Deu Brasil na etapa do Challenger Series de Portugal. Deivid Silva deu espetáculo no EDP Vissla Ericeira Pro, venceu três baterias neste domingo (8) com direito a seis notas no critério excelente, e saiu da água campeão. Ele subiu 20 posições no ranking e agora ocupa o quinto lugar. Luana Silva também foi finalista, mas perdeu a decisão feminina para a norte-americana Alyssa Spencer. Ela subiu da sétima para a sexta posição no ranking. Mateus Herdy passou pelas quartas, mas parou na semi com derrota para o virtual vice-campeão do evento, o surfista dos Estados Unidos, Jake Marshall. Mateus está em 10º no ranking e Jake em 3º lugar.
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O sétimo dia de ação e último do EDP Vissla Ericeira Pro teve excelentes condições para o surfe em Ribeira D’Ilhas. O pico português amanheceu ainda devagar, porém já com ondas do que nos últimos dias. Com o passar das horas as séries foram ficando mais constantes e as direitas maiores, chegando a 1,5 metro já nas semifinais.
Deivid mostrou mais uma vez a força de seu ataque de backside e deu um salto grande para o retorno á elite do surfe mundial. Neste domingo ele venceu três norte-americanos. Nas quartas quem caiu foi o líder do ranking, o norte-americano Cole Houshmand. Dimitri Poulos foi eliminado na semi e Jake não acompanhou o ritmo do brasileiro. Deivid marcou notas no critério excelente nas três disputas, uma nas quartas, três na semi e duas na final.
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Decisão masculina – Jake abriu a final com 6.67 pontos após surfar uma direita do outside até a beira. Deivid entrou em ação pela primeira vez na decisão aos oito minutos. O brasileiro também fez a onda até o fim, mas foi conquistou nota menor. Ele abriu com 6.00 pontos.
O norte-americano usou a prioridade aos 13 minutos. Ele fazia um bom trabalho, mas após três manobras tentou executar um layback numa junção e errou a manobra. Deivid atuou na mesma série. Ele começou a apresentação com três batidas fortes. Na sequência ele rasgou e foi pro inside para executar um floater, uma pancada, uma rasgada e mais uma batida. Jake havia marcado 4.83 e deixado o brazuca na necessidade de 5.51. Deivid conquistou 8.50, assumiu a liderança e deixou o adversário na busca de no mínimo 7.84 para ser o campeão. O norte-americano não ficou quieto e entrou em ação rapidamente. Jake marcou 7.17 e diminuiu a diferença para 7.34 pontos.
A bateria entrou nos dez minutos finais e Jake atuou, mas errou a primeira manobra. Deivid entrou na onda seguinte, mas logo saiu para continuar com a prioridade. Quando restavam oito minutos o brasileiro usou seu direito de escolha de onda, destruiu uma direita e colocou 8.83 no placar. O norte-americano não teve forças para buscar os 17.33 que precisava e foi o vice da etapa. Deivid Silva faturou o troféu de campeão com 17.33 a 13.84.
“Vencer aqui é muito especial. Era um sonho ganhar esse evento, é o meu preferido do ano e estou mito feliz com essa vitória”, vibrou Deivid Silva. “Os pontos também são muito importantes para eu poder retornar ao CT novamente e, meu Deus, estou muito feliz. O apoio que recebi da torcida na praia aqui foi incrível, a energia que as pessoas me passaram foi incrível e quero agradecer todo mundo que estava na praia aqui hoje, torcendo por mim. Agora o foco já muda para Saquarema e espero conseguir um bom resultado lá também, para garantir minha vaga no CT”.
“Eu só tenho que agradecer a Deus, por tudo que tem Ele tem feito na minha vida e à minha esposa também, que está em casa com minhas filhas”, disse Deivid Silva. “Com certeza, esse é um dos melhores momentos da minha vida agora. Eu passei por alguns momentos muito difíceis, mas acho que Deus tem tudo preparado da forma certa. É difícil a gente ter que esperar, mas estou muito feliz, muito mesmo. Foram pontos importantes para ir para Saquarema um pouco mais tranquilo, mas focado também para cumprir meu objetivo lá”.
