E deu Estados Unidos no US Open of Surfing. Griffin Colapinto e Caitlin Simmers (15 anos) foram os campeões da etapa que abriu o Challenger Series 2021, circuito de acesso à elite mundial. Lucas Silveira foi até as quartas de final e terminou na quinta posição.
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Neste domingo (26) as condições do mar em Huntington Beach, Califórnia (EUA), ficaram parecidas com as dos outros seis dias do evento. As finais rolaram em direitas e esquerdas de meio metro, com longos momentos de flat.
Griffin começou forte tanto nas quartas, quanto na semi, e chegou com tudo na final. O australiano Liam O’Brien, na fase dos oito melhores, e o japonês Kanoa Igarashi, na bateria que valia vaga na final, só assistiram o início arrasador do norte-americano e não tiveram chances de reverter o placar, pois o mar ficou praticamente flat.
A final foi parelha, contra o também norte-americano Jake Marshall. Mas novamente o flat embaçou a vida de um adversário de Griffin no US Open of Surfing 2021. Depois que ele tomou a liderança de Jake, ao marcar 6.83 pontos, o mar ficou devagar.
Poucas ondas que apareceram foram boas, e as melhores foram surfadas por Griffin, que aumentou a diferença no placar com 7.57 e depois com 7.63 pontos. Jake pegou uma da série e marcou 7.33, porém perdeu na necessidade de 7.87.
Griffin terminou o ano como o sexto melhor surfista do mundo e não depende dos pontos do Challenger Series. Mas ele abriu o circuito com 10 mil pontos e ganhou US$ 20 mil de premiação.
“Eu tentei me manter calmo e equilibrado e esses caras aqui (torcida dele toda vestida de laranja) me deram muito apoio. Já fazia muito tempo desde minha última vitória, que foi quando eu tinha 16 anos e competia no Pro Junior ainda”, diz Griffin Colapinto, logo que saiu do mar e foi recebido pela torcida.
“Era um peso nos meus ombros não conseguir vencer, mas desde o início deste campeonato eu estava sentindo uma intuição que ia dar certo. Tenho recebido muito apoio minha vida inteira, dos meus pais, meu manager, meus técnicos, meu irmão, meus amigos. Foi isso que me fez ser quem sou hoje. É por eles que vivo esse meu sonho e sempre com um sorriso, perdendo ou vencendo”.
Brasil nas finais – O Brasil teve representante no último dia do US Open of Surfing. Lucas Silveira fechou as quartas de final contra Kanoa Igarashi. O início foi muito devagar, tanto que a bateria foi reiniciada após dez minutos sem ação.
O brasileiro abriu o duelo, e logo depois o japonês entrou em ação. Na sequência eles surfaram duas ondas juntos, cada um para um lado. Todas as notas foram parecidas, mas sempre maiores para o japonês que encontrou mais parede no trajeto.
Lucas precisava de 6.18 pontos. Quando restavam 12 minutos para o fim ele chegou no critério excelente e virou. O brasileiro fez duas fortes batidas de backside e uma de front no inside. A nota 8.00 pontos deixou o japonês na necessidade de 7.51 para retornar à primeira posição. Ele deu o troco um minuto depois.
Kanoa acelerou numa esquerda e voou com rotação, depois conectou com o inside e bateu forte na junção, forçando a rabeta. A atuação valeu 7.77 pontos e a liderança para o japonês.
O brasileiro segurou a prioridade e remou numa esquerda da série quando restavam três minutos para o término. Ele bateu forte, mas voltou atrasado da manobra e caiu na base da onda. Ele não teve outra chance.
Lucas terminou o US Open of Surfing na quinta posição, embolsou US$ 3.500 e colocou 5.000 pontos no ranking do Challenger Series.
“Sabia que seria uma bateria difícil, pois o Kanoa era o favorito para ganhar o evento. Ele estava surfando em casa, e ele surfa muito encaixado naquelas condições, normalmente. Então sabia que era hora de mostrar o meu surfe. Estou bem feliz com a bateria. Claro que gostaria de ter passado, mas estou feliz pelo que apresentei. O Kanoa é top 8 do mundo e teve que ser ainda melhor pra ganhar. Então criei uma briga dura e estou amarradão com isso”, diz Lucas com exclusividade ao Waves.
Ele também falou sobre a expectativa para o resto do ano. “Ainda tem três eventos para rolar, mas já tenho um resultado. É o ano que tenho mais chances, desde que comecei a correr o QS. Então vamos com tudo, mas quero manter a calma e ir evento por evento”.
Feminino – No feminino deu Caitlin Simmers, surfista de apenas 15 anos que já tem um histórico de títulos. Na semifinal ela superou a top da elite, Courtney Conlogue. A norte-americana perdeu precisando de 9.66 pontos.
Caitlin surfou apenas duas ondas no duelo, sendo a último quando restavam três minutos para o fim. Ela venceu com as notas 7.83 e 7.00 e partiu com moral para a bateria mais importante das disputas femininas.
