Sydney Surf Pro 2024

Alejo é vice na Austrália

Jordan Lawler supera Alejo Muniz na decisão do Sydney Surf Pro 2024 e comemora vitória em casa. Na categoria feminina, Isabella Nichols vence Erin Brooks na final e é bicampeã do evento.

Festa no pódio com os finalistas Alejo Muniz, Erin Brooks, Jordan Lawler e Isabella Nichols.

Os australianos fizeram a festa no Sydney Surf Pro 2024. A segunda etapa do circuito Challenger Series na temporada terminou nesta terça-feira (14/5) com vitórias de Jordan Lawler e Isabella Nichols. Jordan superou Alejo Muniz na final masculina e Isabella bateu Erin Brooks na decisão feminina. Miguel Pupo ficou em terceiro lugar, e Ian Gouveia e Samuel Pupo em quinto. Finais foram realizadas em esquerdas de até 1 metro em North Narrabeen, Austrália.

Clique aqui para ver as fotos

Clique aqui para ver o vídeo

A final masculina de 35 minutos começou com os dois executando duas manobras em suas ondas. Alejo largou com 5.50 e Jordan com 4.33 pontos. O australiano partiu para o aéreo reverse aos 5 minutos. Ele completou a manobra e assumiu a liderança com a nota 7.83 pontos. O brasileiro respondeu dois minutos depois com um floater, uma rasgada e duas batidas. A atuação valeu 6.17 pontos.

Alejo Muniz dá no “olho” de North Narrabeen.

O aussie seguiu ativo e com três batidas trocou de nota mais uma vez, colocando 6.10 no somatório. Mas ele trocou essa por 6.83 logo depois com um aéreo sem rotação, mais uma rasgada e uma batida numa seção pequena da onda. Alejo passou a precisar de 8.49 para ser o campeão da prova.

Alejo não conseguia reagir e a situação ficou pior aos 22 minutos. Jordan bateu, depois rasgou e executou outra pancada para anotar 7.27 e deixar a diferença em 8.93 pontos. O australiano mudou de nota mais uma vez. Aos 24 minutos ele atingiu o lip jogando a rabeta pro alto e completando um reverse, depois rasgou e bateu forte na junção. A performance valeu 7.93 e o brasileiro ficou na necessidade de 9.59 para reverter o resultado.

Alejo Muniz está em segundo lugar no ranking.

Alejo lutou muito e trocou de nota três vezes com fortes ataques de backside (6.43, 7.13 e 7.20), porém perdeu a final para Jordan que foi o autor das quatro maiores notas da bateria. O brazuca colocou 7.800 pontos no ranking e o aussie ganhou 10.000 pontos.

“Estou muito feliz por estar aqui neste pódio”, disse Alejo Muniz. “Eu tenho trabalhado tanto, por tanto tempo, para voltar a surfar num nível mais alto. Passei por duas cirurgias, perdi a classificação para o CT por pouco algumas vezes, então estar de volta as finais, significa muito para mim. Quando eu saí de casa, prometi ao meu filho que levaria para casa um troféu de um desses eventos na Austrália, então papai cumpriu a promessa (risos). Estou realmente feliz com meu desempenho e com este bom resultado”.

Jordan Lawler vibra com a vitória em casa.

“Honestamente, os últimos meses foram uma verdadeira montanha russa para mim”, disse Jordan Lawler. “Depois de não me classificar para o Challenger Series este ano, eu fiquei pensando bastante em desistir de tudo, então estou muito feliz agora por ter persistido. Fiquei muito desanimado, não conseguia um bom resultado há bastante tempo, mas estou feliz agora. Entrar no Championship Tour tem sido meu objetivo há muito tempo e vencer um evento deste nível pode realmente me ajudar nisso”.

“Eu quase nem consigo acreditar. Vencer em casa, diante de todos esses rostos familiares, é tão incrível que estou sem palavras”, disse Jordan Lawler. “Eu cresci admirando muitos desses surfistas, então competir contra eles e conseguir a vitória, especialmente em casa, é como um sonho que se tornou realidade. Eu trabalhei muito para estar aqui e estou ansioso para seguir em busca do meu grande objetivo este ano, a qualificação para o Championship Tour”.

Alejo Muniz tem boa atuação de backside em North Narrabeen.

Caminho de Alejo até a final – Alejo competiu na segunda bateria das quartas de final masculinas contra Samuel Pupo. Ele ficou ativo no início e surfou duas ondas em 6 minutos. Na primeira ele rasgou e bateu duas vezes para anotar 5.50 e na segunda ele executou uma pancada numa esquerda da série para conquistar 4.83 pontos. Alejo surfou novamente aos 10 minutos, mas não trocou de nota (4.23), porém aos 12 ele executou duas batidas em sequência para inserir 6.50 no somatório.