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Caminho até a final – Deivid Silva chegou no critério excelente em sua primeira onda surfada na bateria de abertura das quartas masculinas. Aos seis minutos o brazuca escovou uma direita com nove manobras, algumas muito fortes, e conquistou 8.00 pontos. Deivid surfou outra onda aos dez minutos. O surfista entrou numa direita pequena, mas achou espaço para cinco ataques e inseriu mais 4.50 no placar.
O adversário, líder do ranking, só surfou sua primeira onda após a metade do confronto, aos 19 minutos. Cole Houshmand executou algumas rasgadas no início da direita, em seções mais cheias, e no inside acertou duas batidas fortes. A atuação valeu 5.83 pontos e ele passou a buscar 7.17 para chegar nas semifinais.
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Uma série apareceu em Ribeira D’Ilhas quando restavam dez minutos para o fim. O brasileiro tinha a prioridade e decidiu ir na primeira onda, que foi ruim. O norte-americano pegou a seguinte e com três manobras quase consegue a virada. Ele marcou 7.00. Com a performance ele passou a precisar de 5.50 pontos.
Deivid voltou a usar a prioridade na bateria, quando faltavam seis minutos para o fim. Ele rasgou duas vezes, depois bateu forte e fez mais três curvas antes de executar outra pancada já quase na areia. Ele marcou 6.50 pontos e se distanciou do adversário no placar. Cole ainda teve mais uma chance na bateria, no último minuto, mas a nota 3.50 não alterou o resultado.
Semi com três notas no critério excelente – O brasileiro deu um sacode no adversário das semifinais. Dimitri Poulos foi melhor na primeira troca de notas entre eles (7.17 a 6.00), mas Deivid estraçalhou uma direita com seis manobras, quatro delas contundentes, aos sete minutos e marcou 9.73 pontos.
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O brasileiro deu outro duro golpe no adversário aos 17 minutos. Deivid não tinha prioridade, mas achou uma direita e novamente chegou no critério excelente. A performance valeu 8.33 pontos e Dimitri passou a precisar de duas ondas para reverter o placar. O norte-americano chegou a marcar outra nota na casa dos sete pontos na bateria (7.70), mas seguiu precisando de duas ondas para vencer. Pior pra ele que quando restavam nove minutos o brasileiro conquistou 9.30 e praticamente garantiu a vitória. O surfista dos Estados Unidos ainda surfou uma onda fraca e se despediu da etapa com a terceira posição. Ele subiu de 23 posições no ranking e agora ocupa a 23ª posição.
Jake para Mateus – Jake chegou na final após superar o australiano Jacob Willcox nas quartas com direito a nota 9.57 pontos, e depois de vencer Mateus Herdy na semi. O norte-americano abriu a bateria contra o brazuca logo no início com 7.33 pontos. Aos nove minutos ele voltou a fazer uma boa apresentação, colocou mais 8.10 no somatório e complicou o caminho de Mateus, que passou a buscar no mínimo 9.83 para vencer.
Mateus conseguiu diminuir a diferença com a nota 7.03, mas Jake colocou mais 7.73 no placar e venceu por 15.83 a 12.63 pontos. Mateus se despediu da prova com a terceira posição.
“As ondas estavam muito boas hoje (domingo) aqui e foi bem divertido. Nem sempre tem ondas com essa qualidade em campeonatos e pena que não consegui fazer a final com o DVD, mas tá bom também”, disse Mateus Herdy. “Agora vamos lá para Saquarema decidir tudo. É um lugar que eu amo e surfo lá desde criança. Eu já estive nessa posição (de confirmar vaga no CT) antes, é bem difícil, tem bastante pressão, mas eu adoro isso também. É a última chance do ano e vamos com tudo”.
