encerrado neste sábado (10) no Rio de Janeiro (RJ)

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Cauã Costa e Laura Raupp campeões da etapa.

A catarinense Laura Raupp e o cearense Cauã Costa festejaram vitórias na segunda edição do LayBack Pro Prainha apresentado por Corona na capital do Rio de Janeiro. Laura conquistou seu segundo troféu de campeã do LayBack Pro batendo todos os recordes femininos nos 2 anos desta etapa do World Surf League (WSL) Qualifying Series (QS) nas ondas da Prainha. A decisão foi contra a líder do ranking da WSL South America, Tainá Hinckel. Depois, Cauã Costa fechou o sábado ao ganhar seu primeiro título em etapas do QS, numa batalha de aéreos com o paulista Kaue Germano. Com as vitórias, Laura e Cauã entraram na lista provisória para o Challenger Series (CS) de 2024.

“Nossa, estou sem acreditar que venci. No ano passado, eu perdi de cara aqui e fiquei com um sentimento muito ruim. Eu gosto muito da Prainha, já vim treinar várias vezes aqui e estou super, super, super feliz de vencer esse campeonato”, diz Laura Raupp. “Eu sabia que não ia ser fácil, porque na semifinal eu peguei a Sophia (Medina), agora a Tainá (Hinckel) na final, que eu sabia que na vala de esquerdas, ela ia destruir com o backside dela. Mas, eu fiz um 8,33 em uma direita, depois um 6,90 na esquerda e estou super feliz de ganhar esse título”.

A vitória no LayBack Pro Prainha foi a terceira de Laura Raupp em etapas do QS em 2023. Laura é patrocinada pela LayBack, a marca de cerveja criada pelo medalhista olímpico de skate, Pedro Barros. Inclusive, venceu o primeiro LayBack Pro da história em 2021, na Praia Mole de Florianópolis, quando só tinha 15 anos de idade. Em 2023, Laurinha conquistou o bicampeonato consecutivo no QS do Peru em Punta Rocas e venceu a etapa realizada na Praia da Ferrugem, em Garopaba.

Laura Raupp ao lado da Tainá Hinckel comemora título.

Recordista absoluta – O título na Prainha era o único resultado possível para Laura Raupp entrar na lista das três surfistas que o ranking da WSL South America classifica para o Challenger Series (CS). E a atleta conseguiu, batendo todos os recordes femininos do LayBack Pro Prainha. Na semifinal contra Sophia Medina, detonou uma esquerda com três manobras fortes de backside, executadas com pressão e incrível velocidade. Os juízes deram 9,00 para a catarinense, superando o 8,67 da campeã de 2022, Summer Macedo.

Na decisão do título, Laurinha aumentou o recorde de 15,50 pontos da mesma Summer Macedo, para 15,76 somando notas 8,83 e 6,93 em duas ondas seguidas. Tainá Hinckel também vinha embalada da semifinal contra Naire Marquez, derrotando a paulista com o maior somatório feminino do LayBack Pro 2023 até ali, 15,34 pontos com a nota 8,17 do seu ataque vertical de backside nas esquerdas da Prainha. Tainá largou na frente na grande final com nota 6,00, mas Laura respondeu com 6,93 também em uma esquerda.

Laura Raupp fica mais ativa e logo acha uma direita, para combinar duas manobras de frontside, abrindo grandes leques de água, que arrancaram nota 8,83 dos juízes. Tainá ainda surfa outra esquerda, com um batidão reto de backside e mais duas rasgadas, ganhando 7,50. Hinckel passou a precisar de 8,27 para conquistar o seu segundo QS no ano, mas não conseguiu reverter o placar, encerrado em 15,76 a 13,53 pontos. Laura Raupp festejou bastante o título.

Laura Raupp em ação na final.

“Estou super feliz com essa vitória, pois hoje foi o dia mais difícil para mim no campeonato todo, porque peguei a Sophia (Medina) na semifinal e a Tainá (Hinckel) na final”, desta Laura Raupp. “As meninas estão surfando muito bem, foram campeã e vice no QS de Saquarema e estou super feliz de estar na terceira colocação do ranking. Foi minha terceira vitória no ano, ganhei em Punta Rocas, em Garopaba, agora na Prainha e estou vindo de uma semifinal no Catarinense, que perdi para a Tainá na Joaca. Ela é uma excelente competidora, surfa muito e estou super feliz de ter dado o troco daquela derrota aqui agora”.

