Sydney Surf Pro

Brazucas em alta

Silvana Lima e Alex Ribeiro arrepiam no QS 6.000 em Manly Beach, Austrália; mais 10 brasileiros seguem na briga pelo título da prova.

Silvana Lima descola nota 9.40 na categoria feminina em Manly Beach, Austrália.

Os brasileiros seguem com maioria entre os concorrentes ao título do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro na Austrália. Dos dezessete que competiram na quinta-feira de ondas de 3 pés em Manly Beach, onze passaram para a rodada dos 24 surfistas que vão disputar classificação para as oitavas de final, assim como a cearense Silvana Lima e a peruana Melanie Giunta na categoria feminina.

Silvana foi um dos destaques do quarto dia, ao massacrar uma boa onda para receber uma das maiores notas do campeonato, 9,40. Na quinta-feira, as meninas abriram o dia e depois os homens também disputaram a última rodada de confrontos formados por quatro competidores em Sydney.

“Quando eu peguei aquela onda, eu sabia que teria grandes seções para manobrar”, disse Silvana Lima. “Eu fiz a primeira manobra e quis ir forte novamente pra segunda, então pensei: por que não? Quando eu cheguei na junção e acertei a manobra forte, já sabia que seria uma nota alta (9,40). A competição aqui está muito forte e esse é o tipo de surfe que se espera que façamos para obter notas maiores”.

Miguel Pupo manda bem entre os homens.

A bateria da estrela brasileira do CT foi a sexta a entrar no mar na manhã da quinta-feira em Manly Beach. A cearense começou com uma nota 6,00 e a primeira da neozelandesa Ella Williams foi melhor, valeu 7,67. Mas, Silvana assumiu o controle com o 6,67 que recebeu em sua terceira apresentação. Depois, sacramentou a vitória destruindo uma onda com manobras potentes executadas nas partes mais críticas para ganhar nota 9,40 dos juízes, a maior do QS 6000 Sydney Women´s Surf Pro até ali.

Antes da brasileira, as outras duas sul-americanas que estavam na terceira fase, já haviam competido. A peruana Melanie Giunta entrou na terceira bateria do dia e surfou bem para despachar a espanhola Garazi Sanchez-Ortun e a australiana Sophia Chapman, mas foi por pouco. Melanie superou a espanhola por uma pequena vantagem de 12,17 a 12,03 pontos e a norte-americana do CT, Sage Erickson, passou em primeiro com 16,46. Já a equatoriana Dominic Barona foi barrada pela havaiana Malia Manuel e pela australiana Kirra-Belle Olsson em sua estreia no QS 6000 de Sydney.

A peruana Melanie Giunta vai disputar a sexta bateria classificatória para as oitavas de final do QS 6000 Sydney Women´s Surf Pro com duas havaianas, Bailey Nagy e a top do CT, Malia Manuel. A brasileira Silvana Lima entra como favorita no confronto seguinte, contra a australiana Mikaela Greene e a norte-americana Alyssa Spencer. Já na categoria masculina, o enorme contingente de onze surfistas formou duas baterias 100% verde-amarelas que garantem quatro classificados para as oitavas de final do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro.

Jadson André também segue firme no QS6.000.

CONFRONTOS BRASILEIROS – O primeiro confronto brasileiro será na quarta bateria, com o cearense Michael Rodrigues, o catarinense Alejo Muniz e o paulista Alex Ribeiro, disputando duas vagas para as oitavas de final. Na bateria seguinte, a briga será entre o pernambucano Ian Gouveia, o paulista Deivid Silva que tirou uma das maiores notas do campeonato na quinta-feira – 9,73 – e o baiano Bino Lopes.

Na segunda bateria, dois brasileiros que perderam suas vagas na elite do CT no ano passado, o potiguar Jadson André e o paulista Miguel Pupo, enfrentam o sul-africano Beyrick De Vries.

