O Surfest Newcastle Pro, etapa do QS 5.000 que acontece na Austrália, começou nesta segunda-feira (2), em altas ondas de até 2 metros no pico de Merewether Beach. Muitas notas altas foram conquistadas e Lucas Silveira fez a terceira maior (9.40), com um tubo profundo.
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A atuação aconteceu no final do confronto e valeu a vaga no segundo round da prova. “Um mar assim é difícil, eu nuca tinha visto aqui em Newcatle, e eu venho pra cá desde 2013, e provavelmente nunca mais vou ver daquele jeito ali (risos). Estava muito perfeito, mar de surf trip, mas mesmo estando tão perfeito assim, nos 25 minutos de bateria é difícil achar onda boa. Em várias baterias as notas foram fracas, pois é beach beack não é, então é meio imprevisível. A minha bateria foi bem difícil, quebrei a prancha, e até pegar aquela onda não tinha nada (notas boas), faltava uns 2 minutos, eu acho, estava precisando de nota e não estava passando até aquele momento. Mas foi legal ter a oportunidade de surfar naquele mar, naquela condição. Bom que deu certo e foi só a primeira fase, tem muita coisa ainda pra rolar”, disse Lucas para o Waves.
Outros destaques brazucas no dia foram Marco Fernandez, autor de 8.43 e 7.90 (16.33), e João Chianca, que marcou 8.00 nos segundos finais da última bateria do dia, a 24ª da primeira fase. “ A onda foi animal! Mas a bateria não teve o início que eu tinha planejado. Eu caí na minha primeira onda e isso me deixou na necessidade de nota até o fim da bateria. Eu fiquei o tempo todo na busca por uma onda boa, mas não encontrava. Então tive que pensar diferente, sentei no fundo e graças a Deus tudo se encaixou nos 20 segundos finais. Estava com a prioridade e ninguém poderia me impedir de ir naquela onda. Foi um tubo bem difícil, bem longo, e fiquei feliz de conseguir usar um pouco de técnica e de sair, pois estava bem difícil. Cheguei a ter um pouco de fobia para sair dele (risos)”, falou para o Waves o vice-campeão do QS 5.000 Volcom Pipe Pro, disputado em Pipeline, no Havaí.
Sobre as condições do mar, João contou que o mar ficou perfeito o dia todo, com 1,5 a 2 metros de onda, clássico, com altos tubos rolando. “Acho que a galera nunca viu um campeonato na Austrália desse jeito. Foi um bom primeiro dia de competição”.
Além dos três, Marcos Correa, Victor Bernardo, Lucas Vicente e Tomas Hermes também avançaram pelo time brasileiro. Já as baixas foram Rafael Teixeira, Thiago Camarão, Eduardo Motta, Mateus Herdy, Matheus Navarro, Wesley Santos e Wiggolly Dantas, líder do ranking que surfou num momento do mar em que as ondas ainda fechavam muito, e errou a segunda manobra numa onda que lhe daria uma vaga na próxima fase.
Perto do 10 – Quem chegou mais perto da nota 10 no dia foi o australiano Maddy Job, autor de 9.80 na oitava bateria, que teve a eliminação de Matheus Herdy. “Essa foi definitivamente a melhor onda que já surfei em uma competição, e uma das melhores que já peguei na vida”, disse Maddy.
O mexicano Alan Cleland também fez uma nota excelente, 9.50 pontos, e o português Vasco Ribeiro foi o autor do maior somatório do dia: 17.40. “Venho para a Austrália há muitos anos e acho que essas são as melhores ondas que já vi aqui”, disse ele, que marcou as notas 8.83 e 8.57. “Essas são definitivamente algumas das melhores ondas que já tivemos em uma competição, estão realmente perfeitas. É sempre bom começar bem um evento, especialmente na questão confiança. Estou feliz por estar aqui em Newcastle, gosto muito deste lugar”.
Mais brasileiros – Outros 12 brasileiros vão estrear na segunda fase da competição: Luel Felipe, Alejo Muniz, Alex Ribeiro, Willian Cardoso, Samuel Pupo, Weslley Dantas, Adriano de Souza, Michael Rodrigues, Jadson André, Ian Gouveia, Krystian Kymerson e Jessé Mendes.
Próxima chamada – A próxima chamada para o QS 5.000 Surfest Newcastle Pro acontece nesta segunda-feira, às 17h (de Brasília).