A adversária foi a havaiana Gabriela Bryan, que eliminou a conterrânea Coco Ho na semi. Na final Caitlin começou bem (6.33), administrou a vantagem com mais 5.10 pontos. Depois abriu vantagem com 7.17 e 6.73 e venceu.
Essa não foi a primeira vitória da surfista de 15 anos. Em 2020 ela venceu o QS Supergirl Pro, que aconteceu também na Califórnia. Em 2019 ele foi campeã do US Open of Surfing, na categoria Júnior, e no ano anterior, no mesmo pico de Huntington Beach, Caitlin foi campeã do Mundial Júnior da ISA.
A norte-americana conquistou US$ 20 mil de premiação e 10 mil pontos no ranking no Challenger Series com a vitória no US Open of Surfing 2021. Foi um excelente início de corrida por uma das seis vagas no circuito da elite de 2022.
US Open of Surfing
Final Masculina
Griffin Colapinto (EUA) 15.20 x 12.83 Jake Marshall (EUA)
Semifinais
1 Jake Marshall (EUA) 10.37 x 9.50 Nolan Rapoza (EUA)
2 Griffin Colapinto (EUA) 13.27 x 6.17 Kanoa Igarashi (JPN)
Quartas de final
1 Jake Marshall (EUA) 12.73 x 10.27 Callum Robson (AUS)
2 Nolan Rapoza (EUA) 13.00 x 6.70 Kolohe Andino (EUA)
3 Griffin Colapinto (EUA) 13.73 x 5.60 Liam O’Brien (AUS)
4 Kanoa Igarashi (JPN) 14.77 x 14.50 Lucas Silveira (BRA)
Final Feminina
Caitlin Simmers (EUA) 13.90 x 10.60 Gabriela Bryan (HAV)
Semifinais
1 Gabriela Bryan (HAV) 11.60 x 7.94 Coco Ho (HAV)
2 Caitlin Simmers (EUA) 14.83 x 10.34 Courtney Conlogue (EUA)
Top-12 do WSL Challenger Series – 1ª etapa de 2021 + 1 do QS 2020
*vaga no CT 2022 já garantida
*01: Griffin Colapinto (EUA) – 10.750 pontos
02: Jake Marshall (EUA) – 10.500
*03: Leonardo Fioravanti (ITA) – 10.000
03: Liam O´Brien (AUS) – 10.000
*05: Kanoa Igarashi (JPN) – 9.000
06: Shun Murakami (JPN) – 8.500
07: Matt Banting (AUS) – 8.000
08: Nolan Rapoza (EUA) – 7.975
09: Alonso Correa (PER) – 7.500
10: Michael Dunphy (EUA) – 6.850
*11: Ethan Ewing (AUS) – 6.500
12: Callum Robson (AUS) – 6.000
*13: Jack Robinson (AUS) – 5.750
13: Lucas Silveira (BRA) – 5.750
15: Cam Richards (EUA) – 5.725
16: Vasco Ribeiro (PRT) – 5.500
16: Imaikalani Devault (HAV) – 5.500
Próximos brasileiros até 100
18: Wiggolly Dantas (BRA) – 5.400 pontos
*25: Jadson André (BRA) – 5.000
29: João Chianca (BRA) – 4.750
32: Weslley Dantas (BRA) – 4.400
35: Thiago Camarão (BRA) – 4.150
39: Alex Ribeiro (BRA) – 3.875
41: Edgard Groggia (BRA) – 3.750
44: Ian Gouveia (BRA) – 3.650
*45: Yago Dora (BRA) – 3.250
53: Samuel Pupo (BRA) – 2.850
*58: Filipe Toledo (BRA) – 2.500
58: Alejo Muniz (BRA) – 2.500
64: Willian Cardoso (BRA) – 2.400
67: Michael Rodrigues (BRA) – 2.350
70: Rafael Teixeira (BRA) – 2.300
71: Jessé Mendes (BRA) – 2.150
*77: Deivid Silva (BRA) – 2.000
81: Victor Bernardo (BRA) – 1.750
81: Renan Pulga Peres (BRA) – 1.750
81: Leo Casal (BRA) – 1.75
Top-6 do WSL Challenger Series – 1ª etapa de 2021 + 1 do QS 2020
*vaga no CT 2022 já garantida
01: Gabriela Bryan (HAV) – 13.000 pontos
02: Caitlin Simmers (EUA) – 10.500
*03: Carissa Moore (HAV) – 10.000
03: Coco Ho (HAV) – 10.000
05: Brisa Hennessy (CRI) – 8.300
*06: Tyler Wright (AUS) – 8.000
07: Macy Callaghan (AUS) – 7.500
07: Vahine Fierro (FRA) – 7.500
Brasileiras até 100
61: Summer Macedo (BRA) – 1.350
85: Silvana Lima (BRA) – 650