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Luana é vice – O Brasil também teve representante na decisão feminina. A final das mulheres teve a primeira ação aos quatro minutos. Alyssa Spencer remou, mas não conseguiu entrar e Luana surfou a direita. A brazuca rasgou duas vezes e bateu para fechar a apresentação. A performance valeu 5.17 pontos. Três minutos depois as duas aproveitaram uma série. A norte-americana usou a prioridade na primeira, executou duas rasgadas e uma forte batida antes de cair no ataque à junção. Luana rasgou e depois teve que acelerar para ganhar seções ruins até chegar na junção e fazer um ataque forte com chute na rabeta. Alyssa abriu com 6.17 e Luana colocou mais 6.53 no placar.
Alyssa partiu para o ataque aos dez minutos. A norte-americana manobrou quatro vezes com força e chegou no critério excelente com 8.00 pontos. Luana passou a buscar 7.64. A brasileira trocou de nota logo depois (5.50), mas não mudou sua situação na bateria.
A brasileira ficou com a prioridade e foi mais para o outside. Já a surfista dos Estados Unidos ficou mais embaixo. Uma direita boa apareceu e Alyssa estava bem posicionada. Ela executou quatro manobras, as melhores foram a primeira rasgada e a última batida, na junção, e garantiu 8.50 pontos. Precisando de 9.97 pontos para ser bicampeã da prova, Luana entrou em ação e diminuiu a diferença com 7.73. Ela passou a buscar 8.77 para vencer.
Alyssa usou a prioridade para bloquear a brasileira quando restavam seis minutos para o fim, porém a direita foi fraca e ela não alterou o placar. Luana pegou a onda seguinte da mesma série e executou cinco rasgadas antes de cair no ataque à junção. A nota 7.50 pontos entrou no somatório, porém a brasileira seguiu na necessidade de 8.77 para superar a adversária e terminou na segunda posição. Com a vitória, Alyssa subiu de sétimo para o quarto lugar no ranking.
“Estou muito feliz, porque é o resultado de muito trabalho que fiz para conseguir isso”, disse Alyssa Spencer. “Esse ano tem sido muito difícil, porque todas as meninas estão surfando demais, o nível nunca esteve tão alto. Eu parei de pensar em pontos no ranking aqui e tentei apenas me divertir, surfando meu melhor nas baterias. A final foi muito boa, com ondas boas surfadas por mim e pela Luana (Silva). Foi uma boa batalha e essa vitória é muito importante para mim, me dá mais confiança para Saquarema, onde eu ganhei no ano passado”.
Caminho até a decisão – O último dia do EDP Vissla Ericeira Pro teve início com a primeira bateria das quartas de final das mulheres, entre Luana Silva e a líder do ranking Sally Fitzgibbons. As duas começaram bem, mas a brasileira foi melhor. Aos seis minutos a australiana marcou 6.67 pontos e três minutos depois Luana achou partes mais críticas na direita e conquistou 7.83.
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Luana voltou a atuar aos 16 minutos. Com cinco rasgadas ela colocou mais 5.00 pontos no somatório e deixou a adversária na necessidade de 6.16 para chegar nas semifinais. Sally foi em busca da virada aos 20 minutos e chegou perto com 5.73. A brasileira ainda surfou outras três ondas na disputa, mas não alterou o placar. A aussie entrou em duas, e na última, perto dos cinco minutos finais, bateu na trave com 5.97. Sally finalizou a prova em quinto lugar e garantiu a primeira vaga feminina do CS para a elite de 2024.
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A brasileira teve que superar India Robinson para chegar na final. A vitória aconteceu com virada quando restavam dois minutos para o fim. Ela precisava de 7.66 para vencer e conquistou a nota 7.77 pontos. A australiana ainda teve tempo de surfar outra direita. Ela buscava 7..64 e conquistou 6.13. Com a derrota por 15.37 a 15.26 India finalizou a prova em terceiro lugar. A aussie estava na quarta posição na lista das melhores e agora ocupa a vice-liderança.