Samuel respondeu logo depois. O surfista pegou sua primeira onda na bateria e com três ataques recebeu a nota 7.50 pontos. Ele passou a buscar 4.50 para avançar. Alejo voltou a trocar de nota aos 18 minutos. Ele usou a prioridade e bateu duas vezes. A atuação valeu 5.87 e a diferença para o adversário aumentou para 4.87 pontos.

Depois de Samuel perder a prioridade ao entrar numa onda ruim, aos 22 minutos Alejo voltou a bater duas vezes, porém com mais violência. Ele comemorou a atuação. A nota 7.93 deixou Samuel na necessidade de 6.94 para passar de fase.

Samuel ficou com a prioridade e a única chance que teve foi a 19 segundos do final. Ele entrou numa esquerda pequena, bateu e voou com reverse, mas os 3.83 não mudaram sua situação no confronto. Ele se despediu da prova em 5º lugar.

Alejo x Miguel – Miguel começou a primeira semi dos homens voando, mas sem conseguir completar a manobra. Alejo também não conquistou nota boa na primeira apresentação, porém depois conseguiu encaixar manobras fortes de backside. Aos 5 minutos rasgou e bateu para anotar 4.50 e aos 7 acertou duas pancadas para conquistar 7.83 pontos. Miguel respondeu no minuto seguinte com rasgada e aéreo reverse de frontside. Com a nota 5.67 ele passou a buscar 6.67 para vencer.

Outro momento importante da bateria aconteceu a 10 minutos do fim. Miguel usou a prioridade, executou três manobras, uma delas o aéreo reverse numa parte pequena da esquerda. Alejo pegou a onda seguinte e fez quatro ataques. Alejo disparou na frente com 7.27 pontos. Miguel marcou 5.20 e ficou precisando de 9.43 para vencer.

Miguel focou nos aéreos. Na atuação seguinte ele errou a manobra, mas a 7 minutos do final completou o movimento com perfeição. A performance valeu 7.20 e ele passou a buscar no mínimo 7.90 para vencer a bateria.

Alejo usou a prioridade a 3 minutos do término do duelo. Ele bateu duas vezes de forma vertical e ainda rasgou numa parte pequena da esquerda. Ele não mexeu no placar (5.93). Miguel ficou com o direito de escolha de onda e atuou perto do último minuto. Ele acelerou e voou novamente, mas errou a manobra e se despediu da etapa em terceiro lugar.

Miguel Pupo fica em terceiro lugar.

Caminho de Jordan até a final – A bateria das quartas entre o havaiano Eli Hanneman e Jordan Lawler foi decidida nos aéreos. O australiano largou na frente com aéreo reverse de frontside que valeu 6.00 e logo depois executou três manobras para colocar mais 7.00 pontos no somatório.

O havaiano começou a decolar de backside aos 16 minutos. Ele anotou 5.70 e diminuiu a diferença para 7.30 pontos. Três minutos depois ele executou novamente a mesma manobra, mas numa onda um pouco maior e voando mais alto. A performance valeu 8.50 e a liderança. A 8 minutos do fim ele repetiu o ataque, conquistou 7.40 e deixou o adversário precisando de 8.90 para vencer.

A virada aconteceu a 4 minutos do fim. Jordan usou a prioridade, rasgou, acelerou, voou com rotação completa, aterrissou, esticou o corpo, levantou os braços para comemorar e rapidamente foi derrubado pela espuma. A atuação valeu 9.43 pontos e a vaga na semifinal.

Jordan x Gatien – Jordan enfrentou Gatien Delahaye na segunda semifinal dos homens. O aussie abriu com 4.00 e aos 5 minutos executou duas batidas fortes para anotar 7.50 pontos. O francês ameaçou tomar a liderança com duas ondas surfadas em sequência. Aos 10 ele espremeu uma esquerda pequena com quatro manobras para anotar 4.83 pontos. No minuto seguinte ele pegou uma onda maior e fez três ataques. O francês precisava de 6.68 e anotou 6.50 pontos. Ele passou a buscar 5.01 para vencer.

Os dois atuaram aos 18 minutos. Gatien usou a prioridade e executou uma batida forte. Jordan entrou na esquerda seguinte, rasgou, fez um snap e bateu na junção. O francês anotou 4.93 e o australiano 6.10 pontos. A diferença ficou em 7.11 pontos.

Gatien chegou perto da virada a 8 minutos do término do confronto. Ele usou o direito de escolha de onda, acelerou e voou com reverse, mas a nota 6.70 não mudou as posições na bateria. Ele passou a necessitar de 6.91 para vencer.

