Escola pública de surfe

Patrimônio cultural santista

Prefeitura de Santos (SP) concede título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Município para Escola Pública de Surf da cidade.

Escola Pública de Surf dedica ensino da modalidade há 33 anos.Francisco Arrais
Escola Pública de Surf dedica ensino da modalidade há 33 anos.

Na última terça-feira (7) a Escola Pública de Surf de Santos (Posto 2), que já atendeu mais de 40 mil pessoas em 33 anos de atividades, foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Município.

O título em forma de lei foi publicada no Diário Oficial da cidade e celebra uma iniciativa pioneira que transforma vidas e promove o esporte em Santos. A unidade, vinculada à Secretaria Municipal de Esportes (Semes) e em parceria com a Blue Med Saúde, atende atualmente cerca de 400 alunos de 8 a 78 anos, com aulas de surfe e bodyboarding.

“O surfe é mais que um esporte. Proporciona o contato com a natureza, saúde física e mental, amizades. A nossa escola de surfe é pioneira em aproximar as pessoas dessa atmosfera que faz tão bem para o corpo e para a alma, com atenção profissional e o espírito de aloha tão bem representado na figura do educador Cisco Araña, um entusiasta da inclusão e do bem-estar. É o merecido reconhecimento a uma escola que é referência para o Brasil e para o mundo”, afirma o prefeito Rogério Santos, que sancionou o título.

Segundo a prefeitura santista, o reconhecimento é fruto de projeto de lei apresentado pela ex-vereadora, atual vice-prefeita e secretária da Educação, Audrey Kleys. A ideia, que surgiu em junho de 2024 com apoio do Executivo, foi aprovada de forma unânime pela Câmara de Vereadores, em consenso sobre a importância cultural e social do surfe para a região.

Legado 

O coordenador da escola desde a criação, Cisco Araña celebrou o reconhecimento como um marco notável e emocionou-se ao falar sobre o impacto do trabalho de mais de três décadas.

“É algo inédito que faz parte de um trabalho incrível de muito tempo, de tantas pessoas que já atendemos aqui e que vai continuar para sempre. É um legado. A transformação em patrimônio assegura a continuidade do projeto, garante sua relevância e impacto social por muitos anos. Há todo um esforço coletivo para a preservação de um equipamento que transforma vidas, especialmente em uma cidade com cidadãos apaixonados e comprometidos com o esporte”, destaca Cisco.

O comerciante João Marcelo Casarin levou a sobrinha Valentina, 5 anos, para estrear uma aula no mar exatamente no dia em que houve o reconhecimento. Surfar era um sonho recente de João, que participa das aulas há seis meses e agora compartilha a experiência com a pequena.

“Quis que ela tivesse mais contato com o mar, com a natureza, com atividade física, pra dar uma desligada de celular, de dentro de casa e aproveitar as férias, mas começar a aula em um dia histórico é fantástico. Isso significa que a escola vai continuar e que esse projeto não vai acabar nunca. Muito legal”, comenta.

Fonte Prefeitura de Santos

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