Tainá Hinckel também ficou satisfeita com o vice-campeonato em mais uma final esse ano: “Estou muito feliz pelo segundo lugar também. Infelizmente não entrou muita onda nessa final, fiquei esperando e não tive muitas oportunidades para poder reverter o resultado. Mas, estou feliz com meu surfe, por ter feito boas notas e estou amarradona em estar liderando o ranking. Fico feliz também de ter mais uma catarinense representando bem nosso estado, a Laurinha (Raupp) vem elevando o nível do nosso surfe e espero conseguir outros bons resultados, para conquistar esta vaga para o Challenger Series”.

Tainá Hinckel com seu backside afiado na Prainha.

Decisão masculina – Após a final catarinense, outro duelo eletrizante fechou a segunda edição do LayBack Pro Prainha neste sábado (10), com dois surfistas que nunca tinham decidido título em etapas do QS. O cearense Cauã Costa mora há muitos anos no Recreio dos Bandeirantes, bairro onde fica a Prainha, então contava com o apoio da torcida local e especialmente de toda a sua família. Ele é da mesma geração do paulista Kaue Germano, criado nas ondas de São Sebastião, na cidade de Gabriel Medina.

Com a vitória, Cauã Costa subiu da oitava para a quarta colocação no ranking regional da WSL South America, que classifica sete surfistas para o Challenger Series, o circuito de acesso para a elite do World Surf League Championship Tour (CT). Já Kaue Germano saltou da 26ª para a 15ª posição, usando os aéreos para liquidar dois gigantes no sábado, o também paulista Weslley Dantas que vinha fazendo recordes a cada dia e outro surfista local da Prainha, o experiente Leandro Bastos. Cauã Costa passou pelo carioca Pedro Neves e pelo índio paraibano que também mora no Recreio dos Bandeirantes, Samuel Igo. A grande final foi uma verdadeira batalha de aéreos full-rotation de frontside, nas boas ondas da Prainha.

Cauã Costa vibra muito com a vitória.

Batalha de aéreos – Cauã Costa acertou o primeiro nas direitas e largou na frente com 8,50. Kaue Germano respondeu com nota 8,00, também aterrissando com perfeição do giro completo no ar em uma esquerda. Depois, Cauã pegou uma esquerda e fez uma série de manobras de backside que valeram nota 6,53. Mas, o cearense acertou outro full-rotation nas direitas, que recebeu 7,67. Kaue ficou precisando de 8,18 para vencer e pegou outra esquerda no último minuto, arriscou mais um full-rotation, completou o aéreo e ficou a expectativa pela nota. Ela saiu 7,73 e o placar foi encerrado com os dois maiores somatórios do último dia, 16,17 a 15,73 pontos.

Cauã Costa voando alto na final.

“Estou muito feliz de ter chegado na grande final e ter vencido o campeonato, praticamente em casa, então nem tenho palavras para descrever o que estou sentindo agora”, declara um emocionado Cauã Costa, depois de ser abraçado pelo pai, a mãe e irmãs. “Quero agradecer todo mundo que estava na torcida, todos que acreditam em mim e esse campeonato era para a minha mãe, que esteve aqui comigo. Foi muita batalha, muito treino e, graças a Deus, chegou o meu dia de ganhar um evento do QS e vamos com tudo para os próximos”.

Sobre a sua primeira final ser com um grande amigo, Cauã Costa diz: “A gente já tinha se falado antes de começar a bateria, que a gente ia quebrar nessa final, dar show de surfe para a galera, porque tinha muita gente assistindo. E surfe é isso também. Além da gente querer ganhar, de tentar ser o melhor na bateria, a gente quer dar nosso máximo para a galera que está assistindo também. Nós somos amigos fora d’água e já nos cumprimentamos após a final”.

Kaue Germano também ficou feliz com o resultado, principalmente pelas boas baterias que disputou na Prainha, incluindo as manobras aéreas no seu repertório: “O Cauã (Costa) é um moleque que a gente sempre competiu, temos quase a mesma idade, evoluímos juntos e fazer minha primeira final com um cara que a gente se enfrenta desde amador, foi incrível. Eu estou treinando bastante os aéreos. Meu forte sempre foi o surfe mais power, mas tem que ter o aéreo no pé também, então aqui foi a prova de que quando ele encaixar mais, ferrou (risos)”.

Kaue Germando especialista em aéreos.