EDP Vissla Ericeira Pro 2023
Final Masculina
Deivid Silva (BRA) 17.33 x 13.84 Jake Marshall (EUA)
Semifinais
1 Deivid Silva (BRA) 19.03 x 14.87 Dimitri Poulos (EUA)
3 Jake Marshall (EUA) 15.83 x 12.63 Mateus Herdy (BRA)
Quartas de final
1 Deivid Silva (BRA) 14.50 x 12.33 Cole Houshmand (EUA)
2 Dimitri Poulos (EUA) 13.36 x 11.90 Justin Becret (FRA)
3 Mateus Herdy (BRA) 15.83 x 14.96 Jackson Bunch (HAV)
4 Jake Marshall (EUA) 18.44 x 15.80 Jacob Willcox (AUS)
Final Feminina
Alyssa Spencer (EUA) 16.50 x 15.23 Luana Silva (BRA)
Semifinais
1 Luana Silva (BRA) 15.37 x 15.26 India Robinson (AUS)
2 Alyssa Spencer (EUA) 17.37 x 11.33 Zoe Benedetto (EUA)
Quartas de final
1 Luana Silva (BRA) 12.83 x 12.64 Sally Fitzgibbons (AUS)
2 India Robinson (AUS) 12.67 x 10.33 Bronte Macaulay (AUS)
3 Alyssa Spencer (EUA) 16.33 x 10.43 Ellie Harrison (AUS)
4 Zoe Benedetto (EUA) 13.60 x 7.70 Francisca Veselko (POR)
Ranking masculino após a quinta etapa do CS 2023
1 Cole Houshmand (EUA) 28.065 pontos
2 Jacob Willcox (AUS) 2.035
3 Frederico Morais (POR) 17.565
3 Jake Marshall (EUA) 17.565
5 Deivid Silva (BRA) 16.920
6 Crosby Colapinto (EUA) 16.285
7 Imaikalani deVault (HAV) 16.140
8 Eli Hanneman (HAV) 15.620
9 Kade Matson (EUA) 14.850
10 Mateus Herdy (BRA) 14.630
11 Jackson Baker (AUS) 14.425
12 Samuel Pupo (BRA) 14.100
13 Michael Rodrigues (BRA) 13.285
14 Morgan Cibilic (AUS) 13.085
15 Jett Schilling (EUA) 12.005
16 Joan Duru (FRA) 11.805
17 Reef Heazlewood (AUS) 11.665
17 George Pittar (AUS) 11.665
19 Nolan Rapoza (EUA) 11.430
20 Marco Mignot (FRA) 10.585
21 Jadson André (BRA) 10.465
22 Jackson Bunch (HAV) 10.365
23 Dimitri Poulos (EUA) 10.305
24 Justin Becret (FRA) 9.365
25 Mikey McDonagh (AUS) 9.240
26 Kauli Vaast (FRA) 9.045
27 Dylan Moffat (AUS) 8.620
28 Alejo Muniz (BRA) 8.045
29 Jorgann Couzinet (FRA) 7.845
30 Joel Vaughan (AUS) 7.820
37 Ian Gouveia (BRA) 6.200
39 Leo Casal (BRA) 5.700
40 Edgard Groggia (BRA) 5.420
46 Lucas Silveira (BRA) 5.000
50 Rafael Teixeira (BRA) 4.600
Ranking feminino após a quinta etapa do CS 2023
1 Sally Fitzgibbons (AUS) 26.430
2 India Robinson (AUS) 25.490
3 Sawyer Lindblad (EUA) 23.020
4 Alyssa Spencer (EUA) 22.810
5 Isabella Nichols (AUS) 2.725
6 Luana Silva (BRA) 20.610
7 Bronte Macaulay (AUS) 19.965
8 Ellie Harrison (AUS) 17.470
9 Vahine Fierro (FRA) 16.345
10 Sarah Baum (AFR) 14.710
11 Teresa Bonvalot (POR) 14.705
12 Bella Kenworthy (EUA) 14.425
13 Sophie McCulloch (AUS) 13.280
14 Zahli Kelly (AUS) 13.005
15 Nadia Erostarbe (ESP) 12.810
36 Sophia Medina (BRA) 6.000
39 Laura Raupp (BRA) 5.220
42 Silvana Lima (BRA) 4.100