Jordan trocou de nota (6.40) e aumentou a diferença, mas Gatien seguia focado. Precisando de 7.21 para vencer, a 4 minutos do final o francês bateu forte duas vezes com verticalidade e em sequência, mas conquistou apenas 5.33 pontos. Ele ainda tentou voar mais uma vez, mas caiu na aterrissagem e terminou o evento em terceiro lugar.

Jordan Lawler decola para o título.

Ian em quinto – Ian Gouveia e Miguel Pupo abriram o último dia do Sydney Surf Pro 2024. Ian pegou as duas ondas iniciais da primeira bateria das quartas masculinas, mas não saiu da casa dos 2 pontos. Já Miguel largou bem. O surfista atuou aos 5 minutos, rasgou, voou com reverse e ainda executou uma batida. Ele anotou 7.00 pontos.

Ian tentou dar o troco, mas pegou uma onda ruim. Logo depois Miguel usou a prioridade e fez uma rasgada antes da onda terminar. Ian surfou a esquerda seguinte da mesma série, acelerou e voou muito alto, porém caiu da prancha na aterrissagem na base da onda.

Ian Gouveia e Miguel Pupo abrem o último dia do Sydney Surf Pro 2024.

A bateria chegou na metade dos 30 minutos com Ian precisando de 7.56 pontos para ser semifinalista da prova. Ele ficou ativo no pico, procurando oportunidades, mas pegou ondas ruins. Calmo na liderança, Miguel ficou no pico e usou a prioridade numa boa esquerda aos 20 minutos. O atleta executou três rasgadas, conquistou 7.40 e aumentou a diferença para 14.40 pontos.

Ian reagiu a 4 minutos do fim. O surfista entrou numa esquerda, bateu e voou com reverse. A atuação valeu 7.37 e ele passou a buscar 7.04 pontos. Um minuto depois ele quase acertou outro aéreo reverse de frontside. Ian ainda fez mais duas tentativas antes do fim, porém as esquerdas foram fracas e ele acabou eliminado.

Isabella é bicampeã do Sydney Surf Pro – A decisão feminina foi reiniciada após 10 minutos sem ação. Depois Isabella Nichols pegou uma onda logo no início e anotou 2.67 pontos. Aos 4 ela conquistou 4.33 com uma atuação que teve duas batidas certas. Erin Brooks estreou aos 5 minutos com uma batida forte de frontside. A nota foi 5.33 pontos.

A canadense assumiu a liderança aos 8 minutos. Ela caiu no segundo ataque, conquistou 2.50 e deixou a adversária na luta por 3.51 para ser bicampeã do evento. A bateria seguiu sem mudanças até os 17 minutos. Isabella usou a prioridade e fez cinco manobras, sendo as três primeiros de destaque. A performance foi recompensada com 7.50 pontos que valeram a primeira posição. Erin passou a precisar de 6.51 para ser a campeã.

Isabella Nichols vence pela segunda vez seguida em North Narrabeen.

Erin recuperou a liderança aos 22 minutos. Ela executou snap, batida, rasgada e outra pancada para anotar 7.10 pontos. Três minutos depois Isabella tentou a nota 4.93 que precisava para reverter o resultado. Ela bateu forte de backside e com essa única manobra conquistou 7.77 pontos. A canadense ficou na necessidade de 8.17 para ser a campeã. Ela ainda voou alto, fez uma rotação completa, mas caiu da prancha na aterrissagem. O tempo chegou ao fim e Isabella Nichols tornou-se bicampeã da etapa.

“Tem muita coisa passando pela minha cabeça agora”, disse Isabella Nichols. “Eu quero agradecer a Erin Brooks. Ela me inspira muito e me sinto feliz em passar um tempo com ela nos últimos anos. Ela é tão dedicada, tão motivada e incrivelmente talentosa. Ela é como uma irmã mais nova pra mim e quero agradecer também ao Matt (Grainger), que me treinou essa semana. A energia que ele traz é incrível e funcionou muito bem nestas duas vitórias de hoje aqui”.

Semifinais femininas – Isabella passou pela conterrânea Sally Fitzgibbons na semifinal. Em 2023 elas fizeram a final da prova. Sally chegou na metade do confronto com duas notas na casa dos 4 pontos (4.83 e 4.17), e Isabella, que tinha surfado apenas uma onda (0.50), precisava de 8.50 pontos para assumir a liderança. Aos 18 minutos Isabella cresceu no duelo com três rasgadas de backside em sequência. Ela anotou 7.50 e passou a precisar de 1.50 para ser finalista.

A 6 minutos do fim as duas surfaram. Isabella atuou primeiro, sem a prioridade, e pegou a primeira posição com 2.50, porém Sally recuperou a liderança com 5.33 pontos. Quatro minutos depois Isabella mudou novamente o placar com uma manobra que valeu 5.13 e uma vaga na decisão.