Os outros três estão sozinhos com surfistas de outros países. O catarinense Mateus Herdy está na primeira bateria com dois australianos, Reef Heazlewood e o líder do QS, Mikey Wright. O paulista Wiggolly Dantas entra na terceira com o havaiano Keanu Asing e o americano Griffin Colapinto. E o paranaense Peterson Crisanto na sétima com o francês Maxime Huscenot e o australiano Shane Campbell.

BRASILEIROS EM AÇÃO – Após o encerramento da terceira fase feminina, começou a terceira rodada masculina com o paulista Miguel Pupo garantindo a primeira classificação brasileira na segunda bateria. Ele enfrentou os números 1 e 3 do ranking que dominaram a bateria, mas Pupo reagiu no final e com notas 6,27 e 7,67 nas ondas surfadas nos últimos minutos, superou o terceiro colocado, Evan Geiselman, por 13,94 a 12,03 pontos. O australiano Mikey Wright venceu por 14,13 e segue defendendo a liderança do QS 2018 em Sydney.

Na disputa seguinte, aconteceu a primeira participação tripla do Brasil e o potiguar Jadson André também confirmou a vitória em sua última onda, que valeu nota 8,0. Com ela, totalizou 15,60 pontos contra 15,43 do jovem catarinense Mateus Herdy, que liderou todo o confronto. O carioca Lucas Silveira acabou eliminado em terceiro lugar, junto com o número 4 do ranking, Matthew McGillivray, da África do Sul.

Alex Ribeiro tem a melhor atuação do dia entre os homens.

Na quarta bateria entraram dois brasileiros e só o catarinense Alejo Muniz se classificou na disputa vencida pelo havaiano Keanu Asing, com o capixaba Rafael Teixeira ficando em último. No confronto seguinte, o norte-americano Griffin Colapinto surfou as melhores ondas para fazer o maior placar do dia – 17,50 – com notas 9,00 e 8,50.

Tinha que ser assim para derrotar os três brasileiros que enfrentou, um deles o recordista absoluto do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro, o cearense Michael Rodrigues, que passou em segundo lugar superando por pouco – 12,53 a 12,37 – o paulista Samuel Pupo. Em quarto ficou o carioca Raoni Monteiro com 11,27.

Em quase todas as baterias tinha algum brasileiro disputando vagas para a rodada classificatória para as oitavas de final. Na sexta dessa terceira fase, os paulistas Alex Ribeiro e Wiggolly Dantas despacharam dois australianos numa tacada só, Soli Bailey e Jackson Baker. Na melhor onda, Alex Ribeiro ganhou nota 9,23 para vencer a bateria.

No confronto seguinte, o baiano Bino Lopes bateu mais dois australianos, mas Dion Atkinson passou em segundo, enquanto Jack Freestone ficou em último, eliminado junto com o indonesiano Oney Anwar.

Também competindo sozinho contra três surfistas de outros países, o pernambucano Ian Gouveia da elite do CT, derrotou o taitiano Mihimana Braye, o neozelandês Ricardo Christie e o francês Jorgann Couzinet. E na sequência, aconteceu outra bateria com participação tripla do Brasil que foi vencida pelo único estrangeiro. Apesar de ter conseguido uma das maiores notas do campeonato (9,73), o paulista Deivid Silva ainda foi superado pelo italiano Leonardo Fioravanti por 16,27 a 16,03 pontos. Eles barraram dois catarinenses que vão estrear na elite do CT este ano, Willian Cardoso e Tomas Hermes.

E para fechar a ótima participação brasileira na quinta-feira em Manly Beach, o paranaense Peterson Crisanto ganhou a décima bateria, contra o havaiano Joshua Moniz, o australiano Mitchell Parkinson e o norte-americano Jake Marshall.

Ainda tinha o peruano Miguel Tudela na última bateria do dia, mas ele não conseguiu achar boas ondas e terminou em quarto lugar na dobradinha australiana de Matt Banting com Shane Campbell. Além do peruano, o português Frederico Morais também foi eliminado nesta bateria que fechou a terceira fase.

Acompanhe a transmissão ao vivo das etapas do QS 6000 masculina e feminina do Vissla Sydney Surf Pro ao vivo de Sydney na Austrália pelo Worldsurfleague.com.

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