Abraço na Prainha – Durante a primeira semifinal feminina, aconteceu o Abraço na Prainha, com o público que encheu a praia neste sábado, dando as mãos nos 700 metros de extensão da praia. Foi uma manifestação pela Prainha ser condecorada com a Bandeira Azul, uma distinção atribuída anualmente pela Fundação Ambiental (FEE), a praias que cumprem um conjunto de requisitos de qualidade ambiental, segurança, bem-estar, infraestruturas de apoio, informação aos visitantes e sensibilização ambiental. A Bandeira Azul pode ser considerada como um símbolo de garantia de qualidade de uma praia.

O LayBack Pro Prainha apresentado por Corona é uma realização de Odisseia e Agência Esporte & Arte (AEA) e contou com patrocínio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, TVBSHORTS e apoio de New Era, Evoke, Riozen Toyota, Inklo e Orla Rio. O evento viabilizado pela Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio de Janeiro, também teve suporte da ASAP (Associação dos Surfistas e Amigos da Prainha) e FESERJ (Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro); parceria de mídia do Waves, com a FIRMA produzindo a transmissão ao vivo pelo site e pelo TikTok do Waves.

Galeria dos campeões do LayBack Pro

2023 no Rio de Janeiro: Cauã Costa (CE) e Laura Raupp (SC)
2023 em Florianópolis: Luan Wood (SC) e Silvana Lima (CE)
2022 no Rio de Janeiro: João Chianca (RJ) e Summer Macedo (RJ)
2022 em Florianópolis: Michael Rodrigues (CE) e Daniella Rosas (PER)
2021 em Florianópolis: Eduardo Motta (SP) e Laura Raupp (SC)

Resultados do último dia

Decisão masculino:
Campeão: Cauã Costa (BRA) por 16,17 pts (8,50+7,67) – 1.000 pontos
2º lugar: Kaue Germano (BRA) com 15,73 pts (8,00+7,73) – 800 pontos

Semifinais – 3º lugar com 650 pontos:
1: Kaue Germano (BRA) 14,06 x 10,90 Leandro Bastos (BRA)
2: Cauã Costa (BRA) 14,27 x 14,00 Samuel Igo (BRA)

Quartas de final – 5º lugar com 500 pontos:
1: Kaue Germano (BRA) 13,40 x 12,70 Weslley Dantas (BRA)
2: Leandro Bastos (BRA) 11,67 x 10,63 Patrick Plachi (BRA)
3: Samuel Igo (BRA) 14,57 x 12,83 Heitor Mueller (BRA)
4: Cauã Costa (BRA) 13,50 x 5,00 Pedro Neves (BRA)

Decisão feminino:
Campeã: Laura Raupp (BRA) por 15,76 pts (8,83+6,93) – 1.000 pontos
2º lugar: Tainá Hinckel (BRA) com 13,53 pts (7,50+6,03) – 800 pontos

Semifinais – 3º lugar com 650 pontos:
1: Laura Raupp (BRA) 13,77 x 13,17 Sophia Medina (BRA)
2: Tainá Hinckel (BRA) 15,34 x 10,64 Naire Marquez (BRA)

Rankings de 2023/2024 da WSL South America

Top-10 da categoria masculina – 6 etapas:
1º: Ian Gouveia (BRA) – 5.000 pontos
2º: Luel Felipe (BRA) – 3.900
3º: Mateus Herdy (BRA) – 3.842
4º: Cauã Costa (BRA) – 3.632
5º: Heitor Mueller (BRA) – 3.225
6º: Lucas Vicente (BRA) – 3.108
7º: Rodrigo Saldanha (BRA) – 2.940
8º: Nacho Gundesen (ARG) – 2.841
9º: Rafael Teixeira (BRA) – 2.577
10º: Mateus Sena (BRA) – 2.432

Top-10 da categoria feminina – 6 etapas:
1ª: Tainá Hinckel (BRA) – 6.300 pontos
2ª: Sophia Medina (BRA) – 5.700
3ª: Laura Raupp (BRA) – 4.575
4ª: Vera Jarisz (ARG) – 4.482
5ª: Isabelle Nalu (BRA) – 3.892
6ª: Kalea Gervasi (PER) – 3.075
7ª: Naire Marquez (BRA) – 2.932
8ª: Kayane Reis (BRA) – 2.832
9ª: Karol Ribeiro (BRA) – 2.535
10ª: Arena Rodriguez Vargas (PER) – 2.300