Isabella Nichols está em segundo lugar no ranking.

Erin Brooks x Nadia Erostarbe – Erin dominou a primeira semifinal feminina. A canadense soltou as manobras de frontside logo no início para anotar 7.00 e perto da metade do confronto bateu forte também na esquerda para conquistar 6.33 pontos. A surfista do País Basco Nadia Erostarbe ficou em situação complicada durante toda a disputa. Erin ainda voou com reverse de frontside a 5 minutos do fim para colocar mais 9.57 no somatório e vencer por ampla diferença no placar (16.57 a 6.16).

Sydney Surf Pro 2024

Final masculina

Jordan Lawler (AUS) 15.76 x 14.33 Alejo Muniz (BRA)

Semifinais

Alejo Muniz (BRA) 15.10 x 12.87 Miguel Pupo (BRA)

2 Jordan Lawler (AUS) 13.90 x 13.20 Gatien Delahaye (FRA)

Quartas de final

1 Miguel Pupo (BRA) 14.40 x 9.54 Ian Gouveia (BRA)

2 Alejo Muniz (BRA) 14.43 x 1.33 Samuel Pupo (BRA)

3 Jordan Lawler (AUS) 16.43 x 15.90 Eli Hanneman (HAV)

4 Gatien Delahaye (FRA) 13.00 x 10.70 Taro Watanabe (EUA)

Final feminina

Isabella Nichols (AUS) 15.27 x 12.43 Erin Brooks (CAN)

Semifinais femininas

1 Erin Brooks (CAN) 16.57 a 6.16 Nadia Erostarbe (ESP)

2 Isabella Nichols (AUS) 12.63 x 10.16 Sally Fitzgibbons (AUS)

Ranking da categoria masculina

1º Samuel Pupo (BRA) – 12.545 pontos

2º Alejo Muniz (BRA) – 11.120

3º Mikey McDonagh (AUS) – 10.600

4º Jordan Lawler (AUS) – 10.000

5º Ian Gouveia (BRA) – 9.490

6º George Pittar (AUS) – 9.405

7º Miguel Pupo (BRA) – 6.685

7º Gatien Delahaye (FRA) – 6.685

7º Josh Burke (BRB) – 6.685

10º Michael Rodrigues (BRA) – 6.645

11 Taro Watanabe (EUA) 5.445

11 Dakoa Walters (AUS) 5.445

13 Eli Hanneman (HAV) 5.345

14 Levi Slawson (EUA) 5.220

15 Dimitri Poulos (EUA) 5.020

15 Dylan Moffat (AUS) 5.020

17 João Chianca (BRA) 4.745

18 Alister Reginato (AUS) 4.020

18 Hiroto Ohhara (JAP) 4.020

18 Jacob Willcox (AUS) 4.020

18 Joan Duru (FRA) 4.020

22 Caio Ibelli (BRA) – 3.920

22 Deivid Silva (BRA) – 3.920

32 Mateus Herdy (BRA) – 2.600

34 Jadson André (BRA) – 2.500

34 Edgard Groggia (BRA) – 2.500

39 Lucas Silveira (BRA) – 2.400

51 Luel Felipe (BRA) – 2.150

55 Rafael Teixeira (BRA) – 1.300

65 Heitor Mueller (BRA) – 1.000

67 Leo Casal (BRA) – 950

75 Cauã Costa (BRA) – 550

Ranking da categoria feminina

1ª Erin Brooks (CAN) – 17.800 pontos

2ª Isabella Nichols (AUS) – 16.085

3ª Sally Fitzgibbons (AUS) – 12.170

4ª Nadia Erostarbe (ESP) – 10.830

5ª Luana Silva (BRA) – 9.700

6 Alyssa Spencer (EUA) 9.490

7 Macy Callaghan (AUS) 8.065

7 Vahine Fierro (FRA) 8.065

7 Bronte Macaulay (AUS) 8.065

7 Yolanda Hopkins (POR) 8.065

11 India Robinson (AUS) 6.640

11 Nikki Van Dijk (AUS) 6.640

13 Bella Kenworthy (EUA) 6.445

14 Teresa Bonvalot (POR) 5.220

14 Zoe Benedetto (EUA) 5.220

16 Keala Tomoda-Bannert (HAV) 5.020

16 Tessa Thyssen (FRA) 5.020

18 Kirra Pinkerton (EUA) 3.970

18 Sophia Medina (BRA) 3.970

20 Eweleiula Wong (HAV) 3.800

25 Laura Raupp (BRA) – 3.400

38 Anne dos Santos (BRA) – 1.700

40 Tainá Hinckel (BRA) – 1.400

Exit mobile version